Como se Redimir de uma Vida Desperdiçada

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English: How to Redeem a Wasted Life

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Por Greg Morse Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Michael Suzigan

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Uma flor que nunca desabrochou; um fruto que nunca amadureceu; um útero que nunca deu à luz; um ovo que nunca chocou: uma vida desperdiçada.

Talvez reste pouco tempo para dizer e fazer as coisas que você deixou para trás. Talvez você se sinta constrangido ao olhar para trás e se pergunte: “O que foi que eu fiz?” ou “Onde isso foi parar?” Você está colhendo o que plantou; muitas pétalas já caíram. Você se apega às hastes espinhosas de memórias que você gostaria que fossem bem diferentes na sua mente. Você pode agora, como nunca antes, se arrepender de ter investido sua vida em um mundo que agora ameaça despejá-lo muito em breve.

Talvez filhos, se você os tiver, agora o desprezam. Talvez seja tarde demais para dizer à sua mãe que sente muito. Talvez a vida melhor que você esperava em breve nunca tenha chegado. Anos desperdiçados por alguma combinação de más circunstâncias, más companhias e más escolhas, a areia da sua ampulheta acabou — e de que adiantou?

Ninguém quer desperdiçar a própria vida — mas e se você suspeitar que desperdiçou a sua? O ladrão que morreu ao lado de Jesus na cruz, e viveu a vida mais devastada e lamentável há dois mil anos, destaca-se como uma flor cultivada entre rachaduras na calçada, mostrando como, mesmo na última página da vida, mesmo em suas linhas finais, uma vida desperdiçada pode ser redimida.

Tabela de conteúdo

A Página Final do Ladrão

Deve ter sido uma sensação estranha acordar naquela manhã sabendo que aquele dia seria seu último.

Ao contrário da maioria, que não sabe exatamente quando os dedos frios da morte a alcançarão, ele sabia que em poucas horas estaria morto. Seu corpo seria desapropriado, sua estrutura deixada vazia. Suas mãos nunca mais apertariam os remos de um barco de pesca, seus olhos não veriam o sol cair atrás da cortina do horizonte, sua voz não seria mais ouvida na terra dos vivos.

Logo, ele teria desaparecido. Os pássaros não mais o acordariam com suas canções, nem a brisa o encontraria pelas manhãs. Ele não mais discutiria de brincadeira com sua mãe sobre as Escrituras dela — o amanhã não existia para ele. Os raios que entravam em sua prisão não tinham calor.

Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido. As letras da infância cantavam involuntariamente em sua mente.

Não era um vento suave que logo passaria sobre ele, mas um tornado romano. Os brutos o sentenciaram a um fim horrível, que fez o estômago de sua mãe revirar: crucificação. Ele estremeceu ao se lembrar da visão de homens adultos, nus, se contorcendo como isca em um anzol fora da cidade para que todos vissem. Ensanguentado, gritando, chorando, gemendo — ele seria um deles.

Um de Três

Aos chicotes, correntes e zombaria que o escoltaram até aquela colina terrível, sua própria consciência se juntou como um torturador invisível, mas não inexperiente. Ele sempre pensou que corrigiria seus modos um dia. Mas um dia nunca veio. Agora, enquanto ele subia a colina como um esporte para homens cruéis, uma voz mansa e delicada o lembrou de que ele agora estava em uma terra desprovida de segundas chances.

Neste dia, não houve mais repetições. Não houve tempo para consertar as coisas. Os galhos não voltariam às árvores. A sentença não pôde ser revertida. O vaso quebrado não seria restaurado. Este mundo estava sendo arrancado de suas mãos. Restavam apenas horas, certamente o pior de sua já miserável existência. Ele imploraria pela morte no final.

Quando unhas manchadas de sangue invadiram seus pulsos, ondas de choque de dor que ele nunca havia sentido o dominaram. Sua mente espasmou com a enxurrada de dor apenas para despertar quando os outros dois pregos o empalaram. Ele mal conseguia se lembrar de ter sido levantado do chão, a não ser pelo baque que sacudia a terra e convulsionava o corpo quando a cruz caiu no lugar. Duas outras foram erguidas nas proximidades. Antes de submergir novamente abaixo dos fluxos de consciência, ele ficou se perguntando por que tantos estavam ao redor deles.

Enxergá-lo por Meio de uma Vida Desperdiçada

Muitos olhos o encararam. Ele odiava todos eles. Por que sua morte miserável teve que ser assistida por toda a multidão? Felizmente, ele não era o principal alvo de zombaria deles. Ele fez o papel de coadjuvante neste canto fúnebre selvagem. Quem era esse homem que odiavam tanto?

Claro, tinha que ser no mesmo dia. O homem que andava agitando os fariseus, fingindo ser o Messias, estava pendurado ao lado dele. Que belo paradeiro para um Messias. Escapando do descontentamento da multidão, ele se juntou a ridicularizá-lo.

Talvez tenha sido o que ele ouviu de seus inimigos: “Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o eleito de Deus.” (Lucas 23:35). Espere, até mesmo seus inimigos admitem que ele de fato salvou outros? Será que ele poderia realmente ser o Cristo de Deus, seu Escolhido? Se ele salvou os outros, será que poderia me salvar?

Talvez tenha sido o que ele viu. Desde a multidão de mulheres chorando atrás dele até o Gólgota; até uma multidão se reunindo para ver se ele realmente se salvaria; até seus inimigos ao seu redor para lançarem ataques contra ele: Quem é esse homem? Um sinal acima de sua cabeça, inscrito em três línguas, dizia: "Este é o Rei dos Judeus" (Lucas 23:38). Será que ele era mesmo?

Talvez fosse o evento sobrenatural em torno de sua morte. Três horas de escuridão ao meio-dia (Mateus 27:45)? O que pode explicar esse escurecimento do sol? Quem é este que até mesmo a luz maior deixa seu trono e se vira para fugir em sua morte?

Talvez tenha sido o que ele ouviu do próprio Jesus. Enquanto os homens zombavam e o atormentavam, rindo e insultando-o, ele encarou seu escárnio com a oração: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23:34). Ele estava amaldiçoando a multidão, mas aquele homem — com pregos na carne — orou por seu perdão. Quem é esse homem que chama Deus de “Pai” — mesmo do alto deste terror? Será que eu poderia ser uma resposta à oração deste rei? Posso ser perdoado dos meus muitos pecados e da minha vida desperdiçada?

Com Suspiros Finais

Ele sabia que tudo havia mudado dentro de si quando se ouviu gastando o resto de sua força fugaz para tornar o mundo seu inimigo em nome desse homem.

O terceiro criminoso protestou: “Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.” (Lucas 23:39). Antes que ele pudesse pensar, sua alma contestou: “Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez” (Lucas 23:40–41).

Ele era culpado, mas não esse homem. Ele foi legitimamente condenado, mas não esse homem. Ele era digno da morte, mas não esse homem.

Aquele que jogou palavras ao vento ao longo de toda a sua vida gastou seus últimos suspiros para dizer: “Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lucas 23:42). E do Rei moribundo para seu servo indigno vieram palavras para transformar sua existência perdida: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43). Na pontuação desta existência tão miserável, ele finalmente encontrou a razão de sua vida: Jesus Cristo.

Na Sombra da Cruz

Você desperdiçou sua vida? Você está prestes a desperdiçá-la? Siga este homem outrora miserável até o Salvador. Mesmo que você tenha sido um péssimo administrador de suas faculdades, seja por causa do pecado ou por negligência, corra para aquele que, mesmo agora, te acolherá. Ele ora pelo perdão de seus inimigos. No momento em que você crer em Jesus, os anjos gritarão e se alegrarão, sim, até mesmo você e sua vida nova nele (Lucas 15:7).

Se você desperdiçou sua vida, saiba que existe outra. Existem mais páginas. Embora nada além de arrependimento o acompanhe para a glória, você terá vivido melhor do que os reis e celebridades incrédulos deste mundo se você se arrepender do seu pecado e crer no Senhor Jesus Cristo. Ele é a própria Vida, e só podem morrer bem aqueles que, como este ladrão penitente, perecem em paz à sombra de sua cruz.