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English: The Most Unlikely Believer in the Bible

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Por Mark Jones Sobre Salvação

Tradução por Isadora Glielmo

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A Bíblia fala de muitos atos de fé extraordinária. No Antigo Testamento, o ato de fé de Abraão em sacrificar seu filho se destaca para mim como talvez o maior exemplo de fé. Mas no Novo Testamento, eu nem sei o nome da pessoa que, para mim, mostra o maior ato de fé.

Aquele que mais me impressiona é o ladrão moribundo na cruz.

Agora, talvez o ladrão moribundo não tivesse mais nada a perder e, por isso, decidiu tomar uma espécie de decisão de leito de morte por Cristo. Isso certamente tiraria o brilho da sua fé. Mas tal pensamento só faz sentido se passarmos por cima do exemplo do ladrão moribundo sem prestar muita atenção ao contexto.

Como veremos, mesmo que o ladrão moribundo tivesse fé pouco antes de sua morte, o momento não poderia ter sido menos apropriado para a fé. Ainda assim, o ladrão não podia se afastar da glória do Rei crucificado ao seu lado.

Tabela de conteúdo

Fé Inesperada

Nesta conversão, temos um cumprimento específico da oração de Cristo na cruz. Assim que Cristo declarou: “Pai, perdoai-lhes” (Lucas 23:34), o Pai respondeu a essa oração, transformando um criminoso que uma vez se rebelou (Mateus 27:44) em um santo que glorifica Cristo.

Enquanto o criminoso que logo se converteu não era diretamente responsável pela morte de Cristo, ele se juntou a aqueles que estavam, e assim foi indiretamente abordado quando Cristo pediu a Deus para perdoá-los. Quando o ladrão moribundo que devia ser convertido estava fazendo o seu pior contra Cristo, Cristo estava fazendo o seu melhor por ele.

A conversão desse criminoso foi impressionante e testemunha o poder da oração de Cristo e a graça de Deus. Por quê? A fé deste criminoso não veio em um momento como quando Cristo transformou a água em vinho ou realizou milagres, como andar sobre a água, abrir os olhos de um cego, ou ressuscitar Lázaro dos mortos.

Quando Cristo estava na cruz, alguém gritou publicamente, como João Batista fez, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29)? Mas ao vocalizar sua fé em Jesus enquanto ele estava na cruz, isso é essencialmente o que o ladrão moribundo fez.

Um Curso de Teologia na Cruz

Talvez o ladrão moribundo fosse simplesmente como as pedras que Jesus disse que clamariam caso seus seguidores se calassem (Lucas 19:40) — as pedras podiam falar da confiabilidade e da glória de Jesus, mas não poderiam desfrutá-lo. Isso não parece ser o caso. O ladrão moribundo mostra que tem uma teologia rica na cruz, mas acaba recebendo uma teologia ainda mais rica antes de morrer — uma teologia de esperança.

Enquanto o criminoso ao seu lado repreendeu Jesus, ordenando-lhe que salvasse a todos, o ladrão que acabou por ser salvo repreendeu o outro criminoso. “Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?” (Lucas 23:40). Neste ponto, o ladrão mostra que ele realmente era um bom teólogo, pois falou sobre o temor de Deus.

Mas sua teologia melhora. Ele admite que a sentença que eles estão recebendo é uma sentença justa. Em outras palavras, ele sabe que é um pecador. “Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal“ (Lucas 23:41). Novamente, sua teologia se eleva ainda mais. Ele tem a ousadia, sabendo que ele é um pecador e que Deus deve ser temido, para pedir a Jesus para lembrá-lo quando ele entrar em seu reino (Lucas 23:42).

Fé Improvável e a Recompensa da Esperança

Francamente, este é um dos maiores atos de fé demonstrados em qualquer lugar na palavra de Deus. Enquanto muitos dos discípulos de Cristo o haviam abandonado porque acreditavam que ele não era o verdadeiro Messias enviado por Deus para redimir Israel, este criminoso acreditava que um homem crucificado ao seu lado tinha um reino!

O ladrão não estava colocando sua fé no Senhor ressuscitado da glória, mas em um homem sob a maldição de Deus (Gálatas 3:13). Como o Cristo moribundo responde a tudo isso? Como Cristo responde a tal fé? Ele lhe oferece esperança! “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lucas 23:43).

Não se sabe quanto tempo o ladrão tinha de vida enquanto estava na cruz. Em certo sentido, isso não é importante. O que importa é a esperança que ele recebeu quando, momentos antes, ele tinha absolutamente nenhuma esperança. Esta é a beleza do evangelho. Ele pega a situação mais desesperadora, até mesmo a crucificação justificada de um criminoso, e oferece o oposto - vida.

Acredite no Rei, Não no Reino

O ladrão tinha esperança na morte. Mas sua esperança não era simplesmente que ele teria uma vida após a morte. Foi, na verdade, muito melhor do que isso. Foi-lhe dito pelo próprio Cristo que ele estaria com Cristo no paraíso. Muitos no mundo estão contentes em afirmar sua esperança na vida após a morte, até falando de "céu", mas quantos estão dispostos a colocar Cristo no centro do céu? Quantos, como o ladrão moribundo, querem ir para o céu porque acreditam que o céu é o céu de Cristo e querem estar com ele?

Muitas vezes ouvimos de pessoas não religiosas que elas simplesmente acreditarão antes de morrerem, como o ladrão moribundo fez. Bem, talvez. Mas não devemos subestimar o que estava aqui envolvido na salvação do ladrão. Ele não acreditava em Jesus como um esforço de última hora para cobrir todas as suas bases para a vida após a morte. Não, o ladrão moribundo acreditava que este homem crucificado e amaldiçoado era um Rei, um Salvador e um Tesouro.

É uma fé como essa que é recompensada com esperança, não a "fé" de precaução, que alguns supõem que terão em seus leitos de morte. O ladrão, e todos que se juntam a ele, recebem uma expectativa confiante de uma bondade inimaginável por vir, que tem seu centro e maior valor somente em Cristo.