Eu Vou Envelhecer Sozinha?

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English: Will I Grow Old Alone?

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Por Lydia Brownback Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Ana Cristina Bonetti

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Tabela de conteúdo

O Potencial do Solteirismo na Meia-idade

Uma presença silenciosa. É assim que me lembro de uma amiga solteira de longa data que faleceu aos setenta anos. Ela servia em tempo integral na equipe de sua igreja, e por "tempo integral" quero dizer que ela estava disponível de manhã e à noite para fazer qualquer coisa que fosse necessária. Ela nunca reclamava; ela simplesmente aparecia e fazia o que precisava ser feito.

Após anos de serviço fiel, uma doença repentina a atingiu e ela ficou confinada em sua casa depois disso. Ela não tinha marido, nem filhos ou netos para cuidar dela durante suas últimas semanas. Mesmo assim, ela nunca estava sozinha. Sua família da igreja fornecia cuidados 24h por dia — não apenas refeições e medicamentos, mas também companheirismo amoroso.

Quando somos jovens e solteiros, não pensamos muito sobre essa perspectiva de morrer solteiros. Mas ela começa a tomar conta de nossos pensamentos quando entramos na meia-idade e, com ela, vêm as ansiedades. Quem cuidará de mim? Terei fundos suficientes para uma vida assistida? Se eu for dominado pela demência, quem garantirá minha segurança?

Eu penso em minha velha amiga sempre que esses medos surgem e me lembro de como Deus proveu para ela — como ele supriu cada necessidade física, emocional e espiritual. Através dela, testemunhei o cuidado de Deus pelos seus e como ele se deleita em prover por meio da família de seu povo.

Lutando Contra a Ansiedade do Envelhecimento

Através de toda a Escritura vemos o terno coração de Deus para com "a viúva, o órfão e o pobre", palavras bíblicas para os mais vulneráveis da sociedade, que hoje certamente incluem os idosos solteiros. Em Cristo, não precisamos temer envelhecer sozinhos. Ele cuida dos seus. Deus promete a seu povo por meio de Isaías:

"Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos brancos, sou eu aquele que os susterá. Eu os fiz e os levarei; eu os sustentarei e os salvarei." (Isaías 46:4)

A perspectiva de morrer sozinho não é a única ansiedade que aparece na meia-idade. As inevitáveis mudanças físicas podem ser uma fonte de tristeza. Nossa energia não é mais a mesma, nem nosso metabolismo. Onde antes apreciávamos um convite para jantar às 20h, agora antecipamos rastejar para debaixo das cobertas às 21h. E nos lembramos com saudade quando meio litro de Ben & Jerry's1 servia como o jantar perfeito em uma noite de verão. E, então, ficamos um pouco tristes quando percebemos que nunca mais nos sentiremos ou nos pareceremos como éramos há dez, vinte ou trinta anos, e lamentamos que nosso tão esperado futuro interesse amoroso nunca nos conheça em nossa melhor forma.

Mas o pensamento que está por trás desta tristeza é uma mentira que pegamos da nossa cultura antienvelhecimento. A mensagem da indústria multibilionária da fonte da juventude está em todo lugar que olhamos. E as multidões que acreditam se recusam a ver que todas as suas promessas são vazias. Podemos seguramente desconsiderar a glorificação da juventude, em todas as suas formas, porque em nenhum lugar nas Escrituras a idade é tratada como algo a se temer ou evitar. Na verdade, a velhice é apresentada como honrosa.

"Levantem‑se na presença dos idosos. Honrem os anciãos. Temam ao seu Deus. Eu sou o Senhor." (Levítico 19:32)
A glória dos jovens está na sua força; a honra dos idosos, nos seus cabelos brancos. (Provérbios 20:29)

Nossos anos intermediários e finais podem ser, na verdade, alguns dos mais felizes e frutíferos. Por um lado, tendemos a lidar melhor com os altos e baixos da vida, pois o melodrama não define mais nossas respostas. Estamos aprendendo, como Paulo instruiu, a redimir o tempo (Efésios 5:16; Colossenses 4:5) e a sabedoria que estamos ganhando no processo não apenas nos fornece uma boa medida de estabilidade mas, também, nos equipa para encorajar e guiar a geração mais jovem. Longe de ter menos a oferecer, temos muito mais. Tudo isso é o que torna as rugas irrelevantes.

Lutando Contra a Perda de Motivação

Alguns de nós sentimos pouca tentação de se curvar diante do ídolo da juventude eterna, mas somos facilmente tentados a ceder ao desânimo que pode surgir e roubar nossa motivação para continuar e crescer.

Uma tentação significativa na meia-idade é deixar-nos levar. É um momento em que somos tentados a deslizar para uma administração desleixada de nossos corpos, nossos relacionamentos e nosso testemunho do evangelho, nos contentando com marcos que já alcançamos. Podemos parar de participar das atividades da igreja porque é mais confortável estar em casa. Podemos fazer as pazes com o tédio e as noites isoladas em nosso sofá com um controle remoto e uma tigela de salgadinhos. E antes que percebamos, nossos sentimentos insignificantes de felicidade são derivados do caminho mais fácil para um maior conforto.

Isso também é vazio e é um terreno fértil para a solidão. Na meia-idade, podemos perder de vista o fato de que toda a verdadeira felicidade é encontrada não nos confortos da criatura, mas em sair de nós mesmos para servir a Deus e amar as pessoas em nossas vidas.

A meia-idade pode, na verdade, ser o melhor momento para praticar uma boa administração de tudo que somos e temos. Dado nosso tempo, talentos, dinheiro e sabedoria que adquirimos em anos de caminhada com Jesus em um mundo quebrado, normalmente temos mais a oferecer agora do que tínhamos em nossa juventude ou que teremos nas próximas décadas. Se estivermos dispostos, podemos descobrir por nós mesmos que nossos anos intermediários podem ser a estação mais frutífera e agradável da vida. E estes são bons anos para renovar nossa esperança.

Não Desperdice sua Meia-idade

Uma das noivas mais amáveis que já vi tinha setenta anos quando caminhou até o altar. Ela emanava felicidade e a beleza da alegria brilhava através do véu que cobria seu rosto. Eu fui lembrada naquele dia de que Deus se deleita em abençoar aqueles que esperam por ele (Salmos 37:34; Provérbios 20:22; Isaías 30:18; Lamentações 3:25).

Portanto, quer morramos aos setenta, ou nos casemos nessa época, ou vivamos solteiros até a velhice, a meia-idade é um momento crucial para ecoar a oração de Moisés, "Ensina‑nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria" (Salmos 90:12).


Notas do Tradutor