Senhor, Me Livre da Indiferença

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por Jon Bloom
Índice de Autores
Mais Sobre Santificação e Crescimento
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Lord, Deliver Me from Indifference

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Michael Suzigan

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).



A paixão, como muitas palavras importantes, tem sido usada em excesso e, portanto, desvalorizada. Ela é uma vítima dessa idiossincrasia inescapável do inglês — a tendência de usar uma palavra para muitas coisas.

Zelo é a palavra nas nossas Bíblias em inglês que talvez se aproxime mais do que normalmente queremos dizer quando falamos de “paixão”. Alguns exemplos bem conhecidos incluem

Nesta época do ano, este é o tipo de zelo que os cristãos mais ouvem falar:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e o seu nome se chamará Maravilhoso, Conselheiro, e Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Da grandeza desse principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isso. (Isaías 9:6–7)

No inglês moderno, diríamos que a paixão intensa do Senhor dos exércitos é redimir os pecadores perdidos por meio do sacrifício do Messias (Isaías 53) e estabelecer e defender seu reino eterno. Esta é a principal coisa de Deus, seu foco principal para a humanidade.

Se compartilharmos a paixão de Deus nesse sentido, é uma coisa muito boa. É algo que agrada a Deus.

Paixão que Vem do Coração

Na verdade, é uma coisa tão boa que a Bíblia a ordena. Você notou o mandamento na declaração de Paulo: “Não sejais vagarosos no zelo; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor” (Romanos 12:11)? Isso significa que ser fervoroso não é uma opção para o cristão.

Aqui é onde devemos deixar a Bíblia definir nossos termos, definir nossos padrões e desenvolver nossas expectativas, e não nossa sociedade. A Bíblia não vê o que chamamos de paixão como algo enraizado em nosso temperamento. Personalidades serenas são chamadas a vidas de foco fervoroso e dedicado tanto quanto personalidades intensas e motivadas. Ela tampouco vê a paixão como algo enraizado em nossa origem étnica. Aqueles de ascendência escandinava (como eu), que tendem a ser emocionalmente reservados, são chamados a sentir profundamente e a se esforçar intensamente tanto quanto aqueles cujos ancestrais eram “latinos apaixonados”.

Não, a Bíblia vê o zelo como uma questão do coração. Quando Paulo diz: “Não sejais vagarosos no zelo”, precisamos lembrar que Jesus chamou o servo vagaroso em sua parábola de “mau” (Mateus 25:26). A preguiça não é uma peculiaridade da personalidade; é um pecado. É um pecado porque não “ser fervoroso em espírito” enquanto servimos ao Senhor é estar em algum nível indiferente com o que Ele mais se preocupa. Tal indiferença é má.

Na mente de Deus, fervor, zelo ou paixão não são descrições de quão emotivos nós somos. São medidores que exibem o que nosso coração valoriza e, portanto, o que alimenta nossas vidas. Assim como Deus fica muito mais impressionado com orações sinceras em segredo do que com orações públicas prolixas (Mateus 6:5–6), Ele fica muito mais impressionado (ou não) com o que realmente nos fascina do que com qualquer exibição emocional externa. Pois o que nos cativa determina como priorizamos nossas vidas.

Não importa como a genética e o ambiente influenciaram nossa natureza emotiva, poucas coisas expõem nossa verdadeira essência mais do que comparar o que Deus é apaixonado com o que somos apaixonados. Frequentemente, o zelo que mais precisamos é o zelo pelo arrependimento (Apocalipse 3:19).

O que For Preciso

Nosso pecado interior nos perturba emocional e afetivamente. O mandamento de Deus para que o sirvamos fervorosamente é impossível de obedecer somente com a nossa própria força. Evidentemente, assim como muitos, muitos outros mandamentos impossíveis, como “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39) e “não temais os que matam o corpo” (Mateus 10:28).

Mas os mandamentos impossíveis de Deus na verdade são misericórdias para nós. Eles nos tornam humildes de maneiras que precisamos tremendamente (1 Pedro 5:6) e nos levam a repousar cada vez mais na obra consumada de Cristo por nós (2 Coríntios 5:21). Eles nos chamam a níveis mais profundos de dependência em oração e nos levam a pedir a Deus por todas as nossas necessidades (Lucas 11:9) e a viver de cada palavra de sua boca (Mateus 4:4). Em outras palavras, eles servem para nos ensinar a seguir Jesus ao viver da maneira que os humanos sempre foram destinados a viver: pela fé (Hebreus 12:2; 2 Coríntios 5:7).

Não, nós não somos tão apaixonados quanto deveríamos ser pelas coisas que deveríamos ser. Mas esse pecado está pago (1 João 1:9), e Deus completará sua boa obra em nós para que um dia compartilhemos suas paixões perfeitamente (Filipenses 1:6). Hoje, Ele quer que peçamos a Ele pelo zelo que devemos ter. E Ele quer que lhe peçamos com confiança (Hebreus 4:16) e com fé (Tiago 1:6). Portanto,

Custe o que custar, Senhor, aumente meu zelo para fazer a Tua vontade e minha urgência para fazer o melhor uso do meu tempo durante esses dias maus. Em nome de Jesus. Amém.