A Promessa Mais Generosa de Deus?

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English: The Most Lavish Promise of God?

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Por John Piper Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Natalia Moreira

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Tabela de conteúdo

Alegria Imensurável nas Eras que Estão Por Vir

Da eternidade passada para a eternidade futura, o propósito da criação e da providência têm sido e sempre será a comunicação da glória de Cristo. “Pois por meio dele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra” (Colossenses 1:16). Esse propósito — a exaltação de Cristo em toda criação e providência — não termina com uma nova criação. A providência de Deus não se esvai nas eras que estão por vir. E seu objetivo final não mudará — “Para que em tudo tenha a supremacia [de Cristo] (Colossenses 1:18).

Em toda a história (até mesmo antes da história), esse universo foi desenhado na sabedoria de Deus — e governado pela providência de Deus — manifestada completamente na glória de Sua graça, representada por meio da glória de Cristo, que brilha mais intensamente em Seu sofrimento pelos rebeldes que não merecem.

A Promessa Mais Generosa de Deus?

Esse tem sido o objetivo final desde o princípio; e é o objetivo final das eras eternas no futuro. Paulo exulta enquanto conta isso em uma das promessas mais generosas na Escritura:

“[Deus] nos assentou nas regiões celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras por vir, a incomparável riqueza da sua graça, demonstrada na sua bondade para conosco em Cristo Jesus (Efésios 2:6-7).

Esse é um glorioso acúmulo verbal. Levará “eras” por vir para que Deus exauste a demonstração de suas “riquezas” àqueles que estão em Cristo. Pois essas riquezas são “incomparáveis”. Também são “riquezas de… graça”. E para que não pensemos muito vagamente, Paulo diz que essa graça é “na sua bondade”. Em contrapartida, para que não pensemos muito generalistamente sobre essa graciosa bondade, ele diz que é “para conosco”. Por fim, para que não pensemos que essas são as riquezas do Pai e não do Filho, ele conclui que essas riquezas de bondade vêm até nós do Pai “em Jesus Cristo”. Nele estão todos os tesouros. Isso significa que Cristo será visto como cada vez mais rico em glória por toda a eternidade, e nós estaremos cada vez mais amplamente satisfeitos com medidas crescentes de bondade.

Todos os dias por toda a eternidade — sem pausa nem fim — as riquezas da glória da graça de Deus em Cristo será cada vez maior e mais bonita na nossa percepção. Somos finitos. Elas são “incomparáveis” — infinitas. Portanto, não podemos recebê-las em todo. Entenda isso: sempre terá mais. Gloriosamente mais. Para sempre. Somente um ser infinito pode receber riquezas infinitas. Mas nós podemos, e vamos, passar a eternidade absorvendo mais e mais dessas riquezas. Há uma correlação necessária entre existência eterna e bênção infinita. É preciso de um para experimentar o outro. Vida eterna é essencial para a alegria da incomparável riqueza da graça.

“Experiência” é uma palavra absolutamente essencial aqui: é preciso de um para experimentar o outro. Paulo já havia dito em capítulo anterior que desde antes da criação, Deus planejava fazer o universo — incluindo a nova criação e as eras por vir — um teatro não apenas para exibição da “incomparável riqueza da sua graça” (Efésios 2:7), mas também o alegre "louvor da glória de sua graça" (Efésios 1:6, 12, 14, tradução própria). Essa é a experiência implicada em Efésios 2:7. O que isso significa para nós — para nossa experiência — quando Deus derramar sobre nós para sempre "as riquezas incomparáveis de sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus"? Significa alegria. Usando as palavras do apóstolo Pedro: “alegria que é inexprimível e glorificada" (1 Pedro 1:8, tradução própria).

Entre na Alegria de Seu Mestre

Não é meramente uma alegria natural que pode ser produzida sozinha, mesmo em nosso melhor. Durante o ministério dele na terra, Jesus disse sobre seus ensinamentos: “Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa” (João 15:11). Isso é surpreendente. Não é seu desejo que simplesmente tenhamos alegria, nem mesmo alegria em Jesus. É um desejo de tirar o fôlego — o desejo do Filho de Deus — que tenhamos a alegria do próprio Jesus. É um desejo que nos alegremos com a própria alegria do Filho de Deus.

E quando Jesus olhou para o futuro, para o grande ajuste de contas que aconteceria em sua segunda vinda, ele viu todos os servos ouvindo a voz de Cristo: “Venha e participe da alegria do seu senhor” (Mateus 25:21). De novo, ele não está meramente dizendo “de agora em diante suas lágrimas secarão e você será feliz.” Ele diz “participe da minha alegria, compartilhe a minha alegria.” Ele está nos assegurando de que não seremos abandonados às nossas próprias capacidades de alegria.

Esse é um glorioso acúmulo verbal. Levará “eras” por vir para que Deus exauste a demonstração de suas “riquezas” àqueles que estão em Cristo. Pois essas riquezas são “incomparáveis”. Também são “riquezas de… graça”. E para que não pensemos muito vagamente, Paulo diz que essa graça é “na sua bondade”. Em contrapartida, para que não pensemos muito generalistamente sobre essa graciosa bondade, ele diz que é “para conosco”. Por fim, para que não pensemos que essas são as riquezas do Pai e não do Filho, ele conclui que essas riquezas de bondade vêm até nós do Pai “em Jesus Cristo”. Nele estão todos os tesouros. Isso significa que Cristo será visto como cada vez mais rico em glória por toda a eternidade, e nós estaremos cada vez mais amplamente satisfeitos com medidas crescentes de bondade.

Todos os dias por toda a eternidade — sem pausa nem fim — as riquezas da glória da graça de Deus em Cristo será cada vez maior e mais bonita na nossa percepção. Somos finitos. Elas são “incomparáveis” — infinitas. Portanto, não podemos recebê-las em todo. Entenda isso: sempre terá mais. Gloriosamente mais. Para sempre. Somente um ser infinito pode receber riquezas infinitas. Mas nós podemos, e vamos, passar a eternidade absorvendo mais e mais dessas riquezas. Há uma correlação necessária entre existência eterna e bênção infinita. É preciso de um para experimentar o outro. Vida eterna é essencial para a alegria da incomparável riqueza da graça.

“Experiência” é uma palavra absolutamente essencial aqui: é preciso de um para experimentar o outro. Paulo já havia dito em capítulo anterior que desde antes da criação, Deus planejava fazer o universo — incluindo a nova criação e as eras por vir — um teatro não apenas para exibição da “incomparável riqueza da sua graça” (Efésios 2:7), mas também o alegre "louvor da glória de sua graça" (Efésios 1:6, 12, 14, tradução própria). Essa é a experiência implicada em Efésios 2:7. O que isso significa para nós — para nossa experiência — quando Deus derramar sobre nós para sempre "as riquezas incomparáveis de sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus"? Significa alegria. Usando as palavras do apóstolo Pedro: “alegria que é inexprimível e glorificada" (1 Pedro 1:8, tradução própria).

Entre na Alegria de Seu Mestre

Não é meramente uma alegria natural que pode ser produzida sozinha, mesmo em nosso melhor. Durante o ministério dele na terra, Jesus disse sobre seus ensinamentos: “Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa” (João 15:11). Isso é surpreendente. Não é seu desejo que simplesmente tenhamos alegria, nem mesmo alegria em Jesus. É um desejo de tirar o fôlego — o desejo do Filho de Deus — que tenhamos a alegria do próprio Jesus. É um desejo que nos alegremos com a própria alegria do Filho de Deus.

E quando Jesus olhou para o futuro, para o grande ajuste de contas que aconteceria em sua segunda vinda, ele viu todos os servos ouvindo a voz de Cristo: “Venha e participe da alegria do seu senhor” (Mateus 25:21). De novo, ele não está meramente dizendo “de agora em diante suas lágrimas secarão e você será feliz.” Ele diz “participe da minha alegria, compartilhe a minha alegria.” Ele está nos assegurando de que não seremos abandonados às nossas próprias capacidades de alegria.

Eu enfatizo isso parte porque sei que quando prego ou escrevo sobre a imensurável grandeza da alegria que teremos em Cristo para sempre, as pessoas muitas vezes se desesperam com a possibilidade de sentir o tipo de coisa que estou tentando descrever. Elas olham para sua própria personalidade, com todas as suas limitações emocionais, e dizem: “Até no meu melhor eu, sentir o que você descreve é inimaginável para mim.” Muitas vezes eu mesmo me senti assim.

Mas Jesus ora para que sintamos não apenas com nossos próprios sentimentos aperfeiçoados, mas com os próprios sentimentos de Deus (João 17:26). Ele nos convida a não simplesmente ter grande alegria, mas a ter a alegria dele. (João 15:11). Ele nos recebe não apenas em um céu feliz, mas na própria experiência de sua felicidade. Seremos tão transformados na segunda vinda que desfrutaremos das glórias de Cristo, tanto quanto uma criatura finita pode, com a própria alegria de Deus.

Esse será o trabalho eterno do Espírito Santo — receber a alegria do Pai no Filho e a alegria do Filho no Pai, e fazê-las nossa alegria ao revelar-nos a glória do Pai e do Filho em medidas cada vez maiores. Essa será uma experiência totalmente satisfatória, glorificadora de Deus, exaltadora de Cristo e dependente do Espírito "das incomparáveis riquezas de sua graça em bondade para conosco em Cristo Jesus".

O Deleite Eterno de Deus

Essa experiência de alegria cada vez maior em tudo o que Deus é para nós em Cristo será a essência da glorificação eterna de Deus nas eras que estão por vir. Sem dúvida, os céus se regozijarão. O sol, a lua e as estrelas brilhantes louvarão o Senhor. A Terra se regozijará. Os mares rugirão em louvor. Os rios baterão palmas. As colinas cantarão de alegria. O campo e tudo o que nele há exultarão. As árvores da floresta cantarão seus louvores. O deserto florescerá como o açafrão (Salmos 96:11-13; 98:7-9; 148:3; Isaías 35:1). O mundo criado — libertado e aperfeiçoado (Romanos 8:21) — nunca cessarão a declarar a glória de Deus (Salmos 19:1; Romanos 1:20).

No entanto, toda essa beleza da natureza que revela e exalta a Deus não cumprirá seu propósito mais elevado até que encontre uma reverberação nos corações de louvor — a experiência — dos filhos de Deus comprados pelo sangue (Romanos 8:21). A glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada. (Apocalipse 21:23) — o sofrimento lembrado, o espetáculo eterno.

O teatro aperfeiçoado da criação será glorioso, radiante com Deus. Mas o drama — a experiência humana de Deus em Cristo — não o teatro, será o mais importante para magnificar o Deus da providência onipresente. E a beleza e o valor incomparáveis do Cordeiro que foi morto serão a principal canção da eternidade. E a alegria dos filhos de Deus será o principal eco das infinitas excelências de Deus — e o foco de seu deleite eterno.