Se Eu Pudesse Começar Tudo de Novo

De Livros e Sermões Bíblicos

Tabela de conteúdo 1 Seis Lições para Seus Vinte Anos 2 1. Eu me casaria com uma mulher Cristã radical, que assume riscos e vai a qualquer lugar por Jesus. 3 2. Eu pegaria aquela minha jovem esposa e me juntaria a uma igreja que crê na Bíblia, prega a Bíblia, estruturada na Bíblia e obediente à Bíblia. 4 3. Eu iria para o seminário. 5 4. Eu resolveria ler minha Bíblia todos os dias pelo resto da minha vida. 6 5. Eu me tornaria um Cristão Hedonista. 7 6. Eu reconheceria que não sou meu, que fui comprado por um preço e que pertenço, corpo e alma, a Jesus Cristo para seu uso e sua glória.

Seis Lições para Seus Vinte Anos

O texto a seguir é uma transcrição livre editada de um áudio. Essas seis lições foram publicadas originalmente no artigo intitulado “Se Eu Tivesse 22 anos de Novo.”

Quais são as coisas mais importantes que eu faria aos 22 anos? Não no abstrato, mas no verdadeiro eu, onde eu estava e quem eu era em 1968. E se eu começasse de novo com todas as mesmas circunstâncias no lugar? Bem, eu faria seis coisas.

1. Eu me casaria com uma mulher Cristã radical, que assume riscos e vai a qualquer lugar por Jesus.

Na verdade, eu me casaria com Noël Henry. Não muito tempo depois de nos conhecermos quando eu tinha vinte anos, eu já estava completamente apaixonado. Estávamos falando sobre casamento três semanas depois desse relacionamento e eu disse: “Se Deus me chamasse para ser um missionário na África, você iria?” Ela disse: “Sim, eu me veria chamada para estar ao seu lado — em qualquer lugar.”

Nos casamos quando eu tinha 22 anos e meu primeiro emprego foi ensinar na faculdade, e quando eu tinha 33 anos, senti o chamado irresistível para ser pastor. E perguntei a ela na manhã seguinte ao encontro com Deus, se ela me apoiaria nisso. E ela disse que sim. Um ano nesse ministério, eu estava muito desanimado. Coloquei meu rosto entre as minhas mãos na mesa da sala de jantar. Ela estava no quarto e eu disse em voz alta — muito seriamente — “Acho que vou para a África”. E ela não perdeu um segundo da outra sala e disse: “Diga-me quando fazer as malas.” É realmente significativo que você se case com a mulher certa.

Nós resistimos a esse desânimo e quatro anos depois desse ministério, eu disse a ela um dia quando Deus nos encontrou poderosamente em missões mundiais na igreja: “E se convidássemos todos da igreja que estão interessados em missões para virem aqui na sexta-feira à noite? Vamos colocá-los na sala de estar e na sala de jantar, e ver se podemos inspirá-los.” E ela disse: “Claro, vamos fazer isso.” E cem pessoas apareceram. Duas vezes por ano, durante vinte anos, tínhamos cem pessoas em nossa sala de estar e sala de jantar, e pegamos todos os móveis e os colocamos no andar de cima, no quarto. É muito trabalho. E as mulheres não gostam que suas casas sejam invadidas assim — geralmente.

A lição para você: A menos que você seja chamado para ser solteiro, ore para que seu cônjuge futuro ou presente seja um Cristão radical, que assume riscos e vai a qualquer lugar do mundo por Jesus.

2. Eu pegaria aquela minha jovem esposa e me juntaria a uma igreja que crê na Bíblia, prega a Bíblia, estruturada na Bíblia e obediente à Bíblia.

E eu a levaria à igreja todos os domingos de manhã sem falhar. E nos jogaríamos no ministério daquela igreja local na esperança de que aquela comunidade de crentes cuidaria de nós, nos protegeria e nos ajudaria a descobrir nossos dons em nossos primeiros anos juntos, o que então nos catapultaria para uma vida inteira de ministério.

Nos juntamos à Igreja Congregacional de Lake Avenue em Pasadena, Califórnia, quando eu tinha 22 anos e ela 21. Noël descobriu um dom para trabalhar com adultos com deficiência mental e eu descobri um dom de ensino, ensinando meninos da sétima série no primeiro grau, meninos da nona série no segundo grau e a turma adulta da escola dominical da Galileia no terceiro grau. O grupo de diáconos de lá cuidou de mim e Glenn Dawson me segurou, me observou por três anos, me enviou para a Alemanha por três anos, me observou no Bethel College por um ano, me trouxe de volta para Pasadena e eles me ordenaram sete anos depois. Esse é um relacionamento que você não pode superestimar.

A lição para você: Encontre uma igreja que crê na Bíblia, prega a Bíblia, estruturada na Bíblia e obediente à Bíblia. Junte-se a ela, sirva-a e descubra seus dons lá. Seja responsável perante essa comunidade à medida que ela o ajuda a descobrir e seguir o chamado de Deus em sua vida.

3. Eu iria para o seminário.

Se eu tivesse 22 anos novamente, passaria três ou quatro anos totalmente imerso no estudo mais rigoroso de grego e hebraico, que eu poderia encontrar por uma vida inteira de descoberta frutífera das glórias de Cristo na palavra de Deus, de tal forma que eu nunca renunciaria — não importa o que — em meu compromisso de acreditar e falar o que a Bíblia ensina, onde quer que Deus me coloque. Eu não priorizaria nos cursos práticos do seminário, por mais valiosos que sejam.

Mas toda chance que tivesse, eu priorizaria fazer cursos exegéticos por causa da minha convicção aos 72 anos — e eu colocaria de volta naquele jovem de 22 anos — de que, em geral, as habilidades práticas são mais bem aprendidas no trabalho e na igreja. O aprofundamento e o aprimoramento das habilidades exegéticas para uma vida inteira de leitura frutífera são melhor acompanhados em um ambiente rigoroso de dar e receber em sala de aula, com o olhar atento de um professor habilidoso.

A lição para você: Quer você frequente o seminário ou não, torne-se o mais saturado possível da Bíblia, colocando-se sob a influência dos professores bíblicos mais perspicazes, mortos e vivos.

4. Eu resolveria ler minha Bíblia todos os dias pelo resto da minha vida.

Eu tornaria isso mais importante do que comer, fazer exercícios ou beijar minha esposa. Houve cerca de 18.340 dias desde que completei 22 anos e acho que li minha Bíblia em mais desses dias do que comi. Eu certamente li minha Bíblia em mais desses dias do que assisti televisão ou vídeos. E também tenho certeza de que li minha Bíblia em mais desses dias do que beijei minha esposa, porque ela geralmente não vai comigo na estrada. E minha Bíblia vai — sempre vai. Eu nunca deixo minha Bíblia. Posso deixar minha esposa, mas não minha Bíblia.

Eu aprendi algumas coisas sobre a leitura da Bíblia, que eu não sabia quando eu tinha 22 anos, mas se eu tivesse, eu resolveria

• todos os dias ler minha Bíblia e não me contentar com uma consciência nebulosa e vaga dela, mas atravessar pela neblina até a própria redação;
• e eu insistiria mais a fundo na redação do próprio texto para entender a intenção dos autores — humanos e divinos;
• e eu insistiria na intenção para descobrir a realidade por trás das palavras, da gramática e da lógica;
• e eu insistiria nessa realidade até que fosse uma realidade emocionalmente experimentada;
• e eu insistiria nessa realidade emocionalmente proporcional até que se tornasse uma palavra e uma ação na minha vida;
• e eu insistiria nessa ação e nessa palavra até que outras pessoas vissem a realidade e se juntassem a mim no meu encontro com Deus na Bíblia.

É assim que eu formularia minha decisão de ler a Bíblia todos os dias. Nada é revelado mais rapidamente no campo missionário do que um encontro superficial com o Deus vivo e as realidades gloriosas que ele revelou nas Escrituras. A leitura bíblica superficial que não penetra nas palavras e intenções e realidade e experiência para ação e vida e um encontro com o Deus vivo, será de pouca utilidade no campo missionário, diante das forças demoníacas maciças entre as pessoas não alcançadas. Você não sobreviverá.

A lição para você: Leia a sua Bíblia todos os dias. Todos os dias da sua vida — sem exceções. Nunca diga: “Vou ler se tiver tempo.” Se você tem tempo para o café da manhã, você tem tempo para a sua Bíblia. Pule o café da manhã. Não tenha prazer em ler a Bíblia pelo fato de que sua consciência está limpa, porque você marcou a caixa da Bíblia. Tenha prazer em ler a Bíblia por causa de um encontro — uma reunião, uma comunhão — com a realidade viva e sobrenatural que você encontra nas Escrituras.

5. Eu me tornaria um Cristão Hedonista.

Eu procuraria encontrar mais alegria em Deus do que em qualquer outra coisa no mundo, por causa da santidade pessoal, perseverança através da dor e promoção da glória de Deus. É por isso que eu me tornaria um Cristão Hedonista. Ou seja, eu obteria clareza e certeza em torno da frase: Deus é mais glorificado em você, quando você está mais satisfeito nele. Eu pregaria essa frase e acreditaria nela ou não. E se eu acreditasse, eu iria para a ruptura em estar tão satisfeito em Deus quanto eu poderia estar, 24 horas por dia, 7 dias por semana, sobre todo o resto.

Para poder saborear a doçura das promessas de Deus neste precioso Livro, eu mataria toda crescente faísca de orgulho, autoconfiança, luxúria, ganância e medo e, pelo poder do Espírito Santo, procuraria matar todos esses pecados pelo prazer superior que temos em Deus. Porque, a menos que esses pecados morram, serei perseguido pela improdutividade da vida e perdido na próxima. Eu reconheceria aos 22 anos que a luta pela alegria em Deus, por meio das circunstâncias brilhantes e sombrias da vida, é a chave essencial em minha missão na vida para autenticar a santidade, a perseverança frutífera, para que Deus receba a glória. Ser feliz em Deus mais do que você é feliz em qualquer outra coisa, é a chave para a santidade e produtividade para a glória de Deus.

A lição para você: Torne-se um Cristão Hedonista. Se você chama assim ou não, não importa. Não vise os prazeres da fama. Não vise os prazeres da gratificação sexual. Não vise os prazeres da riqueza. Não vise o prazer, o contentamento e o conforto da segurança. Busque a alegria satisfatória em Deus, que o capacitará para a humildade, a castidade, a simplicidade e o amor sacrificial e arriscado por outras pessoas.

6. Eu reconheceria que não sou meu, que fui comprado por um preço e que pertenço, corpo e alma, a Jesus Cristo para seu uso e sua glória.

Eu me ofereceria a Deus aos 22 anos e diria a ele que ele pode fazer comigo o que quiser. Ele pode me matar. Ele pode me torturar. Ele pode me mandar para qualquer lugar. Ele não pode me fazer mal. Ele não me deve nada. E eu diria a ele que a qualquer momento que ele quiser, em qualquer lugar que ele quiser, eu sou dele — à sua disposição.

E eu memorizaria o Salmo 25, que teve um papel muito crucial para mim no seminário. Eu memorizaria o Salmo 25 e confiaria nas incríveis promessas de orientação que estão nesses preciosos versículos:

O Senhor é bom e justo;
mostra o caminho correto aos que se desviam.
Guia os humildes na justiça
e ensina-lhes seu caminho. (Salmo 25:8–9; NVT)

Você não precisa ser deixado à sua própria sabedoria, sobre o que você passa fazendo da vida. Se você acredita nesses versículos do Salmo 25, ele vai te ensinar o caminho dele para você.

A lição para você: Memorize o Salmo 25. Ore como se fosse seu e entregue-se totalmente a Deus e à sua missão. Confie nele.

Eu faria muito mais coisas aos 22 anos, mas aqui estão seis coisas que eu faria se tivesse apenas vinte minutos para lhe dizer.