O Sexo e a Mulher Solteira

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English: Sex and the Single Woman

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Por Fabienne Harford Sobre Sexualidade

Tradução por HM

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Para mim, era razoavelmente óbvio, desde o primeiro minuto em que conheci Jesus, que ser cristão era a mesma coisa que fazer sua inscrição para ser contracultural. Quando contei aos meus amigos que eu acreditava em Jesus, alguns não quiseram mais ficar perto de mim. Quando compartilhei com minha família a minha crença de que o plano de Deus para a satisfação sexual encontrava sua resposta no casamento, eles fizeram uma intervenção psicoterápica, desesperados para me convencer de que eu nunca encontraria um relacionamento saudável se o sexo ficasse fora de cogitação.

Então, descobri uma nova cultura que valorizava a pureza e fazia minha nova visão de mundo parecer tão “normal” que eu não podia imaginá-la de outra forma. E eu quase vivi feliz para sempre.

A não ser pelo seguinte fato: crer que a satisfação sexual foi planejada para o casamento não transforma você em um ser menos sexual. Compreender e até mesmo amar a visão de Deus a respeito do sexo não faz você desejá-lo menos. A solteirice apresenta uma série de dificuldades, mas, para mim, aprender a viver sem intimidade física me proporcionou o maior desafio e o sofrimento mais profundo desta fase da vida.

Gastei tanto tempo tentando eliminar a luta, pensando que o dia em que isso não doesse seria o dia em que eu mais honraria a Deus, pensando que eliminar a tentação seria o sinal da benção de Deus. Mas parece que nosso Deus está comprometido em nos abençoar, não apesar do sofrimento, mas através dele. Acredito que um dia vou olhar para minha vida e dizer com confiança que uma das maiores bênçãos que vivenciei e um dos maiores presentes que dei aos outros foi a dor de aprender a viver sem intimidade física.

A Dádiva do “Ficar Sem”

Dói observar meus amigos serem alimentados, um após o outro, com aquilo pelo que eu mais anseio. Dói encarar cada manhã com o conhecimento de que hoje não haverá o pão de cada dia para esta fome. Dói ficar sentada – sentindo-me como se eu estivesse morrendo de fome – ouvindo meus amigos casados tentarem explicar que essa fome é supervalorizada.

Mas esta dor me ensinou a como abraçar minha amiga infértil e chorar com ela quando o Dia das Mães chega mais uma vez. Esta dor tem dado peso às minhas palavras quando explico para uma mãe com três filhos que ficar sozinha no seu sofá nas noites de sexta-feira não é tão incrível quanto parece.

A dor de ficar sem o prazer físico nesta vida oferece a nós a dádiva do anseio pela vida vindoura. Pela fé renunciamos as sombras terrenas, porque cremos profundamente na realidade celestial.

Pode ser que a dor de uma vida sem intimidade física tenha sido parte do que capacitou Paulo a proclamar pelo Espírito que o morrer é lucro. Morrer é ganhar um corpo glorificado que sente e experimenta a verdade de que todas as nossas necessidades são satisfeitas em Jesus. Morrer é ganhar a realidade celestial, a qual a intimidade terrena apenas consegue refletir em sombras. Morrer é ganhar unidade total com Deus, plenitude de alegria e eterno prazer.

A Dádiva do Design Negado

Não existe quase nada tão estranho e doloroso quanto o ato de escolher confiar em Deus em vez de confiar em cada fibra do seu design. É muito difícil tentar fazer seu corpo concordar com a ideia de que você não está perdendo aquilo para o qual você foi criada para desfrutar. É desafiador não sentir que o sexo é um direito seu. Na verdade, essa é uma das coisas que mais dificultam a minha confiança em meu doce e fiel Deus. E de algumas formas – em lugares escuros e assustadores – me sinto esquecida, traída e confusa porque sei que Ele me conhece. Sei que Ele conhece meu corpo e meu coração e sei que Ele planejou e colocou esse desejo dentro de mim da mesma forma que Ele projetou meu estômago para roncar todas as manhãs por voltas das 11h02. Minha fome foi projetada para me fazer comer. Então, eu como. No entanto, meu Pai me diz que quando sinto fome, neste sentido, devo confiar nele e não buscar comida para mim mesma. E Ele achou por bem não me oferecer nenhuma garantia de que esta fome será saciada algum dia nesta vida.

No entanto, esta luta me ensinou a valorizar a fome; a abraçá-la como um meio de alcançar a Deus, em vez de pensar nela como um inimigo. É como o jejum. Deus nos manda jejuar, mas não faz isso tirando nossa fome, a fim de provar que Ele é tão bom quanto um cheeseburguer. O objetivo do jejum não é Deus remover a nossa fome, mas nós aprendermos que em meio à nossa fome Ele é digno de confiança. O sentimento de fome é o alvo do jejum. Ele nos ensina a ter fome de algo melhor.

Hoje, meu corpo deseja algo tangível e físico que ele foi projetado para ter. E, hoje, eu não poderei ter esse algo. É claro que meu corpo ronca, e enquanto ele ronca, eu tenho a oportunidade de testificar que em meio à minha fome Deus é digno de confiança. Estou aprendendo a ter fome de algo melhor.

Não é algo agradável, mas é uma dádiva que posso compartilhar com outras pessoas. Posso sentar-me de frente com uma esposa enquanto ela explica por que é hora de deixar o seu marido, pois ele não está satisfazendo as necessidades emocionais dela – necessidades que são reais, válidas e que foram projetadas para serem satisfeitas. Eu experimentei essa dádiva. Pude olhá-la nos olhos e dizer que é normal, natural e bom ter fome das coisas de que ela precisa. Posso ministrar a ela ao olhar em seus olhos e compartilhar como essa fome pode ser uma dádiva; como sofrer a perda de sonhos válidos é uma oportunidade de ganhar a Cristo.

Essa dor me abençoou ao me forçar a me entregar completamente a Deus: confiando nele em relação à minha alegria. Nosso Deus é um Deus de prazer. Ele não está nos chamando para ter fome porque Ele quer que sejamos miseráveis. Ele está nos chamando para ter fome, pois Ele deseja que experimentemos o maior prazer disponível para o homem: o próprio Deus.

Nada parece tão tolo para o mundo quanto uma pessoa que está buscando a pureza, não por causa de algum senso de obrigação religiosa, mas por causa da fé na existência de um prazer maior guardado para aqueles que confiam no Criador. Nada faz Deus parecer tão belo quanto quando nós que experimentamos Sua bondade usamos nossas vidas para testificar que abriremos mão de qualquer alegria momentânea a fim de provar mais dele.

A Dor do Fracasso

Nos meus piores momentos, me sinto destinada a falhar. Já contei a amigos, em meio a lágrimas, que eu não saberia como perseverar à luz da minha fome e à luz do gracioso chamado à pureza feito pelo meu Pai. Já levantei meu punho aos céus e confessei: eu não sinto que tenho tudo de que preciso para vida e para a piedade. Já me deitei no chão, no escuro, e me perguntei: será essa a luta que fará com que eu abandone o Deus que amo?

No entanto, todos os dias, enquanto o sol se põe e eu continuo segura nos braços do Pai, minha fé é edificada. Ele não me prometeu dar tudo de que eu preciso para nunca, nunca fraquejar. Ele me promete dar tudo de que eu preciso para completar esta corrida. E hoje eu O amo; Ele provou a Sua fidelidade. Ele vai completar a boa obra que começou em mim.

Eu falhei. Envergonho-me de dizer que na maioria dos dias desta vida me comportei como uma órfã. Embora eu tenha sido adotada e tenha recebido a promessa de provisão, me recusei a confiar. Em vez disso, tomei para mim mesma aquilo que não me foi dado. Mas Ele nunca me abandonou. Eu o troquei pelos prazeres passageiros deste mundo vezes demais para serem contadas, mas Ele nunca me trocou. E Ele nunca vai me trocar. Ele encontrou-se comigo no chiqueiro e me conduziu ao meu lar. Mesmo através do meu fracasso, foi-me dada a dádiva de confiar mais nele hoje do que confiei ontem.

Abençoada no Sofrimento

Existem partes do meu testemunho que eu odeio; que eu poderia desejar reescrever. Mas mesmo no meu fracasso, Deus tem escrito minha vida com Sua graça divina. Talvez essa luta, mais do que qualquer outra, me fez mais parecida com Cristo ao me forçar a confiar na sabedoria dele em vez da minha.

Hoje, meu corpo precisa estar faminto a fim de adorar a Deus. Hoje, Ele está me dando a bendita dor da fome, porque esta é a única forma de eu conseguir chegar ao meu lar. Ele prometeu fazer tudo que for preciso para me levar até Ele.

Se você está envergonhada, se você falhou, descanse seu coração no fato de que o Evangelho foi feito justamente para tempos assim. Não temos um Sumo Sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas. Louvado seja Deus por termos Jesus, que viveu toda a sua vida solteiro; Ele foi tentado de todas as formas, mas nunca sucumbiu. Então, aproxime-se dele em arrependimento e fé, receba misericórdia e encontre graça para ajudá-la em seu momento de dificuldade.