O Pastor Temeroso

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Sobre esta tradução
English: The Fearful Pastor

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Por Paul Tripp Sobre Ministério Pastoral

Tradução por Katia Vasconcelos

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Ele se acostumou a maus hábitos de falta de fé. “Eles são apenas meu modo de relaxar” Ele diria a si mesmo. Justificou que eles não ficavam no caminho do que ele tinha sido chamado a fazer. Ele continuou dizendo a si mesmo que ele iria trabalhar duro e ia bem; mas ele não estava indo bem. Ele teve algumas noites sem dormir mais do que ele estava preparado a admitir. Ele ganhou 14 quilos ao longo dos últimos anos. Ele adormecia seu cérebro toda noite com horas e horas de TV sem conteúdo ou cultura pop na internet. Ele se afundou em mais dívidas do que antes em sua vida. Sua esposa diria que ele teria se tornando cada vez mais irritável e distante. Em casa ele se mostrava um homem infeliz e sobrecarregado. Seus filhos diriam que mesmo quando ele estava presente ele estava distante. Ele temia reuniões e se encontrava facilmente distraído quando ele precisava de foco na preparação do seu próximo sermão. A porta do seu escritório foi fechada mais do que tinha sido antes e ele cada vez mais delegava mais dos seus deveres para seu Pastor Executivo.

No entanto, ninguém na sua congregação fazia a menor ideia. Ele fazia todos seus deveres públicos e da perspectiva da pessoa do banco da igreja, ele parecia fazer bem. Ele liderava as reuniões que ele era nomeado para liderar, e ele fazia seu melhor para fazer o acompanhamento do trabalho que era deixado em sua mesa. O problema era que ele não estava indo bem. Havia uma crescente disparidade entre a pessoa pública e o homem privado. Havia uma desconexão crescente entre os relatos da fé que ele fazia abertamente, do pensamento que governava seu coração. Ele carregou com ele seu segredo sujo que muitos pastores carregam; aquele que é tão duro para “um homem de fé” admitir. O segredo sujo que foi muito aquilo do que ele fez, não pela fé, mas pelo medo.

Talvez este seja um segredo do ministério pastoral raramente compartilhado; isto é, quanto disto é guiado não pela fé nas verdades do Evangelho e na pessoa e na obra do Senhor, mas guiado pelo medo. Isto é muito tentador para o pastor carregar em seus ombros o bem-estar da igreja, e quando ele carrega, ele acaba sendo sobrecarregado e motivado por um interminável e mutante catálogo de “e se”. Isto nunca conduz para uma vida sossegada e alegre de ministério, mas ao invés disto para um ministério debilitado por metas irrealistas e inapropriadas, uma sensação pessoal de fracasso e medo.

Pastor, talvez você esteja pensando, “Eu não acho que medo seja um assunto significante para mim. “Bem, eu gostaria de lhe pedir para ter tempo de olhar para você mesmo sob a luz das seguintes questões”. Quantos pastores estão vivendo em um constante estado de agitação espiritual? Quantos de nós estamos sendo assombrados pela insegurança pessoal? Quantos de nós secretamente imaginamos onde Deus está e o que ele está fazendo? Quantos de nós estamos vivendo de forma autoprotetora, dizendo, “Eu fui tomado uma vez, não irá acontecer novamente comigo?”Quantos de nós tem medo de admitir fracasso?" Quantos de nós não dividimos com ninguém os esforços de fé que nos assombram? Quantos de nós falha em ser justo e decisivo porque nós estamos com medo do que irá acontecer se nós assim fizermos? Quantos de nós temos encontrado formas de escapar, formas de copiar que não incluem pregar o Evangelho para nós mesmos?

Quantos de nós desejamos lugares mais fáceis do ministério? Quantos de nós carregamos nossos fardos para casa, fazendo com que nossa paternidade seja menos agradável e produtiva? Quantos de nós têm se tornado muito hábil em se esconder, dessa forma nem mesmo as pessoas próximas a nós tem a menor ideia do que está acontecendo no nível de nossos corações? Quantos de nós temos momentos de compromisso abastecidos de medo dos homens? Quantos têm dado a pessoas em particular muito poder e influência sobre nós? Quantos de nós temos deixado o medo nos levar a ser muito teimoso, muito dominante e muito controlador? Quantos de nós deixamos o medo nos manter calados quando nós devemos falar, ou nos direciona a falar quando nós devemos nos calar? Quantos de nós normalmente trabalhamos para reformular atos de fé coisas que na verdade fizemos por medo? Quantos de nós teríamos que confessar que há momentos em que nós somos mais dominados por um temor mundano do que pelo temor a Deus? Quantos de nós temos momentos em que nós nos importamos mais em sermos aceitos ou nossa liderança ser validada do que em sermos bíblicos?Quantos de nós estamos enfraquecidos ou paralisados pelo medo da rejeição? Quantos de nós somos tão temerosos em confiar partes vitais do ministério das nossas igrejas para outros? Quantos de nós temos medo de examinar o quanto de medo engaja e motiva a nós? Quantos de nós?

Quantos de nós procuramos diariamente a graça que por ela só tem o poder de nos libertar do medo e nos da à autorização de sermos pastores da fé?