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Por David Mathis Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Juliana Gonçalves

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Esteja preparado para qualquer bom trabalho

Meus olhos passaram por estas palavras em Tito 3:1 dezenas de vezes, mas elas nunca me capturaram dessa forma. Não mais apenas palavras em uma página, não mais uma sequência de sentimentos filantrópicos, a carga me atingiu. Esteja preparado para qualquer bom trabalho. Meu coração encheu. Eu queria ser assim. Eu quero ser assim. Eu quero estar pronto para fazer o bem para os outros.

Fazer coisas boas para o próximo não é a cereja no topo do bolo do Cristianismo. É um ingrediente essencial. E ao mesmo tempo, fazer genuinamente o bem aos outros não acontece apenas pela força humana. Mera força de vontade nunca será a resposta.

Então, como devemos "estar preparados para qualquer bom trabalho”?

Tabela de conteúdo

Oposto de Preparado

Primeiramente, no contexto imediato, veja o tipo de amigos que essa prontidão mantém:

Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e às autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo o que é bom, não caluniem a ninguém, sejam pacíficos e amáveis e mostrem sempre verdadeira mansidão para com todos os homens. (Tito 3:1-2, NVI).

Essas seis exortações que as acompanham compartilham de um mesmo espírito de vida. Podemos resumi-las como humildade.

“Estar preparado para qualquer bom trabalho” acompanha a submissão e a obediência justas, discurso gentil e cortês, pacificação e gentileza. De forma negativa, orgulho, rebelião, calúnia, combatividade e grosseria, não acompanham o fazer o bem aos outros.

Renunciar Paixões Pecaminosas

Em seguida, dê um passo atrás para ver a carta de Paulo a Tito. Nenhum outro livro na Bíblia dá tanto foco no tema de boas ações. Paulo menciona explicitamente a expressão "boas obras" seis vezes nesses três pequenos capítulos.

O segundo capítulo de Tito deixa claro que nós não estamos preparados para fazer o bem aos outros se não renunciarmos paixões pecaminosas. A santidade pessoal é importante na busca do amor. O gênero de pessoas que combatem o seu próprio pecado são os que estarão prontos para genuinamente ajudar o próximo. Aqueles a quem a graça de Deus treinou “a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente” são "um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras.” (Tito 2:12-14).

Deixe Espaço para o Espírito

Tito também tem algo a dizer sobre “aprender” a fazer bem aos outros. Existe um processo – com passos práticos a serem tomados com antecedência - para deixar espaço para a liderança do Espírito. Isso pode incluir deixar margem suficiente no seu calendário para lidar com necessidades inesperadas, ou levar dinheiro em espécie para dar na hora a alguém necessitado, ou reservar fundos para o ministério pessoal no seu orçamento mensal.

“Quanto aos nossos, que aprendam a dedicar-se à prática de boas obras, a fim de que supram as necessidades diárias e não sejam improdutivos.” (Tito 3:14, NVI). Estar pronto para fazer o bem nem sempre vem naturalmente. É algo que nós aprendemos. Nós aprendemos a nos dedicar ao bem dos outros.

Vá Fundo com Deus

Quando perguntamos a esta carta como podemos "estar prontos para qualquer bom trabalho", a resposta que surge é muito clara. De forma simples, deleite-se com Deus. A sã doutrina cristã e seu conhecimento sobre Deus e seu mundo não são meramente material de livros, salas de aula e estudos, mas o motor para o bem diário no mundo. A aptidão para fazer o verdadeiro bem vem do conhecimento e do desfrute de Deus.

Paulo diz a Tito,

“Portanto, repreenda-os severamente, para que sejam sadios na fé e não dêem atenção a lendas judaicas nem a mandamentos de homens que rejeitam a verdade (...). Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra.” (Tito 1:13-16, NVI).

Eles são "desqualificados para qualquer boa obra” - não estão prontos para fazer “toda boa ação”, ou qualquer boa obra. Por quê? Porque, apesar do que afirmam, eles não conhecem Deus.

Em outras palavras, ir profundo com Deus é essencial para estar pronto para fazer bem aos outros. E como podemos nos aprofundar em Deus? Por mais entediante e sóbrio que possa parecer aos que não entendem, ou possuem caricaturas do que é a "teologia”, é assim que nós nos aprofundamos em Deus - não em nossos termos, mas nos dEle, pela sua palavra.

Lembre-se da sua Própria Incredulidade

Porque devemos encarar o mundo com a humildade de Tito 3:1-2? Verso 3: “Houve tempo em que nós também éramos insensatos e desobedientes, vivíamos enganados e escravizados por toda espécie de paixões e prazeres. Vivíamos na maldade e na inveja, sendo detestáveis e odiando-nos uns aos outros.” Sabemos o que é ser descrente e preso em nossa descrença, longe de Deus. Nós não nos salvamos. Nós não fizemos nada para merecer a sua misericórdia, mas ele nos salvou, pela sua iniciativa:

“Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador, não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.” (Tito 3:4-7, NVI).

A teologia, ou doutrina, dos versos 4-7 é o que está por trás de uma vida que está pronta para toda boa obra.

Alimentar o Fogo da Fé

Finalmente, Paulo segue com mais uma afirmação:

“Fiel é esta palavra, e quero que você afirme categoricamente essas coisas, para que os que creem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Tais coisas são excelentes e úteis aos homens.” (Tito 3:8, NVI).

“Tais coisas” são as verdades teológicas e gloriosas que foi referida nos versos 4-7.

O que os cristãos acreditam ser “excelente e proveitoso para as pessoas” — não apenas proveitoso para nós, mas para o mundo. Quando nós verdadeiramente nos aprofundamos em Deus, nos tornamos o gênero de pessoas que estão prontos a se dedicar às boas obras.

Em outras palavras, conhecer Deus – e alimentar o motor do deleite diário nele e em suas promessas - não está competindo com estar pronto para ajudar o próximo. Na realidade, é essencial. Conhecê-lo verdadeiramente na sã doutrina nunca é um impedimento ou distração para fazer o bem real no mundo e atender às necessidades dos outros. Os dois sempre andam juntos.

Desfrutar de Deus, nos termos dEle, por meio de sua Palavra, é o combustível para atos de amor e boas obras. A verdadeira intimidade com Ele florescerá através de nós para atender às necessidades dos outros. E a flor das verdadeiras boas ações para os outros cresce no caule de um relacionamento vivo com Deus por meio de sua Palavra.

Aprofundar-se na verdade cristã, feita corretamente, para conhecer e desfrutar de Deus, não nos impedirá de fazer o bem, mas será o que nos tornará mais preparados para fazer o bem.