Você O Louvará Enquanto Espera?

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English: Will You Praise Him While You Wait?

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Por Scott Hubbard Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Michael Suzigan

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Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração. (Salmos 13:5)

Se a fé é o coração pulsante da anatomia espiritual de um cristão, então o louvor é o pulso saudável. Quando a fé olha para as magníficas obras redentoras de Deus, não podemos deixar de louvar. Nós o louvamos por dividir o Mar Vermelho com uma palavra. Nós o louvamos por derrubar gigantes com uma funda de pastor. Nós o louvamos por enviar seu Filho para sofrer e morrer. Nós o louvamos por ressuscitar Cristo da sepultura.

No entanto, a fé vai ainda mais longe. Não contente em louvar a Deus apenas do outro lado do livramento, a fé nos ensina a louvá-lo antes mesmo do livramento chegar: não apenas depois que Ele partiu o Mar Vermelho, mas enquanto o exército egípcio ainda pressiona; não apenas depois de Golias ter sido morto, mas enquanto ele ainda insulta as hostes de Israel; não apenas depois que a pedra rola para longe do túmulo, mas durante o silêncio sabático do Sábado Santo.

Como Davi nos mostra no Salmo 13, tal louvor não surge sem esforço. Muitas vezes, ele surge no outro lado da oração agonizante.

Até quando, ó Senhor?

Sem introdução ou preâmbulo, o Salmo 13 abre em angústia: “Até quando, Senhor?” A questão é familiar para a maioria, mesmo que nossas situações não tenham sido tão difíceis quanto as de Davi. A pressão aumenta. A oração parece não ser ouvida. Enquanto isso, as promessas de Deus não são cumpridas.

Não importa para onde David olhe, o conforto se esquiva dele. No alto, uma parede de nuvens esconde a face de Deus (Salmo 13:1). Por dentro, preocupações e tristezas atormentam (Salmo 13:2). Ao redor, os inimigos ameaçam o rei cambaleante (Salmo 13:2). Quatro vezes em dois versículos, Davi repete sua pergunta: “Até quando? . . . Até quando? . . . Até quando? . . . Até quando?"

No entanto, nem aqui a fé o abandonou. Apesar de todo o sofrimento envolvido na pergunta de Davi, ele sabe que a intervenção de Deus não é uma questão de se, mas de quando — não uma questão de “Se o Senhor intercederá” mas de “Quanto tempo até que o Senhor interceda” Seu grito não é de desespero lançado a um céu sem Deus, mas sim a canção da confiança angustiada.

‘Atende-me e Ouve-me’

A cada palavra no salmo, a fé fica mais firme. No versículo 3, Deus não é apenas “ó Senhor”, mas “ó Senhor, meu Deus”. Ao mesmo tempo, o lamento dá lugar à súplica: “Atende-me e ouve-me, alumia os meus olhos” (Salmo 13:3). Muitas vezes a fé genuína pode falar a linguagem do lamento e da queixa, mas ela eventualmente assume a linguagem do pedido específico.

Davi segue suas orações para ser visto, respondido e revivido com três razões: “para que eu não adormeça na morte; Para que o meu inimigo não diga: Prevaleci contra ele; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar.” (Salmo 13:3–4). Essas razões podem parecer, à primeira vista, simplesmente como a lógica do desespero: "Me atenda ou eu vou morrer!" Mas há algo mais do que isso acontecendo aqui.

Davi, por mais desesperado que esteja, está apelando para Deus com base em suas próprias promessas. No início da vida pública de Davi, Deus prometeu que o menino pastor se sentaria no trono de Israel. Então ele selou esse compromisso com promessas de aliança: “e fiz para ti um grande nome. . . . te dei descanso de todos os teus inimigos. . . . Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti a tua a semente” (2 Samuel 7:9, 11–12). No Salmo 13, essas promessas parecem estar em perigo. Então Davi as envia de volta a Deus, envoltas em oração.

Quando meramente damos vazão ao caos dentro de nós, nossas orações muitas vezes nos deixam exatamente onde começamos. Mas quando oramos na corrente das promessas de Deus, muitas vezes encontramos a fé, com Davi, subindo lentamente.

‘Cantarei ao Senhor’

Muitos cristãos estão familiarizados com as famosas declarações “Mas Deus” do Novo Testamento (Efésios 2:4, por exemplo). No entanto, podemos olhar não apenas para o nosso pecado e dizer: “Mas Deus”; podemos olhar também para o nosso desespero e dizer: “Mas eu”:

Mas eu confio na tua benignidade;
na tua salvação se alegrará o meu coração.
Cantarei ao SENHOR,
porquanto me tem feito muito bem. (Salmos 13:5–6)

Nenhuma circunstância mudou; nenhuma oração foi atendida; não houve nenhum livramento. Porém, de uma hora para a outra, os inimigos se tornam pequenos, a tristeza e a preocupação afrouxam suas garras e o lamento dá lugar ao louvor. Por quê? Porque a meditação orante de Davi sobre as promessas de Deus o lembrou de algo mais poderoso do que seus inimigos, mais certo do que sua tristeza: “tua benignidade.”

Outro salmo de Davi nos mostra por que a benignidade teve tanto efeito sobre o rei abatido. Pela perspectiva do tempo, a benignidade do Senhor é “de eternidade a eternidade”; pela perspectiva do espaço, é “assim como o céu está elevado acima da terra”; pela perspectiva do caráter de Deus, ela flui dele com abundância (Salmo 103:8, 11, 17). Tal benignidade é o penhor de todas as promessas de Deus. Não é de se admirar que David cante.

Hoje, temos garantias ainda maiores da benignidade de Deus: uma cruz ensanguentada, um túmulo vazio e um Salvador que está sentado no trono. E se essa benignidade é nossa, então nós também podemos cantar com o abandono, muito antes do livramento chegar. Pois se Cristo veio, e se estamos nele somente pela fé, então Deus não deixará de tratar conosco em abundância.