Revestir a Verdade em História

De Livros e Sermões Bíblicos

Tabela de conteúdo 1 Como Conquistar o Coração de uma Criança 2 Pai, Como Sabemos Quem está Certo? 3 Duas Montanhas, Um Herói 4 Nós Temos a Melhor História

Como Conquistar o Coração de uma Criança

«Pai, nos conte o que aconteceu quando você se casou.»

«Mãe, você pode me contar como eu nasci?»

Você notou que as crianças querem saber não meramente que algo aconteceu, mas como isso aconteceu? Eles amam ouvir versões de eventos que para eles estão em um passado distante, e dos quais eles têm pouca ou nenhuma memória, mas que são fundamentais para que eles saibam quem são.

E então, eu não simplesmente digo a eles, «Sua mãe e eu nos casamos em 20 de agosto de 2025.» Não, eu conto a eles os detalhes da igreja, os convidados, como nos vestimos, a parte em que eu chorei, e assim por diante.

Minha esposa não conta a eles simplesmente, «Você nasceu nesta data, neste hospital, e você pesava este tanto.» Não, ela conta a eles o que ela estava fazendo quando as contrações começaram; quando fomos ao hospital; como um deles juntou uma boa audiência de médicos quando eles decidiram fazer sua aparição, e como o outro teve uma parteira Cristã que rezou conosco; quando seus avós os visitaram; e assim por diante.

Em outras palavras, nós os contamos a verdade revestida de história. Esta é geralmente a melhor maneira de disfrutar da verdade. Histórias verdadeiras trazem propósitos verdadeiros para a vida, são depositadas nos nossos corações, e envolvem nossas afeições bem como nossos intelectos. Elas nos dão espaço para pensar, para imaginar, para sentir. É por isso que a verdade revestida de história é como Deus se comunica conosco.

Pai, Como Sabemos Quem está Certo?

Nós queremos que nossas crianças, mais do que tudo - mais do que elas possam relatar os detalhes do dia do casamento dos seus pais ou o dia do seu nascimento - que elas conheçam Jesus. Queremos que elas saibam que Ele é supremo sobre todas as coisas, mais digno do nosso amor do que qualquer outra pessoa, mais merecedor de suas vidas do que qualquer outra causa. Queremos que elas creiam Nele mais do que creem em nós, e que tenham mais admiração por Ele do que nós temos.

Queremos que elas se sintam motivados, não aterrorizados, na perspectiva de viver em uma cidade multicultural, pós-Cristã, como a nossa, que apresenta a eles uma vasta gama de opções acerca de quem adorar. Assim como Paulo em Atenas (Atos 17:16), nós queremos que elas se sintam tanto horrorizados sobre o fato de que nossas cidades estão cheias de ídolos, e famintos para contar a aqueles que adoram a ídolos sobre o Deus que os fez e que pode salvá-los. Nós não queremos que elas vejam nossas cidades como ameaças para sua fé, mas como campos para seu alcance.

Queremos tudo isso - e então um dos meus filhos chega em casa quando ele tinha 5 anos e me diz que ele teve uma conversa no parquinho de sua escola com alguns amigos, alguns deles que não acreditam que há um Deus, outros que insistiram que existem muitos, e nenhum deles que acredita que Jesus é o Senhor.

«Pai, como sabemos quem está certo? Como sabemos que nosso Deus é o Deus verdadeiro?»

E eu entrei em pânico. Minha mente busca por um conjunto de categóricas preposições: «Jesus é o Senhor.» «Jesus disse que ele é o Filho de Deus, e o único caminho para o Pai.» «Jesus é aquele que morreu pelo pecado, e não há outra maneira de ser salvo.» Eu quero que meu filho saiba a resposta certa. Que ele se posicione no parquinho da próxima vez e anuncie a verdade.

Mas esperem. Crianças amam histórias. Histórias trazem propósitos para a vida. E a palavra de Deus está cheia delas.

Eu poderia somente comunicar a verdade. Mas existe um risco em fazer isso se isso for tudo que eu fizer: suas mentes podem saber a resposta correta enquanto seus corações não amam a verdade. E se eles não amarem a verdade, eles não irão defendê-la no parquinho, e um dia eles mesmos se afastarão dela.

Então eu pauso. A «resposta correta» se detém em minha garganta. E eu conto a meu filho a verdade revestida em uma história - uma história verdadeira.

Duas Montanhas, Um Herói

Voltamos aos dias de Elias, um tempo quando Israel estava completamente confusa acerca de quem era Deus, cega pela idolatria e complacência, enganados por seu rei e sua rainha, seduzidos por deuses de outras nações. Conhecemos a Elias, detido contra a corrente de sincretismo, avisado sobre o julgamento de Deus, chamando as pessoas para o arrependimento e conhecendo a resistência, ou talvez pior, a apatia. Então subimos ao Monte Carmelo, e paramos e assistimos enquanto os profetas de Baal performam seus rituais para persuadir Baal para que colocasse fogo em seu altar. Ouvimos a Elias os insultar: talvez Baal esteja de férias ou no banheiro. Vemos a Elias orar, e então (e essa parte se torna rapidamente nossa favorita) vemos o fogo cair do céu. Vemos o verdadeiro Deus demonstrar sua supremacia de temor inspirador sobre todos os objetos de veneração, ali naquela montanha, na história (1 Reis 18:20-40).

E então descemos daquela montanha, saltamos através dos séculos, e subimos o Monte Sião nos tempos de Jesus: um tempo em que o homem havia revelado que foi Deus que colocou fogo na montanha de Elias, e ainda foi conhecido com a confusão e a raiva dos politeístas Romanos e os monoteístas Judeus, dos quais nenhum deles abriram espaço para ele em suas perspectivas religiosas, já que o único espaço com o qual ele estava satisfeito era o trono de seus corações. Nós ouvimos Jesus prometer que ele seria morto e então iria levantar (Marcos 10:32-34). Visitamos a face do Monte Sião e vemos um túmulo vazio (Marcos 16:1-7). Vemos o verdadeiro Deus demonstrar mais uma vez sua supremacia de temor inspirador mesmo sobre a morte, ali naquela montanha, na história.

E eu pergunto aos meus filhos, «Como isso nos ajuda a conhecer quem Deus realmente é? O que isso nos mostra sobre o Deus do qual a Bíblia fala?» E eu tento mostrar a eles que se, pela fé, eles escolherem o «Time de Jesus», eles estarão em uma longa fila de testemunhas acerca da verdade sobre Jesus. Eles mesmos são parte da história mais grandiosa já contada. Eles podem escrever um capítulo na mesma história da qual Elias faz parte, e da qual Jesus é autor e herói.

Nós Temos a Melhor História

Então, aqui está minha história sobre uma história. E aqui está minha finalidade.

Existe um entendível desejo em nós como pais Cristãos de proteger nossas crianças do mundo. Eu sinto isso - e existe sabedoria nisso. Mas também precisamos munir nossos filhos para viver nesse mundo - para viver confiantes, positivos, com vidas anunciantes de Cristo. Se eles assim o fizerem, então eles precisam não apenas saber a verdade, mas estarem animados acerca da verdade - não apenas para saber que Cristo é supremo, mas amar o fato de que Ele é supremo. Eles precisam compartilhar com seus amigos não apenas depoimentos vazios da doutrina, mas histórias verdadeiras que acometeram seus corações, e então tornar acometidos os corações destes amigos e ajudá-los a se envolverem com a afirmação histórica da fé que nossos filhos carregam.

E uma maneira de fomentar esse tipo de fé em nossos filhos é dar a eles a história revestida de verdade - em história. Quando eles estão pensando em como Jesus morreu, nós podemos contar a eles a história da Páscoa (Êxodo 12-14). Quando eles enfrentarem um momento difícil na vida e se perguntarem se Deus está ali, nós podemos levá-los à vida de José (Gênesis 37-50). Quando eles se sentirem duvidosos de que podem fazer a diferença para Cristo, podemos contar a eles sobre o testemundo da menina escrava de Naaman (2 Reis 5). Quando eles nos perguntarem sobre sexo, podemos guiá-los por Gênesis 2:18-25. E isto antes de chegarmos aos Evangelhos!

Não nos esqueçamos, os Cristãos possuem as melhores histórias, pois somos parte da melhor e mais gloriosa história. E nós seguimos o Salvador que nos contou parábolas tantas vezes quanto pregou sermões, e que guiou as pessoas de volta às verdadeiras histórias da história do Velho Testamento tanto quanto ele nos lembrou da lei do Velho Testamento.

«Pai, como sabemos que nosso Deus é o Deus verdadeiro?»

Bem, filho, venha comigo ao Monte Carmelo e ao Monte Sião. Deixe-me te contar uma história.