A luz no fim de nós mesmos

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por Sarah Walton
Índice de Autores
Mais Sobre Santificação e Crescimento
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: The Light at the End of Ourselves

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Sarah Walton Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Simone Salinas

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).



Estou cansada — corpo, mente e alma. Cansada de esperar, cansada de lutar pela alegria, cansada de esperar por dias melhores. Sendo honesta, uma sensação de desespero tem cada vez mais obscurecido minha visão da vida e me feito duvidar se a escuridão um dia passará.

A palavra de Deus diz que "ficamos perplexos, mas não desesperados". Então por que tenho essa sensação profunda de desespero?

Já faz uma década que estamos passando por doenças neurológicas e físicas devastadoras em nossa família de seis, além do estresse financeiro que veio junto com as constantes despesas médicas. Tem sido uma temporada de tristeza e perda que meu marido e eu nunca nem imaginávamos quando proferimos nossos votos.

Entretanto, apesar das maiores perdas em minha vida terem causado uma forte luta com minha fé, são as "pequenas" decepções e dificuldades que sempre desferem o golpe final ao meu coração cansado.

Às vezes, não importa o quanto eu lute pela verdade e tente resistir às mentiras que constantemente bombardeiam meus pensamentos, o desespero parece se infiltrar lentamente, distorcendo a verdade e obscurecendo minha perspectiva.

Eu aprendi que, embora existam épocas de sofrimento em que sentimos a maravilhosa presença de Deus nos enchendo de alegria e de paz em meio às tempestades, também passamos por épocas em que parece que a escuridão nos cerca, criando confusão, dúvida e desânimo. Clamamos ao Senhor, mas Ele permanece em silêncio. Clamamos por alívio, mas a dor só se intensifica. De repente, parece que o Deus que pensamos conhecer destoa daquilo que as circunstâncias nos mostram.

Onde podemos encontrar esperança e motivação para seguir em frente quando, num sentido mundano, nos desesperamos com a vida?

O que o desespero é — e não é

Algumas perdas nos fazem sentir que o fardo é maior que do podemos suportar. O apóstolo Paulo, por exemplo, teve seus dias sombrios:

Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na província da Ásia. Que foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a esperança de escapar com vida. De fato, havia sobre nós a sentença de morte. Para que não confiássemos em nós mesmos, mas em Deus, que ressuscita os mortos. Ele nos livrou e nos livrará de tal perigo de morte. Nele temos depositado a nossa esperança de que continuará a nos livrar. (2 Coríntios 1:8-10)

Como pode Paulo dizer que perdeu a esperança de vida quando apenas três capítulos depois ele declara que "ficamos perplexos, mas não desesperados"?

Embora ele tenha perdido a esperança — ao ponto de temer a morte — isso ocasionou um propósito maior de depender apenas de Cristo. Paulo sabia que, no final, seu desespero terreno nunca poderia destruir sua promessa de eternidade.

Paulo sabia que não precisamos nos desesperar nunca, no sentido mais profundo e sincero da palavra. Podemos reconhecer nossa tentação terrena de nos desesperarmos, e tomar tempo para lamentar a perda e a dor por que passamos, mas escolhemos seguir em frente na esperança de sermos libertos no final — se não nesta vida, na vindoura.

Lutamos pela esperança hoje porque nenhum desespero terreno jamais será maior do que a esperança da graça futura de Deus.

Luta pela verdade

Não desanimamos. Embora exteriormente nos desgastemos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos produzem para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. (2 Coríntios 4:16–18)

A morte do eu exterior pode ser excruciante. Lutar com a dor crônica diariamente é exaustivo. Ver meus filhos lutarem com a doença e se esforçarem para viver nesse mundo quebrado pode ser de partir o coração. Passar em frente a casas belas, como a que um dia tivemos, nos traz tristeza pelo que perdemos. E ter que parar de correr atrás de meus filhos por medo de perder a habilidade de andar devido a uma doença degenerativa do calcanhar me faz lamentar a vida que eu sempre imaginei que teria.

Ainda assim, apesar da grande dor que causaram, essas perdas trouxeram um entendimento mais aprofundado do evangelho, uma perspectiva eterna crescente e uma vontade maior de viver radicalmente por amor de Cristo. Tenho uma corrida proposta e somente pela graça de Deus eu conseguirei percorrê-la. Portanto posso confiar que Jesus Cristo, o autor e consumador da minha fé está usando cada circunstância que me tenta ao desespero para, no fim, me conceder uma vida maior nele. (Hebreus 12:1-2).

Em Sua misericórdia severa, Ele me leva ao fim de mim mesma e me ensina a contar essas perdas como ganho eterno. Ele enche aqueles lugares vazios e machucados com mais dele. Em Sua força e com Suas promessas, eu posso correr com resistência enquanto fixo meus olhos no prêmio glorioso da minha eternidade. Corro ansiando por estar na presença do meu Salvador, livre do pecado e do sofrimento.

Esperança garantida em meio ao desespero

Quando o sofrimento faz você lutar desesperançosa e desesperada, convencida de que nunca conhecerá nada além da dor que há em você, coloque seus olhos na verdade que Cristo é digno de confiança, pois mostrou Seu amor por você na cruz. Ele sofreu e morreu, sendo punido pelo seu pecado — para oferecer-lhe perdão, redenção e vida eterna nele.

O que aprendemos por meio do sofrimento é que nosso maior problema não são as difíceis circunstâncias, mas o pecado escondido em nós. Deus permite e ordena as circunstâncias difíceis com o propósito de nos comprimir e revelar o que há em nosso interior, para o nosso bem eterno e para a glória de Cristo.

"O sofrimento nos ensina que nosso maior problema não são as circunstâncias, mas o pecado ainda escondido em nossos corações." Compartilhe no Facebook: Nenhuma dor, perda ou sofrimento nos separará do amor de Cristo. Aquilo que o inimigo deseja para o mal, podemos estar confiantes de que Deus usará para cumprir os Seus propósitos de amor e bondade. Para o crente, Deus nos permite superar os sentimentos de desespero, para que possamos deixar nosso amor pelo mundo e as tentativas de fazer do mundo o nosso lar. No processo, enquanto somos despojados do eu exterior, nosso eu interior renova-se a cada dia, nos dando um amor maior por Cristo, que está nos preparando para uma "glória eterna que pesa mais do que todos eles".

Quando as circunstâncias tentarem você a se desesperar pela vida, deixe-se levar a uma esperança mais profunda no evangelho, uma maior dependência de Cristo, e uma luta maior pela fé em Sua graça futura. Um dia, Deus mudará o seu pranto em dança. Ele irá. A escuridão não mais existirá, e nossa fé se tornará vista. Mantenha firme a esperança que tem em Cristo, fortaleça o coração cansado com as promessas de Deus, e confie que a luz novamente brilhará.