O Precioso Presente de Conversar Conversa de Bebê

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por John Piper
Índice de Autores
Mais Sobre A Bíblia
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: The Precious Gift of Baby Talk

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por John Piper Sobre A Bíblia
Uma Parte da série Taste & See

Tradução por Desiring God


A linguagem humana é preciosa. Ela nos separa dos animais. Ela torna possível compartilhar nossas mais sofisticadas descobertas científicas e nossas emoções mais profundas. Acima de tudo, Deus escolheu se revelar a nós através da linguagem na Bíblia. "Nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho" (Hebreus 1:1-2). Mas aquele Filho falou a linguagem humana e enviou seu Espírito para liderar seus apóstolos em toda verdade para que eles pudessem contar a história do Filho na linguagem humana. Sem essa história na linguagem humana, nós não conheceríamos o Filho. Por isso, a linguagem humana é incomensuravelmente preciosa.

Mas é também imperfeita para capturar a totalidade de Deus. Em 1 Coríntios 13, existem quatro comparações entre o tempo presente e a era que há de vir depois do retorno de Cristo.

"O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos, quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá. Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido. Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor." (1 Coríntios 13:8-13)

Observe nas comparações com a era presente (agora) e a era porvir (futuro):

Agora: Nós conhecemos em parte.
Futuro: Quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá (vers. 9-10). Agora: Eu falava e pensava e raciocinava como menino.
Futuro: Quando eu cheguei a ser homem, eu deixei para trás as coisas de menino (v. 11). Agora: Nós vemos apena um reflexo obscuro.
Futuro: Nós veremos face a face (v. 12) Agora: Eu conheço em parte.
Futuro: Eu conhecerei como também sou plenamente conhecido (v. 12).

Nesse contexto, nós podemos ver o que Paulo quer dizer com: "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino." Ele está dizendo que nessa era nossa linguagem humana e pensamentos e raciocínio são como conversas de bebês se comparadas com como iremos falar, pensar e raciocinar na era porvir.

Quando Paulo foi arrebatado ao céu e recebeu vislumbres das realidades do céu, ele disse que ele "ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar" (2 Coríntios 12:4). Nossa linguagem é insuficiente para carregar a grandeza de tudo que Deus é.

Mas que erro seria inferir a partir disso que podemos desprezar linguagem ou tratá-la com desprezo ou descuido. Que disparate, se começarmos a menosprezar as afirmações verdadeiras sobre Deus como baratas ou inúteis ou falsas. Que loucura seria se nós desprezássemos proposições e orações e frases e palavras, como se elas não fossem indescritivelmente preciosas e essenciais à vida.

A razão principal que isso seria loucura é que Deus escolheu enviar seu Filho ao nosso berçário para falar conversa de bebê conosco. Jesus Cristo se tornou uma criança conosco. Houve um tempo onde Jesus Cristo mesmo diria, "Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino." Isso é o que encarnação significa. Ele se acomodou à nossa conversa de bebê. Ele gaguejou conosco no berçário da vida humana nessa era".

Jesus falou conversa de bebê. O Sermão do Monte é a nossa conversa de bebê. Sua oração sacerdotal em João 17 é conversa de bebê. "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?" é conversa de bebê. Infinitamente preciosa, verdadeira, gloriosa conversa de bebê.

Mais do que isso, Deus inspirou uma Bíblia inteira de conversa de bebê. Conversa de bebê verdadeira. Conversa de bebê com absoluta autoridade e poder. Conversa de bebê que é mais doce do que o mel e mais desejável do que o ouro. João Calvino disse que "Deus, em forma de falar, balbucia conosco como babás estão acostumadas a fazer com crianças pequenas" (Institutas;, 1.13.1). Oh quão preciosa é a conversa de bebê de Deus. Não é como a erva que murcha ou flores que se desvanecem. Ela permanece para sempre (Isaías 40:8).

Haverá uma outra linguagem e pensamento e raciocínio na era porvir. E veremos coisas que não poderiam ter sido expressas em nossa atual conversa de bebê. Mas quando Deus enviou o seu Filho ao nosso berçário humano, falando através de conversa de bebê, e morrendo pelos bebês, ele calou a boca daqueles que ridicularizam as possibilidades da verdade e beleza na boca dos bebês.

E quando Deus inspirou um livro com conversa de bebê como a interpretação infalível de si mesmo, o que dizer das crianças que não levam a sério o dom da linguagem humana como meio de conhecer a Deus? Ai daqueles que desprezam ou subestimam ou exploram ou manipulam este presente para os filhos dos homens. Ele não é um brinquedo no berçário. É o sopro da vida. "As palavras que eu vos disse são espírito e vida" (João 6:63).