Seu mundo é muito pequeno?

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English: Is Your World Too Small?

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Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Robson Pereira

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Nos últimos séculos, nosso conhecimento coletivo do cosmos e de tudo o mais aumentou de forma astronômica. Agora sabemos que, em comparação de tamanho, nosso sistema solar é para o universo o que um átomo é para nosso sistema solar. Um resultado desse conhecimento é que temos a tendência de ver tudo por meio do que chamarei de uma perspectiva telescópica. Vivemos, como eles dizem na Walt Disney, em “um mundo pequeno, pequeno.”

Além disso, o avanço tecnológico agora nos permite viver e nos movimentar em nosso pequeno mundo em alta velocidade e grande volume. Podemos viajar longas distâncias em alta velocidade em carros e aviões, observando muitos vislumbres breves de nosso pequeno mundo. E quando não estamos viajando, estamos nos espremendo em nossos dias curtos com diversas atividades, buscando bastante informação e interagindo brevemente com o máximo de relacionamentos sociais que pudermos.

Vivemos em um pequeno mundo em alta velocidade. E o problema é que esse modo de viver tende a produzir esterilidade espiritual ao invés de riqueza.

O panorama geral

Por esse motivo G.K. Chesterton, à frente do nosso tempo como de costume, estava fazendo este alerta há mais de um século e nos dizendo para retirarmos nossos microscópios.

A verdade é que a exploração e a ampliação tornam o mundo menor. O telégrafo e o barco a vapor tornaram o mundo menor. O telescópio torna o mundo menor; é apenas o microscópio que o torna maior. Em pouco tempo, o mundo estará em uma guerra entre os telescopistas e os microscopistas. Os primeiros estudam coisas grandes e vivem em um mundo pequeno, os segundos estudam coisas pequenas e vivem em mundo grande. (Hereges, capítulo 3)

Chesterton não estava lamentando os avanços tecnológico e a descoberta do cosmos. Ele estava lamentando nossa tendência de achar que viver sempre com a cabeça nas estrelas e correndo de um lado para o outro, tentando aprender, ver e experimentar um pouco de tudo, torna a vida mais sofisticada e rica, mas não é bem assim.

A visão geral do mundo, de um país, de uma cultura, de um jardim ou de uma pessoa é, por definição, superficial. Vislumbrar, na verdade, nos ajuda a ver muito pouco do mundo. Resumos de livros não contam toda a história. O Facebook sozinho não vai nos ajudar a cultivar amizades profundas e íntimas. Eles aumentam velocidade e volume. Mas eles tendem a tornar o mundo pequeno.

Na verdade, precisamos complementar nossas visões gerais e abordagens rápidas e superficiais com uma observação, exame e reflexão pacientes, cuidadosos e prolongados, bem como discussões que exigem tempo. Essas são coisas que revelam glória que nunca veremos apenas através de nossos telescópios. Elas podem funcionar como microscópios, nos ajudando a ver muito mais maravilhas bem ao nosso redor em coisas que achávamos que conhecíamos, em coisas que já estamos acostumados e até em coisas das quais já estamos entediados. Esses microscópios ajudam a aumentar nosso mundo.

Abra espaço para microscópios

Não há modo fácil de incorporar uma observação microscopia em nossa superficial e acelerada vida. É preciso um esforço deliberado, até mesmo implacável. Não sou muito bom com isso, mas estou determinado a melhorar.

Os microscópios mais importantes que temos, os que não podemos negligenciar, são a leitura da bíblia e a oração, que, em uma metáfora diferente, também se tornam telescópios, nos ajudando a ver nosso Deus imenso como Ele é, e não de forma distorcida e pequena.

Mas ler, escrever em um diário, refletir, ter conversas sem pressa, dar longas caminhadas devagar, parar para notar flores, árvores, nuvens, risadas, cantos de pássaros, brisas, crianças, arquitetura, a maravilha da chuva, o sabor da comida e ter um sono adequado, essas são as coisas que precisamos dar espaço se quisermos riqueza espiritual. Todos revelam aspectos da plenitude de Deus (Salmos 24:1).

Nosso mundo pode ser cosmicamente pequeno, mas não é cosmicamente insignificante. O Criador e Sustentador deste vasto universo (João 1:1–3) uma vez caminhou neste pequeno planeta (João 1:14). E Ele o encheu de glória. Mas vamos perder muito da glória se apenas olharmos através de um telescópio e se nos movermos rápido demais na maior parte do tempo.

Os Rolling Stones estão mortos

Uma última palavra de Chesterton para nós, as gerações "rolling stone" que vivem décadas após ele:

Na agitação ociosa da juventude, todos nós éramos bastante inclinados a discutir a implicação daquele provérbio que diz que uma pedra rolante não junta musgo. Estávamos inclinados a perguntar: “Quem quer colher musgo, a não ser velhinhas tolas?” Mas, com tudo isso, começamos a perceber que o provérbio está certo. A pedra que rola ecoa de rocha em rocha; mas a pedra que rola está morta. O musgo é silencioso porque o musgo está vivo.

Muito movimento leva à falta de vida. A vida e o verdadeiro conhecimento muitas vezes crescem na quietude (Salmo 46:10).