Cinco Verdades Sobre O Sofrimento Cristão
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Joseph Scheumann Sobre Sofrimento
Tradução por Mônica Couto Valadares
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Todos os Cristãos sofrem. Ou você tem, você é, ou você irá — "através de muitas tribulações, devemos entrar no Reino de Deus" (Atos 14:22).
Esta realidade é um duro lembrete de que não alcançamos os novos céus e a nova terra. A Nova Jerusalém, sem lágrimas e sem dor, sem luto e sem morte, ainda não chegou (Apocalipse 21:1, 4).
Mas só porque experimentamos o sofrimento enquanto aguardamos a salvação de nossos corpos, isso não significa que nosso sofrimento seja aleatório ou sem propósito. E também não significa que as Escrituras não nos digam como pensar agora sobre o nosso sofrimento.
Aqui estão cinco importantes verdades bíblicas sobre o sofrimento que todo Cristão deveria estar preparado:
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1. O sofrimento é multifacetado.
O sofrimento tem muitas faces. A Bíblia não encobre nossa experiência de sofrimento, dizendo que é tudo igual. Em vez disso, reconhece as formas multifacetadas pelas quais o sofrimento pode nos atingir. O apóstolo Paulo escreveu: "De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos" (2 Coríntios 4:8–9).
Nestes dois versículos, Paulo enumera vários tipos de sofrimento — mental, físico, emocional e espiritual. Cada um deles são diferentes maneiras pelas quais podemos sofrer, e quando o sofrimento chega, muitas vezes vários desses tipos de sofrimento estão envolvidos.
2. O sofrimento acontece na comunidade.=
A igreja não foi feita para ser uma associação frouxa de Guardiões Solitários em funcionamento. Paulo confronta esse tipo de pensamento quando escreve: "Levem os fardos uns dos outros, e assim, cumpram a lei de Cristo" (Gálatas 6:2).
A Igreja está destinada a ser um refúgio para os que sofrem. Quando um membro está sofrendo, a igreja aplica os curativos; quando um membro está abatido, a igreja encoraja; quando um membro está em necessidade, a igreja se aproxima para ajudar.
3. O sofrimento nos prepara para o ministério.
A experiência direta no sofrimento é essencial em nos preparar para o Ministério. Paulo escreve em 2 Coríntios 1:4 que Deus "nos conforta em todas as nossas tribulações, para que possamos confortar aqueles que estão em alguma tribulação, com o conforto com que nós mesmos somos consolados por Deus."
Mas como? E qual é a ligação entre experimentar o sofrimento e preparar-se para o ministério? David Powlison responde dessa forma:
Quando você passou por suas próprias provações e descobriu que Deus é fiel ao que ele diz, você tem ajuda real a oferecer. Você tem experiência em primeira mão tanto de sua graça sustentadora quanto de seu desígnio intencional. Ele o manteve através da dor; ele o remodelou mais à sua imagem. . . . O que você está experimentando de Deus, você pode doar cada vez mais aos outros. Você está adquirindo tanto a delicadeza quanto a clareza necessárias para ajudar a santificar o sofrimento mais profundo de outra pessoa. (Sofrimento e a Soberania de Deus, 166)
4. O sofrimento é um campo de batalha.
Onde quer que haja sofrimento, há uma batalha — uma batalha pela sua alma. O livro de Jó nos mostra que pode haver duas maneiras de reagir ao sofrimento: uma que amaldiçoa a Deus por causa do sofrimento e outra que louva a Deus, mesmo no meio do sofrimento (Jó 2:9–10).
5. O sofrimento nos prepara para mais glória.
Uma das verdades contraintuitivas sobre o sofrimento é que ele prepara os Cristãos para mais glória. Paulo escreve em 2 Coríntios 4:17–18: "Os nossos sofrimentos leves e momentâneos produzem para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles, assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê mas naquilo que não se vê. Pois as coisas que são vistas são transitórias, mas as coisas que não vemos são eternas."
Esses versículos são como uma lixa em nossos sentimentos modernos sobre o sofrimento. Naturalmente, tentamos evitar o sofrimento a todo o custo. Mas Deus traz sofrimento às nossas vidas para nossa alegria eterna — sim, até mesmo para a glória.