O que fazer quando o pecado começa a surgir
De Livros e Sermões BÃblicos
Por John Piper
Sobre Santificação e Crescimento
Uma Parte da série Message Excerpt
Tradução por Daniele Weidle
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Transcrição do áudio
"... ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele." (Filipenses 2:12-13 NVI)
Por que temor e tremor? Por que eu deveria lidar com o egoísmo, a ira, a culpa, o mau humor e a autocomiseração com temor e tremor? Se você simplesmente deixar sua mente vagar sem nenhum contexto, diria: "Porque sua vida está em jogo. Você pode ir para o inferno se você não fizer isso."
Isso é verdade, mas não é isso que Paulo diz. O motivo do meu tremor aqui não é a ameaça, mas a dádiva. Tremor porque o Deus Todo-Poderoso, o Criador do universo, seu Pai, seu Redentor, seu Sustentador está em você, disposto e trabalhando. Tremor porque suas ações são as ações Dele.
É isso que quero dizer com: eu não espero por um milagre, eu efetuo o milagre. Meu ataque ao meu pecado, com a confiança no Espírito Santo, enraizado no evangelho, é um ato de Deus, não meu. "... trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo." (1 Coríntios 15:10 NVI) Quando isso acontece com você, se você pudesse sentir isso, você tremeria. A minha vontade é a vontade do Deus onipotente. Minha ação e minha oposição são a ação e a oposição do infinito, onipotente e soberano Criador do universo. É assim que Ele está perto de mim. É dessa forma que Ele está envolvido comigo. É tanto assim que Ele está ao meu lado. E é tanto assim que Ele habita, molda e forma todas as minhas ações.
Deixe-me dar um exemplo pessoal: no último domingo à noite estava nevando. Eu simplesmente amo ficar em casa. Você não pode ir a lugar algum, então você se sente bem. A família estava em casa e eu estava sentado no sofá. Tínhamos terminado de jantar. Noël estava trabalhando no seu escritório e Talitha, minha filha, estava limpando a cozinha. Eu estava procurando algo para fazer com Noël e Talitha - assistir alguma coisa, fazer algo, ou qualquer coisa do tipo.
Então Talitha veio e disse: "mamãe e eu vamos assistir Super Nanny no computador". E, de repente, entrei em conflito: “esse não é o plano”. Ela entra, elas passam e elas ajeitam o computador na banqueta. Elas estão na poltrona, eu estou no sofá, elas ligam o computador e começam a assistir.
Louvado seja Deus pelo fato de que alguns de vocês não teriam nenhum problema com isso. Tudo em mim dizia: "Isso está tão errado. Eu sou o pai aqui. Eu deveria ser pelo menos consultado. Digo, eu também quero assistir algo - mas não isso."
No passado, antes de levar isso a sério, acho que eu teria simplesmente caído. Eu teria ficado irritado. Eu teria sentido pena de mim e dito: "elas me deixaram de fora". Eu teria me culpado e subido as escadas amuado, pensando em algo para dizer que pudesse magoá-las e fazê-las sentir pena de mim. Mas eu não fiz isso. Eu vi o sentimento crescendo. Eu odiei aquilo. E disse: "eu vou acabar com isso".
Então, sem nenhum tipo de reação, eu disse algo simples e não ofensivo e fui para o meu escritório e me confrontei por cerca de meia hora. Eu me esforcei para acabar com isso. Eu trouxe à mente todo tipo de promessa, todo tipo de herança preciosa adquirida pelo sangue e todas as coisas boas na minha vida.
"Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas" (Colossenses 3:2 NVI), e eu fui lembrado a pensar sobre as coisas que são puras, santas, justas, louváveis e boas. (Filipenses 4:8 NVI) Eu batalhei por uns trinta minutos até que eu matei esse sentimento. E aqui está o teste para saber se eu conseguiria matá-lo. Talvez não seja a maneira de provar isso, mas o teste para saber se eu conseguiria matá-lo não é se eu conseguiria esquecê-lo naquele momento, mas sim mencionar algo para Noël de maneira totalmente não condenável. Esse era o grande desafio para mim. Eu poderia lidar com esse momento de uma forma que, indireta e sutilmente, não culpasse ou condenasse?
Eu acho que ela sentiu a liberdade, não a culpa. Eu disse: "sabe, eu fiquei um pouco surpreso que isso tenha acontecido." E ela mencionou o que havia dito a Talitha e que tinha havido apenas um erro de comunicação. E acabou por aí. E, no passado, não teria terminado em uma ou duas semanas.
Sim, irmãos e irmãs, seria mil vezes melhor se, naquele sofá, esse pecado nunca tivesse surgido em meu coração. Seria mil vezes melhor se este pregador de 65 anos nunca tivesse tido esses sentimentos. É assim que será no céu. Eu espero. Eu gostaria disso.
Esse dia chegará. Isso pode acontecer nessa vida, ou não. E o que quero dizer com isso é: até que esse dia chegue, parte da vontade de Deus para a sua e a minha estratégia de santificação é uma vontade capacitada, moldada e guiada pelo Espírito Santo, comprada pelo sangue contra um pecado específico até que o eliminemos naquele momento. Ele pode aparecer amanhã novamente, mas nesse momento, iremos eliminá-lo. E continuaremos assim até a morte. Colocaremos o nosso pé em seu pescoço e diremos: "você não irá se levantar. Você está morto. Não vou deixar você ir."
Isso tem sido novo para mim. Então, ore por mim e eu orarei por vocês. Nós efetuamos um milagre. É a vontade de Deus em nossa vontade de matar o pecado.