Contra todas as acusações

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Sobre esta tradução
English: Against Every Accusation

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Por Scott Hubbard Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Carla Schnerring

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O Que Dizer Quando Satanás Sussurra

Quem pode levantar acusações contra os escolhidos por Deus? É Deus quem os declara justos. Quem os poderá declarar culpados? Jesus Cristo é aquele que morreu - e ainda mais, que ressurgiu - que está junto de Deus e realmente intercede por nós.(Romanos 8:33-34)

O diabo não se resume a ser apenas um mentiroso que busca nos enganar ou um tentador que tentar nos prender e também um assassino em busca de nos matar. Ele é também um acusador em busca de nos condenar.

O próprio nome Satanás significa “acusador.” É por isso que encontramos em Apocalipse a referência ao “aquele que acusa nossos irmãos... que os acusa diante de Deus constantemente” (Apocalipse 12:10). Em sua miséria, o diabo não apenas ama companhia — ele à exige. Ele passa horas a fio buscando companhia entre os desfavorecidos.

E para aqueles que ele não consegue condenar (porque estão em Cristo), ele trabalha dia e noite para destruir suas paz espirituais. Não importando o quanto esses santos detestem o pecado ou busquem satisfazer Deus; o diabo se empenhará em extinguir o brilho da benevolência divina. Ele os verá à meia-noite com vislumbres da fúria divina. Ele os levará a refletir sobre seus próprios motivos e sentimentos, olhando para o seu interior mais profundo. Ele murmurará junto com todas as promessas de Deus: "Mas será que isso realmente se aplica a alguém como você, um pecador?”

Nossa única segurança em tais momentos é levantar novamente nossos olhos para o “Deus que justifica,” lembrando que “Jesus Cristo é aquele que morreu — e mais ainda, que ressuscitou — que está à direita de Deus, e que de fato intercede por nós” (Romanos 8:33–34). Cristo morreu. Cristo ressuscitou. Cristo está intercedendo. Essas três certezas, agarradas pela fé, erguem um escudo contra toda acusação do diabo.

Cristo Que Morreu

As acusações do diabo seriam mais fáceis de ignorar se fossem obviamente falsas. O problema é que elas carregam muita verdade. Somos pecadores. Somos culpados. Merecemos condenação. Nunca encontraremos paz, então, ao argumentarmos em defesa de nossa inocência.

A paz, ao contrário, virá quando lembrarmos a Satanás que “Jesus Cristo é aquele que morreu” (Romanos 8:34). Sim, somos pecadores, mas Cristo morreu pelos pecadores (Romanos 5:8). Sim, somos culpados, mas o sangue de Cristo cobre nossa culpa (Romanos 3:24-25). Sim, merecemos condenação, mas Cristo foi condenado em nosso lugar (Romanos 8:3).

John Newton mostra como abraçar essa verdade em seu hino “Approach My Soul the Mercy Seat” (Aproxima-te, Alma Minha, do Trono da Misericórdia):

Curvado sob o peso do pecado,
Sofrendo sob a pressão de Satanás,
Com guerras lá fora e medos aqui dentro,
Eu venho a Ti em busca de descanso.

Seja Tu o meu escudo e lugar de refúgio,
Para que, protegido ao Teu lado,
Eu possa enfrentar meu feroz acusador,
E dizer-lhe que Tu morreste por mim.

Cristo morreu pelos nossos pecados. E se Ele morreu por eles, então nós não precisamos mais morrer.

Cristo Que Ressuscitou

Talvez, no entanto, o diabo responda: "Ah, entendi. Colocando sua esperança naquele homem sangrento e crucificado, não é? Sim, que salvador ele deve ser! Me lembre novamente como um homem morto pode salvar os mortos?"

Mas o Salvador que morreu por nós não está mais morto. Ele é “Jesus Cristo... que foi ressuscitado” (Romanos 8:34). E ressuscitado por quem? Pelo Pai que ficou tão satisfeito com a obra de Seu Filho, tão contente com o Seu sacrifício, que estendeu Sua mão até a morte, agarrou Seu amado Filho e o trouxe de volta à terra dos vivos. Na Sexta-feira Santa, Jesus declarou: “Está consumado”; no Domingo de Páscoa, o Pai falou Seu eterno “Amém”.

Se Cristo não tivesse ressuscitado, talvez nos perguntássemos se Sua morte realmente tirou nossos pecados. Como saberíamos que Ele não era um impostor, um enganador — que Ele não era apenas “ferido por Deus e afligido” (Isaías 53:4)? Mas Cristo, que foi “entregue por nossas transgressões,” foi “ressuscitado para nossa justificação” (Romanos 4:25).

Portanto, se nos perguntarmos se a morte de Cristo foi suficiente para nos salvar — até mesmo nós, não importa o quão culpados nos sintamos — só precisamos olhar para o Seu túmulo vazio.

Cristo Que Intercede

Às vezes, mesmo depois de lembrarmos da morte e ressurreição de Jesus, dúvidas ainda obscurecem nossa confiança. Um vago senso de condenação ainda insiste em nos acompanhar, e a redenção que Cristo conquistou no passado parece desconectada da culpa que sentimos no presente.

O profeta Zacarias certa vez teve uma visão de “Josué, o sumo sacerdote, que estava diante do anjo do Senhor, e Satanás estava à sua direita para acusá-lo” (Zacarias 3:1). Enquanto estivermos neste mundo, podemos sentir, como Josué, que o diabo está sempre à nossa direita, pronto para exibir nossa imundície diante do trono de Deus (Zacarias 3:3). Porém, muito mais importante do que quem está à nossa direita, é quem está à direita de Deus: “Jesus Cristo é aquele... que está à direita de Deus, e que de fato intercede por nós” (Romanos 8:34).

À nossa direita está o nosso acusador, mas à direita de Deus está o nosso Advogado. E para cada argumento que o diabo pronuncia contra nós, Jesus apresenta um argumento maior. Ele não morreu apenas para remover nossos pecados, e não ressuscitou apenas com Sua obra consumada em mãos — eventos gloriosos do passado distante — mas Ele também vive agora e para sempre para interceder pela causa do Seu povo.

E se Cristo está no céu, intercedendo por nós, então nada pode nos separar do Seu amor: nem a tribulação, nem a angústia, nem a perseguição, nem a fome, nem a nudez, nem o perigo, nem a espada (Romanos 8:35) — e certamente não as acusações de um diabo condenado à morte. Cristo tomou a nossa condenação. Ele nos deu a Sua justiça. E enquanto Ele vive e reina no céu, nenhum acusador pode nos separar Dele.