Alegria e Festividades Cristãs

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English: Christian Joy and Feasting

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Por Randy Alcorn Sobre Santificação e Crescimento
Uma Parte da série Ask Pastor John

Tradução por Isadora Glielmo

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Transcrição de Áudio Traduzida

Feliz Dia de Ação de Graças a todos. Essa semana, Randy Alcorn se juntará a nós para falar sobre seu novo livro, Felicidade (Happiness). Randy, qual é a relação entre a alegria espiritual e a alegria das festas e festividades que honram a Deus? Como devemos pensar sobre alegrias espirituais e o prazer de boa comida e amigos?

Bem, é incrível. Quando você olha para as Escrituras e vê todas essas passagens no Antigo Testamento sobre as festas, as festividades, e é isso que as festividades eram, elas eram festas. Eles frequentemente envolviam sacrifícios, mas a maior parte do tempo era passada comendo, bebendo e basicamente se divertindo e tirando um tempo para relaxar. Você vê em Levítico 23:40 que Deus diz: “E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias.” Esta é uma festa de sete dias de comemoração em Deus, e o Antigo Testamento está repleto de celebrações ordenadas por Deus para os israelitas.

Deus incorporou ao calendário de Israel sete festas, totalizando cerca de trinta dias de celebrações por ano. Adicione os sábados semanais, e o total chega a cerca de oitenta dias de festividades e descanso anualmente. Adicione as festas posteriores de Purim (um dia) e Hanukkah (oito dias), além de casamentos e celebrações de nascimento, e a quantidade de tempo livre para celebração e adoração ultrapassou três meses anualmente!

Aí você olha para Deuteronômio 14. Esse é um trecho que me impressionou muito. Nos versículos 24 a 26 na ESV (Bíblia em inglês padrão), diz: “se o caminho for muito longo para você, de modo que você não consiga levar o dízimo, quando o SENHOR seu Deus o abençoar, porque o lugar é muito distante de você, que o SENHOR seu Deus escolher, para estabelecer ali o seu nome, então você deverá transformá-lo em dinheiro e amarrar o dinheiro em sua mão e ir ao lugar que o SENHOR seu Deus escolher e gastar o dinheiro em tudo o que desejar — bois ou ovelhas ou vinho ou bebida forte, o que quer que seu apetite deseje. E você comerá ali diante do SENHOR, seu Deus, e se alegrará.”

O que me impressiona, antes de tudo, é a linguagem. Você fala sobre hedonismo, quero dizer que este é um hedonismo direcionado a Deus. Seja qual for o seu apetite, obtenha o melhor de tudo que você deseja comer e beber: vinho, bebida forte. E você comerá ali diante do Senhor, seu Deus, e se alegrará. E eu amo que é dito “diante do Senhor seu Deus”. A felicidade e a alegria não são coisas que devemos experimentar às escondidas de Deus, como se isso fosse possível, o que, é claro, não é. Mas Ele as chama. “Faça tudo diante de mim. E eu, por implicação, estarei lá com você. Vou aproveitar isso com você. E então quando você estiver celebrando, eu estarei celebrando com você.”

Pense na alegria que ocorre na presença dos anjos de Deus, da qual Jesus fala duas vezes em Lucas 15:7, 10. Quem está na presença dos anjos? Deus está. O povo de Deus está na presença dos anjos e, claro, os próprios anjos também estão lá. Mas todo o céu está fazendo uma festa. Todo o céu está comemorando com as conversões na terra. E essas são as coisas que temos que celebrar. Em 2 Crônicas 30:21–23, fala sobre como o povo de Israel celebrou a festa dos pães sem fermento por sete dias com grande alegria. E a palavra "alegria" e as várias palavras hebraicas são usadas para todas essas celebrações do Antigo Testamento.

Quão diferente seria se as pessoas vissem a igreja menos como um grupo de pessoas que são sempre críticas, sempre reclamando, se sentindo perseguidas, um bando de rabugentos — e, sem dúvida, às vezes conseguimos projetar essa imagem para o mundo. E também podemos projetá-la até mesmo para nossos filhos que estão crescendo em lares cristãos. Eles ouvem o que mamãe e papai estão dizendo, o espírito crítico, as reclamações, a ingratidão e esse tipo de coisa. Mas e se nós, como crentes, fôssemos conhecidos como o povo da celebração e da alegria, o lugar da festa?

E o Novo Testamento — não era apenas o Antigo Testamento — a igreja do Novo Testamento, a Santa Ceia do Senhor, a festa do amor, agora temos o pão e o vinho, sabe? E simbolicamente é bom, mas realmente precisamos ter festas. E se o mundo olhasse para nós? E se liderássemos a celebração com as Nações Unidas — foi uma votação unânime — quando 192 países, há alguns anos, designaram o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade? E se a igreja celebrasse o Dia Internacional da Felicidade celebrando as boas notícias sobre felicidade mencionadas em Isaías 52:7?

Mais festas em ambos os casos. Obrigado, Randy. Em nossos círculos, gostamos de dizer que as circunstâncias externas da vida não determinam nossa felicidade. Isso é útil para aqueles que estão sofrendo e é uma resposta importante ao nosso mundo que diz que as circunstâncias externas da vida são essenciais para a verdadeira felicidade. Isso é falso. Mas também parece hipócrita dizer que as circunstâncias externas não desempenham nenhum papel em nossa felicidade que glorifica a Deus. Como falamos sobre alegria em Deus nas circunstâncias da vida que glorificam a Deus?

Bem, eu acho que, antes de tudo, vemos Paulo se regozijando com as circunstâncias. Considere o grande verbo kairo e a forma substantiva korah que são traduzidos como “comemorar” e “alegria”, essas palavras são associadas a Paulo quando ele descobre que Epafrodito, por quem pessoas estavam profundamente preocupadas, estava melhor agora (Filipenses 2:28–30). Ele quase morreu, mas agora eles estão comemorando que ele está bem. Isso é uma circunstância. Isso é um bom amigo que estava em apuros e agora está bem, então você está comemorando isso. É bom comemorar nas circunstâncias. Se você receber um aumento, ótimo. Comemore. Seja feliz. Isso é circunstancial. Mas ao mesmo tempo é uma benção de Deus. Muitas das graças de Deus são circunstanciais.

Entretanto, não podemos depositar nossa absoluta alegria e felicidade nas circunstâncias de nossas vidas. Lembro-me de quando eu era um jovem cristão, quando eu era adolescente, lendo Torturado por Cristo, de Richard Wurmbrand, O Refúgio Secreto, de Corrie Ten Boom, e O Contrabandista de Deus, do Brother Andrew, e todas essas grandes histórias de pessoas em grande tribulação. Eles passaram por coisas horríveis, mas, em meio a elas, experimentaram uma alegria transcendente, felicidade, júbilo, deleite e prazer em Deus. E acho que uma das coisas que precisamos fazer é nos lembrar de nossas verdadeiras circunstâncias.

Geralmente, quando pensamos em circunstâncias, quase as ignoramos. Se as coisas estiverem indo bem, a Escritura diz para dar graças em todas as circunstâncias em 1 Tessalonicenses 5:18. E Paulo diz: “Já aprendi a contentar-me com o que tenho.. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Filipenses 4:11–13).

Mas também acho que precisamos nos concentrar no que eu chamaria de nossas verdadeiras circunstâncias — nem todas as circunstâncias são visíveis. Somos criados por um bom e feliz Deus. Fomos criados em Sua imagem. Ele nos deu a capacidade de sermos felizes. Se considerássemos apenas Romanos 8. Pense no versículo 1: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus.”

Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte (versículo 2). A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz (versículo 6). O Espírito de Deus habita em mim e me empodera (versículo 11). Deus me adotou, e eu posso chamá-l’O de "Aba, Pai" (versículo 15). Eu sou herdeiro de Deus e co-herdeiro de Cristo (versículo 16). Os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada (versículo 18).

A criação será entregue à liberdade e à glória dos filhos de Deus. O próprio mundo, o próprio universo, será finalmente redimido durante a redenção dos nossos corpos (versículo 23). O Espírito ora por nós em nossas fraquezas (versículo 26). O próprio Cristo intercede por nós (versículo 34). Eles habitam em nós. Fomos chamados para uma vida na qual Deus promete que fará com que todas as coisas contribuam para o nosso bem (versículo 28).

Somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou (versículo 37). Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas (versículo 32)? E então, finalmente, para completar, nada nos separará do amor de Cristo (versículos 35, 38–39). Essas são as verdadeiras circunstâncias da vida cristã. Meditemos sobre as circunstâncias que são uma verdadeira base para a felicidade eterna e presente.