Sua igreja precisa do seu canto
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição actual tal como 13h29min de 3 de outubro de 2019
Por Nick Aufenkamp Sobre Adoração
Tradução por Doris Korber
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Os irmãos e irmãs da sua igreja local precisam de você. Carecem da sua presença. Necessitam do seu engajamento. E, talvez mais do que muitos imaginem, precisam que você cante.
O canto congregacional pode ser polarizador. Para alguns, trata-se da parte favorita dos cultos. Outros preferem chegar quando a banda está encerrando sua participação e o sermão está prestes a começar. Se você faz parte desse segundo grupo, talvez o problema esteja em se sentir inseguro demais em relação à sua voz, ou em não se identificar com o estilo de música moderninho que seu ministro de música tende a escolher.
Qualquer que seja o seu motivo, quero que você saiba que sua igreja sofre com o seu silêncio.
Alcançando o coração
A Bíblia está cheia de cânticos e hinos. Eu não me surpreenderia nem um pouco se descobrisse que as palavras do Senhor ao criar o mundo se parecessem mais com um cântico do que com uma palestra. As primeiras palavras de Adão a Eva são uma linda poesia (Gênesis 2.23). O maior livro da Bíblia é uma coletânea de hinos. E, em no mínimo uma ocasião, se não mais, o apóstolo Paulo cita ou elabora o que parece ter sido um hino cantado pelos primeiros cristãos (Colossenses 1.15-20). O próprio Jesus cantou (Mateus 26.30; Marcos 14.26).
E há boas razões para isso: cantar estabelece uma conexão singular entre nossas mentes e nossos corações, nosso intelecto e nossas afeições. É basicamente isso que Paulo diz em Colossenses 3.16, ao associar o desejo de que “habite ricamente em vocês a palavra de Cristo” com “[cantar] salmos, hinos e cânticos espirituais”. Bons cânticos levam as verdades que pairam em nossas mentes a lançar raízes profundas, para que nosso coração passe a meditar nelas.
Percebemos o poder do canto quando entoamos hinos como o famoso “Sou feliz com Jesus”, de Horatio Spafford. Quando chegamos à terceira estrofe, é impossível ignorar a solenidade do verso: “Meu triste pecado por meu Salvador foi pago de um modo total...” No entanto, de repente os tons menores da primeira parte cedem aos brilhantes acordes maiores da segunda metade, e então declaramos com fé: “... Valeu-me o Senhor, ó que amor sem igual! Sou feliz, graças dou a Jesus!” E, na medida em que cantamos, sentimos que essa mudança na música abre nossos corações, levando-os a alcançar altitudes proporcionais à glória dessa verdade.
É claro, poderíamos declamar o texto, e a verdade neles certamente nos inspiraria a adorar. Mas os elementos rítmicos e melódicos capturam nossos sentimentos de uma forma transformadora incomum à fala.
Ensinando e exortando
No entanto, o canto congregacional não trata apenas de envolver nossas emoções. Isso faz parte, mas há muito mais. Em Colossenses 3.16, Paulo também instrui os cristãos na igreja para que “ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria”, indicando que o canto congregacional é uma das formas de fazer isso. Em Efésios 5.19, Paulo explicita a insinuação de Colossenses 3.16, ordenando que os crentes “[falem] entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais”.
Cantar é vital para a edificação da igreja. E não basta ter apenas alguns poucos cantando – Paulo diz que você deve cantar para o bem de seus irmãos e irmãs. Mas como sua voz pode beneficiar sua igreja – especialmente se, ao cantar, ela inspira uivos caninos?
A força da sua participação no canto congregacional não está na qualidade musical, mas no testemunho da sua voz a respeito da fidelidade de Deus. Sua participação indica aos que estão à sua volta que você ama Jesus e confia em seu evangelho. Ao cantar “Pois, em teu sangue lavados, nós temos perdão do Senhor!” com alegria, você está exortando as pessoas em torno a agarrar-se a essa preciosa verdade. Ao cantar sobre o pecado e a salvação, você está ensinando a verdade do Evangelho a sua igreja, cônjuge, filhos, amigos e vizinhos.
Declarando sua fidelidade
Mas, e quando não temos vontade de cantar? Quando a alma está abatida, e a fé, vacilante? É nesses momentos que a igreja mais precisa ouvir a sua voz.
Diante do pano de fundo da nossa fraqueza, o Evangelho brilha com força total. Devemos cantar quando tudo vai bem e a vida caminha sem dificuldades – mas ninguém se surpreenderá muito se o fizermos. Quando tudo está bem, é estranho não cantar.
No entanto, quando a vida está desmoronando e as provações ameaçam sua segurança, então é que seu canto se transforma em um poderoso testemunho sobre a fidelidade de Deus.
É provável que na sua igreja os líderes do canto congregacional estejam lá na frente, no palco. Mas nem sempre os líderes mais proeminentes serão os de maior influência. Na verdade, ao longo dos anos em que já atuei como líder de louvor, descobri que os maiores inspiradores do canto congregacional estão quase sempre nos bancos:
- A futura mamãe que sofreu um aborto devastador no dia anterior, mas, entre lágrimas, canta: “Só em Jesus ponho minha fé; é minha luz, força e canção”.
- O jovem professional que, por causa de suas convicções cristãs a respeito da sexualidade, foi demitido do emprego de seus sonhos na sexta-feira, mas chega no domingo e canta a plenos pulmões: “Que firme alicerce, ó santos do Senhor, tereis pela fé em Jesus, o Salvador.”
- A mulher divorciada que, lutando contra a solidão e a depressão, declara: “Cristo! Cristo! Eu confio em teu nome e em teu poder”.
- O casal de idosos que há pouco tempo teve de sepultar a filha caçula e duas netas, mas continua sentado no segundo banco todos os domingos pela manhã – como já fazem há quarenta anos – e clamam: “Lembra que nas horas de tristeza e aflição Cristo te estende a sua forte mão”.
São essas as pessoas que, com a sua voz, inspiram minha fé tanto quanto qualquer bom sermão. O que eles fazem com sua declaração a respeito da fidelidade de Deus ao participarem no canto congregacional desperta em mim um amor pelas verdades cantadas que eu nunca sentiria se estivesse cantando sozinho. O canto dos santos que sofrem vivifica a minha alma.
Portanto, quando a música começar nesse fim de semana, não subestime o que acontece quando você canta. Você estará dedicando seu coração, ensinando quem está próximo de você (e recebendo o ensino da parte deles) e declarando a fidelidade de Deus. É possível que o simples ato de elevar a voz ao cantar seja a forma mais significativa pela qual você servirá na igreja nesse domingo.