O dom inestimável da união cristã

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English: The Priceless Gift of Christian Unity

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Por John Piper Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Adriana Castellari

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Sem a palavra de Deus, não podemos avaliar o dom da fraternidade como deveríamos.

Quando me pediram para falar em uma reunião da Igreja Batista Belém1, celebrando cem anos de ministério entre quatro pastores e as suas esposas, voltei-me para o Salmo 133. Dois casais serviram mais de trinta anos cada um e os outros dois serviram vinte anos cada um, totalizando cem anos de trabalho frutífero. Seu serviço é um dom inestimável, e é bom para refletirmos, ocasionalmente, sobre a união e a fraternidade no ministério.

Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!
É como o óleo precioso
derramado sobre a cabeça,
que desce pela barba, a barba de Arão,
até a gola das suas vestes.
É como o orvalho do Hermom
quando desce sobre os montes de Sião!
Ali o Senhor concede a sua bênção,
vida para sempre. (Salmo 133:1-3)

Portanto, considere três visões do dom inestimável da união entre esses quatro pastores, que, é claro, não poderiam ter feito o que fizeram sem suas esposas.

Tabela de conteúdo

1. A união é boa e agradável.

"Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!" É bom: é como deveria ser. É agradável: é o que queremos que seja. É o que Deus pede. E é o que desejamos. É o dever deles serem unidos. E é o nosso prazer que eles sejam unidos.

Nem tudo o que Deus diz que é bom também é agradável. Há muitas coisas na vida e no ministério que são boas e certas de se fazer, mas que simplesmente não são agradáveis de fazer. A união entre os pastores não é uma delas. É um tipo de presente especial para uma igreja. É moralmente correto e causa de grande alegria.

Nada satisfaz a alma de uma igreja cheia do Espírito como a maravilhosa união entre como deveria ser e o que queremos ser na união pastoral.

A união destes pastores tem sido como deve ser teologicamente: totalmente bíblica; o que deveria ser espiritualmente: buscando intensamente toda a plenitude de Deus; o que deveria ser financeiramente: acima da reprovação; o que deveria ser sexualmente: fidelidade incontestável às suas esposas e suas esposas a eles. Esta é uma boa união.

E tem sido agradável para nós. Não é fácil gostar destes quatro pastores, não são fáceis de conviver? Não é agradável que estes pastores sejam tão fáceis de rir e de chorar? Não nos apontaram para Deus e nos trouxeram conforto centenas de vezes? E não é agradável que, em sua presença, você não sinta que eles estão procurando por suas falhas, mas sim prontos para cobrir uma multidão de pecados?

"Como é bom e agradável quando os irmãos convivem na união do evangelho!"

2. A união é preciosa.

"É como o óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola das suas vestes!" Certamente, este óleo é precioso. Já vimos: é bom e é agradável. Isso não é o foco. Qual é? O foco está na cabeça, depois na barba: não qualquer barba, mas a barba do sumo sacerdote, e depois escorrendo da barba para a gola de sua veste. Qual é o objetivo? Isto é infinito.

A união: a boa e agradável união; a unidade bíblica, teológica, espiritual e ministerial dos pastores da igreja: é um dom infinito para a igreja. É mais do que merecemos. Lembre-se que, a cada dia que passa, quando esses irmãos vivem e ministram em profunda e alegre camaradagem, estamos recebendo um presente muito além do que merecemos.

Se o óleo é maravilhosamente perfumado, se é reconfortante para a pele ressecada pelo sol e se está repleto de simbolismo da unção divina, o ponto aqui é que esta união é tudo isso, de maneira infinita. Se tivermos essa experiência com nossos pastores, é mais, infinitamente mais, do que merecemos. Você deve ser impactado por isso ao apertar suas mãos.

3. A união dá vida.

"É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião! Sim, ali o Senhor concede a sua bênção, vida para sempre.”

Siga-me com cuidado. O monte Hermom era a montanha mais alta de Israel. O seu orvalho e chuvas suaves mantiveram as colinas vivas com umidade. A cento e vinte milhas ao sul está o pequeno Monte Sião, Jerusalém, a cidade de Davi, o lugar santo onde o povo se encontrava com Deus em seu tabernáculo. A união entre os irmãos é como o orvalho que dá vida ao Hermom que desce sobre Sião. Por que é assim?

As duas últimas linhas do salmo começam com "para". Então, aqui está a base desta comparação. A união dos irmãos é como o orvalho que dá vida do Hermom que desce sobre os montes de Sião "sim ali [em Sião] o Senhor concede a sua bênção, vida para sempre." Imaginar a união como a vida que vem do alto, assentando-se no lugar onde as pessoas encontram Deus, é uma imagem perfeita, pois é ali, exatamente ali, que Deus dá a vida eterna.

A união entre irmãos, centrada em Deus, que exalta o Messias, saturada das Escrituras, em forma de evangelho, é a presença da vida divina: a vida eterna, em nossas igrejas. Cristo ordenou a vida no túmulo de Lázaro. E houve vida. Deus ordenou a vida e esses pastores viveram e se tornaram um nessa vida eterna: tudo para a nossa boa, agradável e infinita bênção.

Profundamente na mente de Cristo

É quase desnecessário dizer que a união entre irmãos e irmãs não significa ter os mesmos gostos e preferências em diversas questões. Por exemplo, quando Paulo diz em Filipenses 2:2 que devemos ter "o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só mente", ele não está se referindo a música favorita, comida favorita, esportes favoritos, roupas favoritas, autores favoritos e instituições de caridade favoritas.

A "mente", o "amor" e o "espírito" que supostamente são os mesmos, estão descritos nos versículos de 3 a 8. Eles têm a mentalidade de considerar os outros mais importantes do que a si mesmo, de cuidar dos interesses dos outros e de refletir a mente de Cristo em seu esvaziamento e serviço. "Seja o modo de pensar de vocês o mesmo de Cristo Jesus, que. . . esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de um servo. . . " (Filipenses 2:5-7).

A preciosa, agradável e infinita bênção da união na equipe de uma igreja é mais que isso. Nunca menos. E essa mentalidade humilde de servo é a chave do coração que destranca a porta da reconciliação repetidamente e possibilita cem anos de uma parceria agradável. Que Deus conceda a cada igreja fincar suas raízes profundamente na mente de Cristo, que o levou do lugar mais alto ao mais baixo por amor.


Nota da tradutora

1Bethlehem Baptist Church, Minneapolis, Minnesota, USA.