Amor Verdadeiro

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por John MacArthur
Índice de Autores
Mais Sobre Amar Outros
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: True Love

© Ligonier Ministries

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por John MacArthur Sobre Amar Outros
Uma Parte da série Article

Tradução por Silvia Silva

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).


"Tudo o que precisas é de amor", assim cantavam os Beatles. Se eles tivessem cantado sobre o amor de Deus, a frase revelaria uma certa verdade. Mas aquilo que a cultura popular diz ser amor, não se trata na verdade de um amor autêntico, é antes uma verdadeira fraude. Longe de ser “tudo o que precisas” é algo que deves evitar a todo o custo. 

O apóstolo Paulo fala-nos sobre esse tema em Efésios 5:1-3. Ele escreveu: "Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos bem amados. E caminhai no amor, como também Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós como oferta e sacrifício de agradável odor. Mas de prostituição e qualquer espécie de impureza ou ganância nem sequer se fale entre vós, como é próprio de santos."

A simples ordem do verso 2 (“E caminhai no amor, como também Cristo nos amou”) resume toda a obrigação moral de todo o cristão. No fundo, o amor de Deus é o único princípio que define completamente o dever do cristão e este tipo de amor é exactamente “tudo o que precisas”. Romanos 13:8-10 diz, “Aquele que ama o próximo, cumpre plenamente a lei”. Os mandamentos resumem-se a estas palavras: “Amarás o próximo como a ti próprio, já que o amor é o cumprimento da lei.” Gálatas 5:14 ecoa a mesma verdade: “Toda a lei se cumpre numa só palavra: Amarás o próximo como a ti próprio.” Da mesma maneira Jesus ensinou que toda a lei e profetas dependem de dois princípios básicos sobre o amor – o primeiro e o segundo mandamentos (Mat. 22:38-40). Por outras palavras, “o amor é o laço da perfeição” (Col. 3:14 NKJV).

Quando o apóstolo Paulo nos diz para caminhar no amor, o contexto revela-se em aspectos positivos, pois ele fala-nos sobre sermos bons uns para os outros, misericordiosos e que nos perdoemos uns aos outros (Ef. 4:32). O modelo de tal amor mais centrado nos outros que si próprio é Cristo, quem se entregou para nos salvar dos nossos pecados. “Não existe amor maior do que este, que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos." (João 15:13). E “se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos uns aos outros” (1 João 4:11).

Por outras palavras, o amor verdadeiro é sempre um sacrifício, uma entrega de nós mesmos, é misericordioso, compassivo, compreensivo, amável, generoso e paciente. Estas e muitas outras qualidades positivas e benévolas (ver 1 Cor. 13:4-8) são as que a Sagrada Escritura associa ao amor divino.

Mas reparemos no lado negativo, também visto no contexto de Efésios 5. A pessoa que ama os outros verdadeiramente como Cristo nos ama deve recusar todo o tipo de amor falso. O apóstolo Paulo nomeia algumas destas falsidades satânicas. Elas incluem a imoralidade, a impureza e a ganância. A passagem continua: “Que não haja palavras obscenas, insensatas ou grosseiras, são coisas que não convêm, mas que haja sim, acção de graças. Porque disto deveis ter a certeza, nenhum que seja sexualmente impuro ou ganancioso - o que equivale a idolatria - tem herança no Reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras ocas, pois por estas coisas a ira de Deus cai sobre os filhos desobedientes. Não vos associais, por isso, a eles” (VV. 4–7).

A imoralidade é talvez o substituto favorito do amor na nossa actual geração. O apóstolo Paulo usa o termo grego porneia, o qual significa todo o tipo de pecado sexual. A cultura popular tenta desesperadamente desvanecer a linha que separa o amor verdadeiro da paixão imoral. Mas tal imoralidade é uma perversão total do amor verdadeiro, porque procura a auto-gratificação em vez do bem dos outros. A impureza é outra perversão diabólica do amor. O apóstolo Paulo emprega aqui o termo akatharsia, o qual se refere a todo o tipo de imoralidade sexual e impureza. Especificamente, ele refere-se à sujidade, à impureza e à ganância que são as características particulares do companheirismo com mal. Este tipo de companheirismo não tem nada a ver com o amor verdadeiro e o apóstolo afirma claramente que não tem lugar no caminho do cristão.

A ganância é outra corrupção do amor que tem origem no desejo narcisista de auto-gratificação. É exactamente o oposto do exemplo que Cristo deu quando “se entregou por nós” (v. 2). No verso 5, o apóstolo Paulo compara a ganância à idolatria. Também isto não tem lugar no caminho do cristão e de acordo com o verso 5, a pessoa culpada de tal pecado “não tem herança no Reino de Cristo e de Deus.”

De tais pecados, diz o apóstolo Paulo, “nem sequer se fale entre vós, como é próprio de santos” (V. 3). “Não te associes áqueles” que praticam tais coisas, diz-nos. 7).

Por outros termos, não estaremos a demonstrar amor verdadeiro a não ser que sejamos intolerantes com todas as perversões populares do amor.

Hoje em dia, a maioria das conversas sobre o amor ignora este princípio. “O amor” foi redefinido como uma ampla tolerância que ignora o pecado e que abraça o bem e o mal de igual forma. Mas isso não é amor, é apatia.

O amor de Deus não tem nada a ver com isso. Lembra-te que a mais suprema manifestação do amor de Deus é a Cruz, sinal que Cristo “nos amou e se entregou a Deus por nós como oferta e sacrifício de agradável odor” (V. 2). A Sagrada Escritura explica o amor de Deus em termos de sacrifício, de arrependimento pelos pecados cometidos e de reconciliação: "Nisto reside o amor, não que tenhamos amado Deus mas que ele nos amou e nos enviou o seu Filho para reconciliar os nossos pecados” (1 João 4:10). Por outras palavras, Cristo converteu-se em sacrifício para desviar a ira de um Deus ofendido. Longe de perdoar os nossos pecados com uma tolerância benigna, Deus deu o seu Filho como uma oferta pelo pecado para satisfazer a sua própria ira e justiça na salvação dos pecadores. Este é o coração do Envangelho. Deus manifesta o seu amor de uma forma que confirma a sua santidade, justiça e misericordia sem compromisso. O amor verdadeiro “não se manifesta ao praticar o mal, mas sim ao praticar a verdade” (1 Cor. 13:6). Este é o tipo de amor, no qual fomos chamados para caminhar. É um amor que primeiro é puro e depois é harmonioso.