Narcisismo teológico

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English: Theological Narcissism

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Por Burk Parsons Sobre Santificação e Crescimento
Uma Parte da série Tabletalk

Tradução por Vitor Visconti

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De acordo com a mitologia grega, Narciso era um caçador da Téspia renomado por sua beleza. Atraído até uma poça d´água por seu inimigo, Nemesis, observou o seu próprio reflexo e ficou absolutamente encantado, sem perceber que aquela era sua própria imagem. Extasiado consigo mesmo, Narciso se obcecou com a beleza da sua própria reflexão e acabou morrendo. Todos nós somos como Narciso. Nos extasiamos com nós mesmos - obcecados por nossa própria imagem. No entanto, não ficamos satisfeitos apenas em nos bajular, queremos que todos à nossa volta fiquem tão apaixonados por nós quanto estamos por nós mesmos, e mais: queremos que Deus seja caridoso conosco a ponto de fazer com que todos os Seus pensamentos nos rodeiem, como se fossemos o centro e o último de Seus planos.

A nossa individualidade é o coração do orgulho, e a fundação para a nossa rebelião contra Deus. Nós não queremos apenas saber o que Deus sabe, queremos informar a Deus o que Ele sabe. Assim como os nossos arqui-inimigos engaram nossos primeiros pais, nós também nos tornamos presas de seus planos quando ignoramos a lei de Deus, negociamos os nossos desejos egoístas com Deus, comprometemos Sua verdade, racionalizamos nosso pecado, e então tentamos nos esconder Dele ao fechar nossos olhos, achando que Ele não nos vê.

Por nossa arrogância natural, somos facilmente atraídos por nossos corações para olharmos para dentro – para nossa sabedoria, realizações e possessões – ao invés de fixar nossos olhos apenas em Deus. Nossa preocupação narcisística constantemente desloca nosso olhos do Criador para a criatura. E assim, começamos a desenvolver uma teologia personalizada, criando para nós mesmos um Deus à nossa própria imagem, moldando-o para ser tudo o que sempre pensamos querer num Deus – um Deus que ama quem amamos e odeia quem odiamos, um Deus que é soberano de todas as boas coisas que acontecem em nossas vidas, mas inútil e ignorante das coisas ruins, um Deus que nos serve a cada aceno nosso, chamado como se ele fosse um criado pessoal cósmico que rasteja até nós ao menor toque de um sino. Tal teologia individualista é, naturalmente, nada comprometida, familiar ou eclesiástica. É uma teologia centrada naquilo que faz sentido para a pessoa, e que parece justa, a faz feliz e sentir-se bem consigo mesma. Simplificando: a teologia autocentrada vê o homem como grande, e Deus como pequeno.

Mas Deus, com Seu supremo amor por nós, nos olha como se fossemos Sua Esposa, condescendente a nossas fraquezas e arrogância autocentrada. Habitou, viveu, serviu e deu a Si mesmo para nós – e Ele fez isso tudo para o nosso eterno bem e Sua glória eterna.

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