Culto Interrompido

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English: Worship Interrupted

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Por Desiring God Staff Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Michael Suzigan

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Tabela de conteúdo

Manhã de Domingo com os Pequeninos

Participar do culto com crianças pequenas a reboque é como tentar dormir com um helicóptero pairando sobre sua cama. O que você quer é revigoramento e inspiração; o que você ganha é um pouco de tensão, desconforto e distração, enquanto se prepara para o que pode acontecer a seguir.

Quem já participou do culto com crianças pequenas por anos, como eu, pode sentir que o esforço despendido em tentar focar não vale o retorno aparentemente pequeno recebido durante a sessão. Entre brigas de irmãos, idas ao banheiro, pés na parte de trás do banco à sua frente e comentários inapropriados — “Mamãe. Mamãe! Mamãe! Qual o seu tipo de cão favorito?” — é fácil se render ao cansaço e desistir, empurrando com a barriga em vez de buscar por uma graça renovada.

Nestes momentos de dúvida se vale a pena estarmos presentes no culto, é bom nos lembrarmos da suficiência de Deus, da natureza do culto e do nosso chamado para ministrar a nossos filhos.

Vinde e Bebei

Se eu ficar por conta própria, não tenho a paciência, a perseverança e a perspectiva necessárias para aguentar domingo após domingo, e ano após ano, de culto com distração. Tenho meus limites e eles são curtos — especialmente se sentir que talvez estejamos distraindo os outros ao nosso redor também.

Deus, no entanto, não tem limites, e Ele não se intimida com a ideia de conceder graça mais uma vez enquanto passo pelo minuto 28 de outro culto com meus pequeninos. As Escrituras descrevem Deus como uma fonte viva, ávido para apoiar a sua criação (Salmo 36:9). Ou, como disse um dos meus professores de pós-graduação, “Deus é a fonte inesgotável de todas as coisas”. Fontes são para pessoas que têm sede; nossa fraqueza nos leva a Ele. “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas” (Isaías 55:1).

Deus Educa até os Pais

Então, que venham as distrações — Deus as ordenou soberanamente, e elas são convites para depender dele para o que for necessário neste momento e no inesperado daqui a cinco minutos.

Sabemos que Deus ouve nossas súplicas dos bancos da igreja. "E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Lucas 11:9). Deus adora nos agraciar com a sua presença, através de seu Espírito Santo (Lucas 11:13). Então, quando Ele ouve: “Pai, me ajude a ouvir de você esta manhã” ou “Pai, me ajude a ser paciente”, Ele responde. Neste momento, Deus está me paternando. E porque meu Pai celestial assim o faz, eu tenho o que preciso para refletir seu cuidado amoroso com meus filhos nos bancos ao meu lado.

A Beleza de Adorar Juntos

Meu marido e eu às vezes brincamos que participamos do culto das 9:10 (o primeiro culto de domingo da nossa igreja começa às 9h). Não importa o quão cedo comecemos a preparar a todos; no momento em que as Bíblias são encontradas, calçados e casacos são vestidos (e chapéus, luvas e botas durante os invernos de Minnesota), e todo mundo já foi no banheiro, estaremos dez minutos atrasados para a igreja.

Embora às vezes desanimados com nosso atraso aparentemente perpétuo, por anos negligenciamos uma evidência importante da graça: nossa família estava na igreja, juntos. Estávamos atrasados, mas estávamos lá. Todos nós. Isso por si só declara algo sobre Deus. Ele vale muito para nossa família. Ele vale o transtorno, o esforço e o trabalho necessário para chegar lá. Ele vale o constrangimento de chegarmos atrasados. Ele é absolutamente digno de tudo isso, e de muito mais. É isso que é a adoração : declarar que Deus é digno, com nossas palavras e nossas ações.

Adoração Através da Paternidade

Mas nossa presença constante no culto como família não é a única declaração do valor de Deus que ocorre quando participamos juntos. Nos bancos, ao interagir com meus filhos, minhas ações também declaram algo sobre Deus. Elas podem declarar que Ele é paciente e gentil, e quer trazê-los para sua presença; ou que Deus está irritado, impaciente e ansioso para disciplinar. Embora haja um lugar para estabelecer e impor limites para o bem de nossa família e dos outros, o modo como fazemos isso declara algo sobre Deus para aqueles ao nosso redor — especialmente para nossos filhos.

A maioria das crianças pré-alfabetizadas se lembrará pouco, se é que se lembrará, do sermão que ouve no domingo. O vocabulário avançado e as ideias abstratas do pastor são difíceis para as crianças entenderem. Elas podem não ser capazes de ler todas as palavras das músicas.

Mas elas vão se lembrar das perguntas respondidas pacientemente, instruções dadas com gentileza e limites explicados através das lentes do grande valor de Deus. Elas vão se lembrar do braço da mãe em volta do ombro ou do pai levantando-os para que possam ver durante o canto. Elas se lembrarão dos rostos alegres cantando e Bíblias desgastadas abertas durante o sermão. Estes são o legado do culto parental, independente de quantas vezes tenha sido interrompido.

Então, quando alguém me pergunta se conseguimos adorar enquanto estávamos sentados com nossos pequeninos, espero poder dizer (independente de quanto do sermão ouvimos, ou quantas músicas fomos capazes de cantar do começo ao fim): “Sim! Deus estava lá e estava conosco.”