Os irmãos incrédulos de Jesus

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por Jon Bloom
Índice de Autores
Mais Sobre Santificação e Crescimento
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Jesus' Unbelieving Brothers

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Ulysses de Almeida Lacerda

Review Você pode nos ajudar a melhorar por rever essa tradução para a precisão. Saber mais (English).



Você, como eu, tem familiares que não acreditam em Jesus? Se sim, estamos em boa companhia. Jesus também. E acho que isso é para nos dar esperança.

De acordo com o apóstolo João, “nem mesmo seus irmãos creram nele” (João 7:5). É incrível. Aqueles que viveram com Jesus por 30 anos realmente não o conheciam. Nenhum dos irmãos de Jesus é mencionado como discípulo durante seu ministério pré-crucificação. Mas depois de sua ressurreição e ascensão, lá estão eles no cenáculo adorando-o como Deus (Atos 1:14).

Por que eles não acreditaram? E o que os fez mudar?

A Bíblia não responde à primeira pergunta. Mas aposto que foi difícil ter Jesus como irmão.

Primeiro, Jesus teria sido sem igual em intelecto e sabedoria. Ele era um incrível rabino do templo aos 12 anos (Lucas 2:42, 47). Um irmão pecador, caído e talentoso pode ser um ato difícil de seguir. Imagine um irmão perfeito e talentoso.

Em segundo lugar, o caráter moral consistente e extraordinário de Jesus deve tê-lo feito estranho e enervante para estar por perto. Seus irmãos teriam se tornado cada vez mais autoconscientes ao seu redor, cientes de seus próprios motivos e comportamentos pecaminosos e obcecados por si mesmos, enquanto observavam que Jesus não parecia exibir nenhum. Para os pecadores, pode ser difícil conviver com isso.

Terceiro, Jesus foi profunda e exclusivamente amado por Maria e José. Como poderiam não tê-lo tratado de forma diferente? Eles sabiam que ele era o Senhor. Imagine sua extraordinária confiança e deferência a Jesus à medida que ele envelhecia. Sem dúvida, os irmãos teriam percebido uma dimensão na relação entre o filho mais velho e seus pais que era diferente do que eles experimentaram.

E ao trocar histórias de família, teria sido difícil igualar uma estrela aparecendo no nascimento do seu irmão.

Jesus superou seus irmãos em todas as categorias. Como alguém com uma natureza pecaminosa ativa poderia não se ressentir de ser eclipsado por um irmão tão fenomenal? A familiaridade gera desprezo quando o orgulho governa o coração.

Mais dor do que sabemos deve estar por trás das palavras de Jesus: “O profeta não está sem honra, senão em sua cidade natal e em sua própria casa” (Mateus 13:57).

Portanto, ao avaliarmos o papel que nosso testemunho fraco e vacilante desempenha na incredulidade de nossos familiares, lembremo-nos de Jesus - nem mesmo uma testemunha perfeita garante que os entes queridos verão e abraçarão o evangelho. Devemos nos humilhar e nos arrepender quando pecamos. Mas vamos lembrar que o deus deste mundo e o pecado interior é o que cega as mentes dos incrédulos (2 Coríntios 4:4).

A história dos irmãos de Jesus pode realmente nos dar esperança para nossos entes queridos. Na época, seus irmãos alegaram que Jesus estava "fora de si" (Marcos 3:21), deve ter parecido muito improvável que eles se tornassem seus discípulos. Mas, eventualmente, eles fizeram! E não apenas seguidores, mas líderes e mártires na igreja primitiva.

O Deus que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, brilhou em seus corações para dar a luz do conhecimento da glória de Deus na face de seu irmão, Jesus (2 Coríntios 4:6).

Portanto, anime-se. Não desista de orar pelos familiares incrédulos. Não tome a resistência deles como a palavra final. Eles ainda podem acreditar e ser usados significativamente no reino!

E enquanto resistem, ou se morreram aparentemente incrédulos, podemos confiá-los ao Juiz de toda a terra, que será perfeitamente justo (Gênesis 18:25). Jesus não promete que todos os pais, irmãos ou filhos de um cristão crerão, mas promete dolorosamente que algumas famílias se dividirão por causa dele (Mateus 10:34-39). Podemos confiar nele quando isso acontecer.

É comovente ouvir Tiago se referir a seu irmão como “nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor da glória” (Tiago 2:1). Você pode imaginar o que essa frase significava para Tiago? O Senhor da glória uma vez dormiu ao lado dele, comeu em sua mesa de jantar, brincou com seus amigos, falou com ele como um irmão, suportou sua incredulidade, pagou a dívida de seu pecado e depois o levou à fé.

Pode ter levado de 20 a 30 anos de testemunho fiel e orante do Filho de Deus, mas o milagre ocorreu: seus irmãos creram. Que o Senhor da glória conceda a mesma graça aos nossos amados incrédulos.