Quando Todas As Outras Palavras Falham

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English: When Every Other Word Fails

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Por David Mathis Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Lorena Sales

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Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir. (Apocalipse 4:8, NVI)

O que você diria, se é que diria algo, ao ficar pela primeira vez diante do trono de Deus?

Naquele momento, você poderia dizer: "Ai de mim!" como o profeta fez quando teve uma visão de Deus em seu trono (Isaías 6:5, NVI). Não seria inadequado que sentíssemos nossa total indignidade e insuficiência, que percebêssemos novamente o abismo entre nós, como criaturas, e o nosso Criador — e não apenas como criaturas, mas como pecadores. Nós nos rebelamos contra aquele que nos fez, aquele a quem devemos toda honra e lealdade. Não podemos permanecer diante dele, por nossos próprios méritos, como se fôssemos dignos de qualquer coisa além de sua justa ira e julgamento.

Tabela de conteúdo

Quando as Palavras Falham

Ainda assim, naquele momento, diante do próprio Deus, por mais dor ou angústia que pudéssemos sentir, não seria certo concentrar-nos demais em nós mesmos. Certamente, na presença imediata do Deus Todo-Poderoso, levantaríamos nossos olhos além de nossa inadequação e falhas, contemplaríamos sua glória e declararíamos o seu louvor. E ao abrirmos a boca para falar, tentando atribuir ao nosso Senhor a glória devida ao seu nome, o que poderíamos dizer?

A linguagem humana não seria insuficiente? O que dizer, em palavras humanas e finitas, ao estar diante do Deus infinito? Haveria alguma palavra ou declaração que correspondesse a tal momento? Não será trivial e inadequada toda linguagem a que recorrermos? Talvez nem consigamos pronunciar uma palavra — apenas ficar de pé, em reverência e silêncio.

Mas se, ali, na presença de Deus, formos capazes de pronunciar uma única palavra de louvor, então teremos algo a dizer. E dizer de novo, e de novo.

Santo, santo, santo.

Erga a Voz e Cante: Santo!

Quando o profeta Isaías teve um vislumbre de Deus no céu, assentado em seu trono, ele viu, na presença de Deus, as criaturas celestes de seis asas, chamadas serafins, clamando umas às outras em louvor a Deus: "Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, a terra inteira está cheia da sua glória" (Isaías 6:3, NVI). Antes que o profeta sentisse o peso e a mancha do seu próprio pecado, e declarasse “ai de mim”, ele primeiro ouviu e foi arrebatado pelo louvor angelical do céu: não apenas “santo”, mas santo, santo, santo.

Da mesma forma, o apóstolo João, séculos depois, quando espiou o céu, viu quatro seres viventes “cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: "Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir.” (Apocalipse 4:8, NVI).

Deus nos deu uma palavra que é especialmente adequada para declarar seu louvor quando todas as outras linguagens falham. Muitas vezes o louvamos de maneiras que podemos entender, emprestadas de nossa experiência humana finita e limitada. Louvamos sua força, seu amor, sua justiça, sua misericórdia. Mas também passamos a perceber, aos poucos e de maneira intermitente, que o valor e a dignidade de Deus não apenas preenchem nossas categorias humanas, mas as ultrapassam amplamente. Ele é ainda mais forte do que sabemos. Ainda mais amoroso. Ainda mais justo. Ainda mais misericordioso.

Nesses momentos, quando sentimos que esgotamos as comparações com nosso mundo e experiência, temos uma palavra a que recorrer: santo. Quando estamos conscientes de sua singularidade, de que ele está em uma classe à parte, completamente separado de nós, mais elevado que nós e gloriosamente diferente, clamamos: santo. Quando captamos apenas um vislumbre do seu valor intrínseco infinito — e nos maravilhamos em adoração, perguntando: “Quem mais é assim?” — nos prostramos e clamamos: santo, santo, santo.

Quem Mais? Que Outro?

Ninguém mais exerce a autoridade do nosso Deus. Ninguém mais comanda os exércitos celestiais. Ninguém mais faz reis — não apenas alguns reis, mas, em breve, todos os reis — se prostrarem. Ninguém mais pode fazer até mesmo a escuridão tremer com um sussurro.

Nenhuma outra glória é como a dele. Nenhum outro merece tal louvor. Nenhum outro esplendor ofusca o sol. Nenhuma outra beleza, nenhum outro poder, nenhum outro nome é como o dele, consumindo como fogo, ressuscitando os mortos, triunfante de forma inabalável — e ainda mais glorioso após aqueles breves momentos em que parecia, aos olhos humanos, derrota.

O que mais poderíamos dizer? Santo, santo, santo.

Venha e Chame-o de Pai

Como, então, diante de tal autoridade, tal glória, tal poder, não nos curvaríamos? Como podemos ouvir seu chamado e vir com outra coisa senão temor? Por que não fugimos, ainda que em vão, de tamanha majestade, se em nós mesmos não merecemos senão condenação?

Porque o Deus santo não é apenas impressionante em autoridade e poder, mas também em graça e misericórdia. Quem mais é como ele? Quem mais é santo? Quem mais, como a pedra angular de sua glória, resgata pecadores como nós de nossas falhas? Quem demonstra seu amor por nós ao ponto de Cristo morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores?

Este Deus santo enviou seu próprio filho. Ele o ofereceu pelos nossos pecados. E o ressuscitou dos mortos, assentando-o à sua direita, e agora, por meio da fé nele, nos concede todos os direitos e privilégios da filiação divina. Somente o Deus santo.