Estender a Mesma Graça que Você Prega

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English: Extend the Same Grace You Preach

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Por Paul Tripp Sobre Ministério Pastoral

Tradução por Luiz R V Goes

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Eu fiz isso durante anos. Era bom nisso, mas não sabia. Isto moldava o meu jeito de pregar e arregimentar pessoas ao meu pastorado. Se minha teologia fosse questionada eu me sentiria ofendido. Eu era um grande defensor das “doutrinas da graça”. Eu as conhecia bem e podia articulá-las de maneira clara, mas na base outra coisa estava acontecendo. Nos deveres, processos e relacionamentos do ministério pastoral eu desvalorizava a mesma graça que teologicamente defendia. Meu ministério não tinha base na graça. Faltava o fruto da graça: confiança e segurança. Eu tentei fazer nas pessoas o que somente Deus pode fazer, e, consistentemente, recorria à lei o que somente a graça divina pode alcançar.

Como isto acontece? O coração de cada crente, ainda em fase de libertação do pecado, é compelido para fora do recente descanso da graça por alguma forma de legalismo. Mesmo após termos sido salvos pela graça, temos a tendencia de pensar: sou justo e não preciso de um Salvador. Pensando-se guardadores da lei, trazemos esta lei para os infratores na esperança que eles reconheçam seu caminho errado e animem-se.

Ninguém prega melhor sobre a lei do que aquele que pensa que está guardando-a. E ninguém transmite graça mais ternamente do que aquele que desesperadamente precisa dela. A tentação de reverter isso para aplicação da lei recozija a todos nós.

Recursos que Precisamos

Porém há dois pontos específicos onde o pastor é tentado a desvalorizar a graça. Primeiro, há a tentação de desvalorizar a graça da habitação, condenação, orientação e habilitação do Santo Espirito. (Veja Romanos 8:1-11). Deus sabia que nossa luta com o pecado era tão profunda que não bastava somente nos perdoar. Não, juntamente com o perdão Ele nos revelava e nos preenchia com seu Espirito. Em Sua presença temos os recursos que precisamos para ser o que devemos ser e fazer o que estamos chamados a fazer.

Quando você desvaloriza esta graça, você acha que a sua função como pastor é administrar a vida das pessoas. Voce se torna muito presente em suas vidas e muito controlador dos seus pensamentos e decisões. Seu ministério começa a sair do foco de dizer o que Deus fez por eles para ser focado a dizer o que as pessoas devem fazer.

Maturidade no corpo de Cristo nunca é fruto desse tipo de pastorado. Não, este fruto é comportamental e culturalmente mascarado como maturidade. Somente quando um pastor repousa na graça do Espirito Santo que o habita está livre do gerenciamento das pessoas, sensível sobre quando falar e quando calar, quando ser ativo e quando se retirar, quando aconselhar e quando confiar em Deus para o guiar.

O objetivo não é uma congregação uniformemente conformada com o estilo de vida do pastor, antes porém, progressivamente moldada à imagem de Jesus. Isto significa uma congregção com crescimento em Cristo, mesmo que seus membros estejam tomando decisões básicas ao contrário.

Descanso na Graça

Há uma segunda graça que os pastores são tentados a desvalorizar. É a graça do sacerdócio de todos os crentes. Esta graça não somente acolhe todo crente no lugar sacrado de Deus pelo sangue de Jesus, como convoca todo crente para ser um ministro da graça na vida de outros. (Veja Colossences 3:12-17). Quando voce desvaloriza esta graça, o ministério e dominado e controlado pelo pessoal remunerado, anciãos e diáconos. Voce não prega a verdade essencial santificadora do corpo de Cristo, voce não transmite para as pessoas a visão do ministério, voce não os convoca para o estilo de vida moldado ao compromisso do ministério e também não os treina para o serviço. Voce enfatiza o ministério formal pragmático, negligenciando a convocação para o ministério informal membro a membro.

O resultado disto é uma congregação passiva que pensa que um ministério somente é oficial se houver um pastor, que o ministério é uma escala de reuniões semanais conduzidas pelos membros da igreja. Estão se tornando mais consumidores que participantes. As “juntas e ligamentos” não tem estima e confiança para exercer seu papel, e como resultado, o corpo está debilitado.

Quando um pastor tem a teologia da graça mas funcionalmente desvaloriza a graça na vida do crente, ele estará presente e controlando o ministério e o resultado do seu ministério será a uniformidade e passividade no corpo de Cristo. Muito diferente da verdadeira maturidade de um ministério que se baseia na graça de Deus.

O descanso na graça, para um pastor, é uma guerra. Sempre e sempre nossos corações hipócritas tendem ao ministério do legalismo e controle. É humilhante, mas importante confessar que precisamos desesperadamente da graça para poder descançar na graça. Não é reconfortante saber que nos foi dada a graça que precisamos para o ministério e que não iremos desvalorizá-la na nossa pregação?