Ele vendeu todas as sua pérolas para ficar com uma

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English: He Sold All His Pearls for One

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Por David Mathis Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Ana Sant'Anna

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Jesus contou uma parábola de uma só frase sobre um homem que "vendeu tudo o que tinha." Ele era um negociante que encontrou algo tão precioso que ultrapassava a soma de todos os tesouros que ele mais gostava.

O reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou. (Mateus 13:45–46)

Uma pérola extremamente preciosa. Uma pérola singular de um valor extremamente alto. Tão grandiosa, de fato tão preciosa, que ele vendeu tudo, incluindo todas as suas outras pérolas para comprar essa de um valor muito superior.

Tabela de conteúdo

Jesus ensinou em pares

Jesus equipara esta parábola à outra lição de uma frase sobre um tesouro escondido num campo (Mateus 13:44). Jesus faz isso frequentemente em Seus ensinamentos: equiparando duas ilustrações, cada qual com suas devidas ênfases a fim de chegar a um ponto comum (Carson, Mateus, 376).

Antes, em Mateus 13, são sementes de mostarda comparando com fermento (Mateus 13:31-33), para mostrar a forma surpreendente de Deus de trazer à terra a plenitude do reino dos céus. Em Mateus 13:44-46, Jesus enfatiza o valor superlativo do seu reino. A equiparação não apenas reforça o ponto, mas completa o quadro geral e introduz novas formas de significado.

Tesouro e pérola

Na primeira parábola (Mateus 13:44), o tesouro escondido é encontrado "por acaso", ao que parece, sem que o homem estivesse procurando por ele intencionalmente. E o surpreendente nisso tudo, é que a ênfase está em sua resposta chocante e feliz: cheio de alegria ele vai e vende tudo o que tinha para comprar o campo. A alegria brotou de seu coração quando viu seu imenso valor.

Na segunda parábola (Mateus 13:45-46), tem um negociante. Ele está vendo. Ele está procurando em cima e em baixo, perto e longe. Ele conhece bem o valor das pérolas. No mundo antigo, as pérolas "eram consideradas muito preciosas", diz George Knight, "com uma demanda maior que o ouro" (Epístolas pastorais, 135). E esse negociante não estava apenas buscando pérolas, mas "pérolas finas"- pérolas lindas e preciosas. Seu paladar é refinado. Ele tem uma visão aguçada.

A vida do negociante está ligada à busca dos objetos terrenos mais preciosos. Agora, ele se depara com uma pérola de beleza única, de tamanho valor, uma pérola muito preciosa, ele vai e vende de tudo o que tem para obtê-la. A ênfase não está nesse achado acidental, mas no cumprimento exagerado de uma busca intencional. Agora o destaque não está na resposta subjetiva de alegria, mas no valor extremamente alto do objeto.

Vale cada sacrifício

Juntas, essas curtas parábolas contribuem para montar um cenário, visto na repetição óbvia: o homem vende tudo o que tem para obter um tesouro que acabou de descobrir. Por mais acidental ou intencional que seja a busca, o homem se deparou com algo de tamanho valor que o deixou ansioso ("cheio de alegria") para considerar todo o resto como perda, em vista do valor insuperável do tesouro — da preciosidade extraordinária da pérola.

Nem as parábolas diminuem o custo. Na verdade, ambas chamam a atenção para isso: literalmente, “todas as coisas, tudo quanto ele tem”. Existe um custo - um grande custo - para esse discipulado. Mas o discipulador, que é o próprio tesouro, até então supera o custo que alegremente chamamos de "ganho!" Essa pérola de grande valor é tão incomparavelmente preciosa que muitos ainda dizem, junto com o grande exército de missionários e mártires, como David Livingstone: "Eu nunca fiz um sacrifício."

Como seria o reino de Cristo chegando até nós dessa forma? Como recebemos Jesus como um tesouro de valor infinito, ou uma pérola de grande valor, cujo valor excede todas as demais coisas? O conceito de valor superlativo ou preciosidade suprema em Mateus 13 nos aponta para, pelo menos, duas imagens em outras partes do Novo Testamento.

Muitíssimo precioso

A primeira é a unção em Betânia (João 12:3-8 e também Marcos 14:3-9). Marta serviu. Lázaro, logo assim que ressuscitou, reclinou-se à mesa. Sua irmã Maria "pegou um litro de nardo puro, que era um perfume caro, derramou-o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos" (João 12:3). Aqui, caro é a mesma palavra usada para a pérola de grande valor em Mateus 13 (no grego polutimos significa "extremamente precioso"). Então, o unguento era tão obviamente valioso que os discípulos, e principalmente Judas, expressaram suas preocupações. "Por que este perfume não foi vendido e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários." (João 12:5).

Um denário era um dia de salário do trabalhador. Este perfume representava um ano inteiro de salário de um trabalhador que trabalhava seis dias por semana. Provavelmente ele era a economia de Maria para seu futuro. E mesmo assim, precioso como era, ela viu que Jesus era mais precioso. Ele O teve como extremamente valioso. Ela derramou seu futuro aos pés de Jesus e ao fazê-lo, ela mostrou que Ele era extremamente mais precioso para ela.

Extremamente valioso

Paulo aborda a mesma busca, sacrifício e alegria em Filipenses 3. Será que ele se identificou com o negociante da parábola de Jesus? Se sim, quais foram as “pérolas finas” que ele acumulou antes de encontrar a preciosidade suprema de Cristo? Ele mostra a lista: "circuncidado no oitavo dia de vida, pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim, hebreu dos hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível" (Filipenses 3:5-6).

Como líder da seita mais rigorosa de sua religião, ele tinha um histórico inatacável (que, por nascimento, ele não tinha controle) e o desempenho (que, por vontade, ele poderia controlar). Essas eram realmente pérolas finas. Mesmo assim, ele acabou encontrando um tesouro que o confrontou, o derrubou do seu cavalo e abriu seus olhos. Esse era um tesouro que foi escondido de Paulo, e ainda o que ele estava procurando há muito tempo. Agora Paulo viu Jesus como a pérola de valor que excede todas as outras, e ele considerou tudo como perda - tanto o histórico como o desempenho - comparado com "a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, o meu Senhor". (Filipenses 3:8). Jesus Se tornou para ele tanto o tesouro de infinito valor a ser ganho como a pérola extremamente preciosa para ser conhecida.

Deus, em Sua divina bondade, assumiu a forma de carne neste homem único, chamado Jesus. "Pois toda a plenitude da divindade habita corporalmente em Cristo" (Colossenses 2:9). Encontrá-Lo como seu único bem precioso não irá envenenar nem encolher sua alma. Ele é o antídoto para o que nos aflige, o catalisador para expandir nossos pequenos corações, o remédio surpreendente que buscamos há muito tempo.