6 Marcas de um Pastor Temente a Deus

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English: 6 Traits of a Pastor in Awe of God

© The Gospel Coalition

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Por Paul Tripp Sobre Ministério Pastoral

Tradução por Adriana Misiara Rodrigues

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Quais características o temor de Deus produz no coração de um pastor que são vitais para um ministério eficaz, frutífero e que honra a Deus? Aqui está uma lista de seis.

1. Humildade

Não há nada como sentir-se indefeso diante da maravilhosa glória de Deus para colocá-lo em seu lugar, corrigir uma visão distorcida de si mesmo, arrancá-lo da arrogância funcional e cortar as asas da justiça própria. Em face da glória do Senhor fico despido de qualquer grandeza que ainda exista em mim e da qual possa me orgulhar. Desde que eu me compare com outras pessoas, sempre poderei encontrar alguém cuja existência faz a minha parecer mais justa; mas se comparo meus trapos imundos com o linho puro, eterno e imaculado da justiça de Deus, vou querer correr e me esconder de vergonha e desgosto.

É o que aconteceu com Isaías, registrado no capítulo seis. Ele está diante do trono da maravilhosa glória de Deus e diz: "Ai de mim! Estou perdido! Pois sou homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! "(Isaías 6:5, NVI) Isaías não está usando uma hipérbole religiosa por formalidade aqui. Ele não está tentando ganhar o favor de Deus por ser oh tão humilde. Não, ele sabe que só à luz da maravilhosa glória e santidade de Deus é possível ter uma visão acurada de si mesmo e da profunda necessidade de resgate que somente um Deus de graça gloriosa pode proporcionar.

Em algum lugar ao longo do caminho do ministério muitos pastores se esquecem de quem são. Adquirem uma visão inflada, distorcida e grandiosa de si mesmos, a qual os torna inacessíveis e lhes permite justificar pensamentos, desejos, afirmações e ações que simplesmente não têm justificativa bíblica. Já estive lá e às vezes tenho recaídas. Nessas horas preciso de ser salvo de mim mesmo. Quando você se maravilha de si mesmo, está pronto para ser um autocrata eclesiástico hipócrita, controlador, auto-confiante, crítico e de inabalável arrogância. Você inadvertidamente constrói um reino cujo trono será seu, não importando o quanto você se convença de que tudo é para a glória de Deus.

2. Ternura

A humildade que só temor de Deus pode produzir em meu coração gera ternura pastoral em relação às pessoas que precisam da mesma graça. Ninguém compartilha graça melhor do que alguém profundamente convencido de que precisa dela e de que a recebe de Cristo. Essa ternura me torna complacente, gentil, compreensivo, paciente e esperançoso em face do pecado alheio, sem nunca comprometer o chamado santo de Deus. Me protege de comentários mortais do tipo, "Eu não acredito que você faria uma coisa dessas", os quais me dizem que sou essencialmente diferente das outras pessoas. É difícil levar o evangelho às pessoas quando você se considera superior a elas. Ao encarar o pecado do meu semelhante, a ternura inspirada no temor de Deus me livra de ser um agente de condenação ou de pedir à lei que faça o que só a graça pode realizar e me motiva a ser uma ferramenta dessa graça.

3. Paixão

Não importa o que está ou não está funcionando no meu ministério, não importa quais dificuldades estou enfrentando, não importa quais batalhas estou lutando, a glória abrangente de Deus me dá razão para levantar de manhã e fazer o que eu tenho sido capacitado e chamado para fazer com motivação, coragem e confiança. Minha alegria não está atrelada às circunstâncias ou aos relacionamentos. Meu coração não é levado por onde quer que esses possam ir. Tenho motivo para me alegrar por que sou um filho escolhido e um servo recrutado do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o grande Criador, o Salvador, o Soberano, o Vencedor, aquele que reina e reinará para sempre. Ele é meu Pai, meu Salvador e meu Mestre. Ele é sempre presente e sempre fiel. Minha paixão pelo ministério não depende de como sou recebido, mas flui da realidade de ter sido recebido por ele. Não estou entusiasmado porque as pessoas gostam de mim, mas porque ele me aceitou e me enviou. Não estou motivado pela gloriosidade do ministério, mas porque Deus é eternamente e imutavelmente glorioso. Então eu prego, ensino, aconselho, lidero e sirvo com uma paixão pelo evangelismo que inspira e inflama o mesmo nas pessoas ao meu redor.

4. Confiança

Confiança, aquela sensação interna de bem-estar e capacidade vem de conhecer Aquele a quem sirvo. Minha confiança e habilidades vêm dele. Ele não me chamará para nenhuma tarefa a menos que tenha me capacitado para executá-la. Ele tem mais zelo com a saúde da sua igreja do que eu jamais poderei ter. Ninguém tem mais interesse no uso dos meus dons do que Aquele que os deu. Ninguém tem mais zelo por sua própria glória do que ele. Ele está sempre presente e sempre disposto. Ele é todo-poderoso e onisciente. Ele é ilimitado em amor e glorioso em graça. Ele não muda, é fiel para sempre. Sua palavra não deixará de ser verdade. Seu poder para salvar nunca se esgotará. Seu governo não acabará. Ele nunca será conquistado por alguém superior a ele. Posso cumprir o meu chamado com confiança, não por causa de quem sou, mas porque ele é meu Pai, e é grandioso em todos os sentidos.

5. Disciplina

O ministério nem sempre é glorioso. Às vezes suas expectativas ingênuas têm provado ser apenas isto - ingênuas. Às vezes, será necessário mais do que sucesso no ministério e apreço das pessoas para arrancá-lo da cama com o intuito de cumprir seu chamado. Às vezes você não verá muito fruto como resultado do seu trabalho e não terá muita esperança de ver uma colheita tão cedo. Às vezes vai achar que foi traído e se sentirá sozinho. Portanto, sua disciplina deve estar enraizada em algo mais profundo do que uma avaliação horizontal de como as coisas parecem se desenvolver. Em minha própria vida, estou cada vez mais convencido de que uma auto-disciplina perseverante, do tipo que é essencial ao ministério pastoral, tem suas raízes na adoração. A incrível glória da existência, caráter, plano, presença, promessas e da graça de Deus me dá razão para trabalhar duro e não desistir, não importando se a estação é “boa” ou escassa.

6. Descanso

Finalmente, o que faz meu coração descansar à medida que encaro as minhas fraquezas e a falta de ordem da igreja local? É a glória que lhe dá descanso. É o conhecimento de que nada é difícil demais para o Deus a quem você serve. É a garantia de que com ele todas as coisas são possíveis. É saber, como Abraão, que quem fez todas essas promessas é fiel. Parece haver muitas razões horizontais para se estar ansioso, mas eu não vou deixar meu coração ser cativo da preocupação ou do medo porque o Deus de inestimável glória que me enviou, prometeu: "Eu estarei com você." Eu não tenho que jogar comigo mesmo. Eu não tenho que negar ou minimizar a realidade a fim de sentir-me bem pois ele invadiu a minha existência com a sua grandeza, e eu posso descansar até mesmo no tempo de quebrantamento entre o “já” e o “ainda não”.

Recuperando sua reverência

Resumindo, eu não tenho um conjunto de estratégias para lhe oferecer. Mas aconselho-o a correr agora, bem rápido, para o seu Pai da maravilhosa glória. Confesse o seu tédio, ele é uma ofensa. Clame para que seus olhos sejam abertos em 360 graus​​, 24 horas por dia, para ver a demonstração da glória à qual você tem estado cego.Decida passar uma porção de cada dia meditando nela. Grite por ajuda de outros. E lembre-se de ser grato a Jesus, que lhe oferece sua graça mesmo naqueles momentos em que ela não é para você, nem de perto, tão gloriosamente valiosa quanto deveria ser.