Apaixonado Pela Vida Que Você Não Tem
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Greg Morse Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Mônica Couto Valadares
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O segredo da felicidade, alguns disseram sabiamente, é querer o que você já tem.
Quantos de nós podemos realmente dizer, como o personagem de C. S. Lewis em Terra das Sombras, "Sabe, eu não quero mais estar em outro lugar. Não estou esperando que algo de novo aconteça . . . não estou procurando a próxima esquina e a próxima colina. Eu estou aqui agora. Chega."
Em vez disso, a infelicidade nos faz desejar uma vida que não temos. Se isto, isto, e isto acontece, então ficarei satisfeito. Os amores mais fáceis são aqueles que não temos. A grama do nosso vizinho fica mais verde à medida que contemplamos ela. Se nossos desejos pudessem permanecer na nossa própria propriedade, seríamos mais felizes. É melhor amarmos a vida que temos.
Este segredo para a felicidade não é novo. Séculos atrás, o puritano Jeremiah Burroughs (1599–1646) escreveu em A Rara Joia do Contentamento Cristão que "Um Cristão chega ao contentamento, não tanto por meio da adição, mas por meio da subtração” (45). Ele quis dizer que o Cristão alcança a felicidade não adicionando mais à vida para satisfazer seus desejos escancarados, mas subtraindo-os de seus desejos, reduzindo-os à situação em que Deus o colocou.
Paulo praticou isso quando procurou conter os desejos do jovem Timóteo por dinheiro, argumentando que viemos ao mundo e o deixamos sem nada e que muitos abandonaram a fé por esse amor. O apóstolo nos dá uma visão da própria felicidade, dizendo, "Se tivermos comida e roupas, com estes ficaremos satisfeitos" (1 Timóteo 6:8). Com apenas o básico do que precisamos para uma existência humana adequada, Paulo encontrará o que muitos reis com palácios luxuosos não conseguiram: contentamento.
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Não Cobiçarás
Muito antes de Burroughs, o grande Arquiteto da felicidade do homem incorporou este princípio de felicidade na própria criação. Ele marcou na pedra instruções para contentamento de suas criaturas, dizendo, "Não cobiçarás a casa do seu próximo; não cobiçarás a mulher do seu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo" (Êxodo 20:17). Em outras palavras, guarde seus desejos em casa, queira o que você tem, não o que seu vizinho tem.
E ele reitera esta palavra à Igreja, contudo acrescenta algo que não podemos nos permitir perder. O escritor de Hebreus começa com o mandamento,
Mantenha sua vida livre do amor ao dinheiro, e contente-se com o que tem." (Hebreus 13:5–6)
Mais uma vez, queira o que você já tem. Não se escravize para fazer sua conta bancária crescer para corresponder aos seus desejos, mas reduza seus desejos para corresponder ao que Deus colocou em sua conta bancária. Ele nos lembra que a resposta para a felicidade não é maior e melhor, mas mais simples e mais gratificante. "Mantenha sua vida livre do amor ao dinheiro e contente-se com o que tem."
Contente-se com Quem Você Tem
Mas o versículo continua:
Mantenha sua vida livre do amor ao dinheiro, e contente-se com o que você tem, pois ele disse, "Eu nunca o deixarei nem nunca o abandonarei." (Hebreus 13:5)
Talvez você precise ler o versículo novamente. Você viu a mudança?
Deus muda o foco do cristão de o que ele tem, para quem ele tem. Deus nos diz para fazer mais do que adequar nossos desejos às nossas circunstâncias; devemos reconsiderar nossas circunstâncias baseados na promessa de relacionamento duradouro com nosso Deus: Eu nunca o deixarei nem nunca o abandonarei.
A insatisfação tem voz. Você deveria ter aquele carro. . . . Você seria feliz com o trabalho dele ou com o marido dela. . . . Se ao menos ganhasse o dobro do que ganha agora. . . . A esta proposta interna, Deus quer acrescentar a sua própria voz: "Eu nunca o deixarei nem o abandonarei."
Quando o descontentamento sugere, O seu emprego atual é bom, mas você seria mais feliz se tivesse um que te outorgasse mais reconhecimento. . . .
Deus diz: "Eu nunca o deixarei nem o abandonarei."
Teu carro está excelente, mas imagina como você ficaria se tivesse aquele. . . .
"Eu nunca o deixarei nem o abandonarei."
Esta igreja é tecnicamente fiel, mas o pastor poderia ser mais divertido — e o programa infantil . . . . "Eu nunca o deixarei nem o abandonarei."
Por que eu não tenho um marido ou filhos como ela tem?
"Eu nunca o deixarei nem o abandonarei."
Quando ouvimos as tentações de desejar mais e melhor, a qual voz damos ouvidos?
Poços Rasos
Agora, conseguir um novo emprego, um carro novo, ou mesmo uma nova igreja — ou desejar casar e ter filhos — essas não são as questões. A questão é a inquietação interna e a busca equivocada que nos leva a subir de colina em colina esperando a felicidade no topo da próxima. À medida que subimos a colina chamada "carreira de prestígio", ou "bela esposa", ou "casa maior", continuamos subindo, continuamos murmurando, continuamos procurando pelo que ainda não encontramos.
E enquanto o mundo, a carne e o diabo nos tentam a perseguir e perseguir, Deus oferece ele próprio como o propósito da nossa satisfação. Ele se oferece como a pontuação grandiosa para encerrar nossa busca por mais. Maravilha das maravilhas, Deus não diz apenas ao seu filho: "O segredo da felicidade é querer o que você já tem." Ele diz: "O segredo da felicidade é querer o que você já tem em mim."
"Todo aquele que beber desta água voltará a ter sede", promete Jesus, "mas todo aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede" (João 4:13–14). A única busca que resta é aprofundar a comunhão com Ele.
Tudo O Que Poderíamos Desejar
Como filhos e filhas de Adão, sofremos sob a fraca lembrança de um passado esquecido. Um tempo em que o homem andava com Deus, comungando com ele em perfeita comunhão. De jardins cheios de frutos, de uma missão que concede propósito, de prazer, deleite e satisfação — nada mais do que no Rei daquele reino.
E embora tenhamos trocado tal conhecimento e tal glória por coisas terrenas sem importância, por uma vida em outro lugar, não funcionou. Procuramos isso e aquilo em vão pelo tipo de felicidade que nosso pecado e Satanás prometeram. Em tal condição, não basta reduzir os nossos desejos às nossas circunstâncias. A escuridão, a sede, a sensação de algo mais, o olhar perdido pela janela não desaparecerão sozinhos.
O próprio Jesus deve ser a videira para os ramos murchos, a Água Viva para os lugares ressecados, o Pão da Vida para as almas famintas, a Ressurreição para os corpos sem vida, o Caminho para os viajantes perdidos, a Verdade para as mentes iludidas, o Pastor para as ovelhas desaparecidas, a nossa Luz nesta escuridão presente. O segredo da felicidade é estar em união com este Cristo, ser perdoado por este Cristo, ser acolhido e pertencer para sempre a Deus neste Cristo. Um Cristo que promete que nunca nos deixará, nem nos abandonará, nem nunca se cansará de ser tudo o que poderíamos desejar.