Senhor, Ajude-me a Discernir o Certo do Errado

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English: Lord, Help Me Know Right from Wrong

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Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Ana Cristina Bonetti

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O discernimento é extremamente necessário hoje. Sempre é. Mas muitos de nós estamos intensamente conscientes da necessidade neste momento. Decorrer no maior palco político do mundo, a eleição do Presidente americano, é um exercício de liderança e discernimento moral para o eleitorado americano, diferente de qualquer outro de que há memória. De certa forma, é sem precedentes.

Há cristãos, a quem respeito profundamente, que assumem posições opostas. O discernimento está levando alguns a apoiar um candidato de um partido principal e alguns a apoiar o outro partido, alguns a apoiar o candidato de um terceiro partido, alguns a apoiar um candidato inscrito1 e alguns a deixar o voto presidencial em branco na cédula eleitoral, votando apenas em candidatos parlamentares e locais. Eu tenho meu próprio plano, baseado no que eu discirno ser o melhor caminho (pelo menos por enquanto). Isso pode mudar até o dia 8 de novembro2, dependendo da possibilidade de novas informações ou novas opções.

Em conversas pessoais eu defendo meu caso, mas também procuro ouvir bem. Não há nada de simples nessas eleições e as questões morais e políticas em jogo são sérias e preocupantes. Eu não atiro pedras em meus irmãos e irmãs cujo discernimento é diferente do meu. Eu entendo a maioria dos argumentos que ouço de amigos e familiares espiritualmente maduros e discernidos, mesmo que meu discernimento esteja me conduzindo de maneira diferente.

À medida que as eleições se aproximam, espero que a maioria dos cristãos — não apenas os cristãos americanos, considerando as consequências globais das decisões econômicas e de política externa dos EUA — encontrem-se suplicando em suas orações, "Senhor, dá-nos (ou dá-lhes) discernimento!"

Como Deus nos dá Discernimento? Todos queremos ser pessoas discernidas. Queremos andar sabiamente em um mundo de engano que faz de tolos até mesmo os mais brilhantes. Mas, como nos tornamos hábeis em discernimento? O escritor de Hebreus nos diz:

No entanto, o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, se tornaram aptos para discernir tanto o bem quanto o mal. (Hebreus 5:14)

Nosso discernimento é treinado através do exercício rigoroso da prática constante.

Você sabe o que isso significa? Significa que Deus nos coloca em situações difíceis todos os dias e força-nos a enfrentar complexidades que nos pressionam aos limites (e além) de nossa sabedoria e compreensão. Somos pegos de surpresa. Às vezes, parece que estamos em um labirinto ou em uma sala cheia de espelhos, onde tudo que vemos está distorcido. Sentimo-nos confusos, às vezes esgotados, porque as questões envolvidas são pesadas e importantes — experiências não muito diferentes destas eleições presidenciais.

Cristãos do Primeiro Século

Os cristãos que originalmente receberam a carta aos Hebreus viveram em um mundo hostil ao evangelho. Tudo que lhes foi ensinado e tudo em que acreditavam estava sob ataque e eles estavam confusos.

E eles precisavam ser relembrados de que a maturidade espiritual é obtida através da prática constante do discernimento.

Algo Maior que as Eleições

Também precisamos de ser relembrados porque também estamos numa guerra espiritual e sob ataque constante. Deus está nos chamando à maturidade espiritual através de nossas situações individuais, familiares e religiosas (bem como as nacionais) que podem ser difíceis, confusas e às vezes exasperantes. Não devemos lamentá-las. Há mais misericórdia nelas do que vemos pois elas nos forçam, pela prática constante, a vasculhar a palavra escrita de Deus, colocá-la em nossos corações (Salmos 119:11) e crescer em oração (1 Tessalonicenses 5:17) e em discernimento.

Há coisas muito maiores em jogo em nos tornarmos pessoas discernidas do que as próximas eleições. Os Estados Unidos, e todas as outras nações, são apenas uma gota no balde aos olhos de Deus (Isaías 40:15). A principal preocupação de Deus é a sua nação santa, a igreja de Jesus Cristo (1 Pedro 2:9).

A principal coisa que acontece ao redor do mundo não está nas manchetes de jornais, mas no que está acontecendo dentro da igreja e através dela. A história trata da vinda de Cristo, da sua obra de redenção, da propagação de seu evangelho e da reunião de todo o seu povo, de todos os povos, na sua igreja (Mateus 24:14; 28:19-20) — algo que as portas do infernos não resistirão, muito menos os governos humanos (Mateus 16:18). Quanto mais discernimento tivermos, maior benefício traremos para a igreja de Deus.

Isso significa que há grande misericórdia para nós e para os outros, para as nossas igrejas locais e para a igreja global, em Deus fazer tudo o que for necessário para nos tornar homens e mulheres espiritualmente mais maduros e discernidos. O fruto do nosso sofrimento e da nossa luta nunca é apenas para nós, mas também para o bem de nossos irmãos e irmãs.

Custe o que Custar!

Deus tem muitos propósitos nas eleições presidenciais americanas. Ele é tão poderoso, tão brilhante e tão complexo na sua trama providencial da história que pode ser inteiramente possível para os cristãos discernidos votarem de forma diferente em sã consciência e ainda assim todos servirem às misteriosas camadas da perfeita vontade de Deus.

Deus sabe como derrubar os orgulhosos (Provérbios 15:25), humilhar o diabo e seus anjos (Colossenses 2:15) e manter seus santos caminhando pela fé e não pelo que veem (2 Coríntios 5:7). E, frequentemente, ele orquestra os acontecimentos de tal maneira que ninguém vê plenamente que sua esplêndida vitória está vindo, até que ela irrompa sobre nós como um ladrão durante a noite. Deus revelará a todos nós, algum dia, como toda a fúria das nações serviu para fazer o que sua mão e seu plano predestinaram que acontecesse (Atos 4:25-28).

Não tentemos traçar todos os fios de sua gloriosa tapeçaria providencial. Em vez disso, busquemos a maturidade espiritual fazendo desta a nossa oração:

Custe o que custar, Senhor, aumente minha habilidade de discernir o bem do mal através do exercício rigoroso da prática constante.

Notas do Tradutor

1Um candidato inscrito (write-in candidate, do inglês; candidato por escrito, em tradução livre) é um candidato cujo nome não aparece na cédula eleitoral; nesse caso, o eleitor pode simplesmente escrever o nome do candidato na cédula e votar normalmente

2As eleições americanas sempre acontecem no mês de novembro; muito provavelmente este texto foi escrito em um ano em que as eleições aconteceram no dia 08