Você Luta pela Alegria?

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English: Do You Fight for Joy?

© Desiring God

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Por John Piper Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Vanderci Sentello

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Quase vinte anos depois de escrever o que muitos chamariam de meu livro de assinatura, Desiring God: Meditations of a Christian Hedonist, finalmente escrevi o livro, que sabia que tinha que escrever, como uma conclusão crucial. O livro é When I Don't Desire God: How to Fight for Joy. Já se passaram mais de vinte anos desde a sua publicação em 2004.

Muito antes deste livro surgir, eu costumava pregar três mensagens, quando solicitado, para falar sobre o Hedonismo Cristão — o tema de Desiring God. Mas muito rapidamente, percebi que uma quarta mensagem era necessária, porque a pergunta mais urgente e comum que me faziam depois dessas três mensagens era: “E se eu não desejar Deus da maneira que você diz que devemos?”

Libertador e Devastador

Em outras palavras, muitas pessoas liam o livro Desiring God ou ouviam essas três mensagens (“God's Passion for His Glory”, “Our Passion for Joy in God's Glory” e “Our Passion for Other People to Share in That Joy”), e ficavam convencidas de que o prazer em Deus não era apenas a cereja do bolo do cristianismo, mas essencial.

Então eles percebiam que essa descoberta da Bíblia era libertadora e devastadora. Foi libertadora porque eles nunca ouviram falar que não só tinham permissão para serem felizes, mas que deveriam ser. Isso se tornou libertador. Todos nós queremos ser felizes. Mas, ao mesmo tempo, eles perceberam que não se deleitavam em Deus da maneira que a Bíblia ordena. E agora, com essa nova compreensão da importância da alegria, isso se tornou devastador.

Então, com a publicação de Desiring God, eu sabia que algum dia precisaria haver um livro para responder a esse sentimento de devastação — um livro para responder à pergunta: “O que eu faço se não tiver o desejo por Deus, ou o prazer em Deus, que a Escritura ordena?”

Eu preparei essa quarta mensagem. E, finalmente, ela foi colocada em Desiring God como um apêndice: “How Then Shall We Fight for Joy: An Outline”. Isso, então, se tornou minha diretriz para o que precisava estar no livro When I Don't Desire God.

Sou grato por ter demorado tanto para escrever este livro, porque a cada ano que passava, eu via mais profundamente a complexidade das emoções Cristãs. E a cada ano, eu via mais claramente que as maneiras de lutar pela alegria são extremamente diversas. E a cada ano, eu testei mais dessas maneiras em minhas próprias batalhas e fracassos, para ficar satisfeito em Deus. E eu vi mais casos e variedades de depressão e quebrantamento emocional.

Então, no atraso, Deus estava me preparando para falar com mais paciência, mais compaixão, mais simpatia e mais sensibilidade, para o quão incrivelmente diferentes as pessoas são. Pelo menos eu espero que seja o caso.

Convicções Fundamentais na Luta

When I Don 't Desire God é, talvez, meu livro mais prático. Isso é perigoso de dizer, porque outros livros que não se debruçam sobre a aplicação no mesmo grau, produziram transformações práticas ainda mais profundas para algumas pessoas. Prático é uma palavra complicada. Em certo sentido, eu descreveria alguns dos trabalhos teológicos mais complexos que li, como os mais práticos, porque resultaram nos efeitos mais absolutos da minha vida. Mas o que quero dizer com prático aqui é que tentei lidar principalmente com as questões de “como” viver a vida Cristã.

O título When I Don't Desire God: How to Fight for Joy implica em três grandes compromissos. Isso implica que desejar a Deus e a alegria em Deus são extremamente importantes, não insignificantes. Isso implica, em segundo lugar, que perseverar nessa alegria necessariamente inclui nossa luta por ela. Ou seja, um esforço real é realizado. A verdadeira guerra é travada. E terceiro, o título inclui a convicção de que, em todas as lutas que travamos, nunca lutamos com nossas próprias forças. E o sucesso da luta nunca depende de nós, mas de Deus.

Esses três pontos raramente podem ser enfatizados demais. A alegria é importante. A luta é essencial. A ajuda de Deus é decisiva. Todos eles são controversos. Então, onde você está? Deus é mais glorificado em você, quando você está mais satisfeito nele? Nesse caso, a alegria não é insignificante. Você está disposto a lutar pela sua alegria? Ou isso é uma retórica para você — “lutou pela alegria”? Com certeza, é como dizer: “Trabalhe para descansar”. “Corra pela tranquilidade.” “Faça a guerra pela paz.” Sim. Exatamente. A fé é um descanso, uma tranquilidade e uma paz — e ainda assim Paulo nos diz: “Combata o bom combate da fé” (1 Timóteo 6:12; NVI). Lutar pela alegria não é uma contradição.

Oro para que Deus lhe conceda abraçar todas essas três convicções. Acho que todas elas são essenciais para a busca bíblica da alegria em Deus.

  1. A alegria é importante: “Deleite-se no Senhor” (Salmo 37:4).
  2. A luta é essencial: “se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão” (Romanos 8:13).
  3. A ajuda de Deus é decisiva: “trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15:10).

Como Lutar pela Alegria em Deus

Este mês, no Desiring God, nossa equipe dará nova atenção a “Como Lutar pela Alegria em Deus”. Ensaiaremos os meios da graça de Deus — sua palavra, oração e a comunhão da aliança da igreja local — e ponderaremos como Satanás se opõe e procura sabotar nossa alegria em Deus. Consideraremos o uso da natureza e o controle de nossos corpos em busca da alegria, e revisitaremos a pergunta final: “O que eu faço quando a escuridão não acaba?”

Em tudo isso, pretendemos lembrar uma observação muito importante de C.S. Lewis, no que se refere não apenas à esperança, mas também à alegria:

Você não pode esperar e pensar em esperar no mesmo momento; pois na esperança olhamos para o objeto da esperança e interrompemos isso (por assim dizer), virando o olhar para a própria esperança... O meio mais seguro de desarmar uma raiva ou uma luxúria era desviar sua atenção da garota ou do insulto e começar a examinar a própria paixão. A maneira mais segura de estragar um prazer era começar a examinar sua satisfação. (Surpreendido pela Alegria, 218)

Deus, e somente Deus, é a meta final e o término de nossa busca. Tudo o que Deus é para nós em Jesus, é o Objeto de nossa busca pela alegria. Quando falamos em lutar pela alegria, queremos dizer alegria em Deus, não alegria sem referência a Deus. Quando falamos de anseio pela felicidade, queremos dizer felicidade em tudo o que Deus é para nós em Jesus, não a felicidade como uma experiência física ou psicológica separadas de Deus. Quer estejamos desejando ou nos aproveitando, o fim da experiência é Deus.

Lutar por essa experiência da alegria em Deus, por meio de Jesus Cristo, é o tema do livro e do nosso novo foco este mês. Espero que você se junte a nós.