Deus Responderá Durante a Crise

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English: God Will Answer in Your Crisis

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Por David Mathis Sobre Sofrimento

Tradução por Natalia Moreira

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Sua crise está vindo. Se ainda não chegou, ou se já não está no meio de uma, sua vez chegará.

E não só uma crise. Em Sua severa misericórdia, Deus pontua nossas vidas nessa era decaída com momentos de crise de vários graus, projetados para nosso bem eterno. Por milhares de anos, o povo de Deus tem conhecido "tempos de angústia" e "dias de aflição", às vezes bem demais. E o mesmo continua hoje em dia. Nosso Pai nunca prometeu que o fato de sermos Dele significaria que não teríamos o nosso.

De novo e de novo, as Escrituras descrevem os fiéis não como aqueles que nunca se deparam com problemas, mas como aqueles que procuram a ajuda de Deus em tempos de crise. Os homens e mulheres que lembramos como modelos encararam os maiores momentos de dificuldade e dias de angústia. E Deus escutou seus pedidos de ajuda. Ele não foi surdo naquela época — nem agora — às vozes de seu povo, sejam elas grandes ou humildes, especialmente em agonia.

Tabela de conteúdo

Em Angústia e Aflição

Nosso Deus não é apenas o Deus que fala — por mais notável que seja — mas também maravilha após maravilha, o Deus que ouve. Quando Tiago nos diz para estarmos “prontos para ouvir” (Tiago 1:19), ele nos diz para ser como nosso Pai celestial. Temos um Pai que “ouve a oração” (Salmos 65:2), que dá atenção às oração que lhe dirigem (Salmos 66:19). Nosso Deus não só vê as pessoas, mas as enxerga da Sua própria maneira especial, como aqueles com quem Ele se comprometeu em amor. Ele escuta Seu povo com o ouvido de um Esposo e um Pai. Ele não é incomodado ou entediado pelas nossas petições — especialmente não em agonia e aflição.

Os Salmos, em particular, celebram a ânsia de Deus em ouvir e ajudar Seu povo em seu "dia de angústia" e "tempo de aflição". Davi testemunhou que Deus foi a ele uma “torre segura e abrigo seguro nos momentos de angústia. (Salmos 59:16, também 9:9, 37:39, 41:1). Ele sabia a quem recorrer quando a crise chegava: “No dia da minha angústia clamarei a ti, pois tu me responderás.” (Salmos 86:7). “Pois no dia da adversidade ele me guardará protegido na sua habitação” (Salmos 27:5). E Davi sabia para onde apontar os outros: “Que o Senhor lhe responda no tempo da angústia” (Salmos 20:1). “O Senhor é refúgio para os oprimidos, sim, um refúgio em tempos de angústia.” (Salmos 9:9).

E não apenas Davi, mas o mas também o salmista Asafe: “Quando estou angustiado, busco o Senhor” (Salmos 77:2). E o próprio Deus diz: “Clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei, e você me honrará.” (Salmos 50:15). Longe de se incomodar com os pedidos de ajuda, Deus é honrado quando procuramos por Ele com nossos fardos. Talvez o mais impressionante de todos seja o refrão do Salmo 107 (quatro vezes): Na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas aflições (versos 6, 13, 19 e 28). Essa não é apenas a história de Israel, mas também a nossa. Nosso Deus está em Seu melhor momento em nossas crises.

Contemplem Nosso Deus

Esse é quem nosso Deus tem sido desde o início. Esse é o Deus de Abraão e Isaque. E este é quem Jacó, em seus altos e baixos, em seus muitos esforços e lutas, descobriu quem Deus era: “ao Deus que me ouviu no dia da minha angústia” (Gênesis 35:3).

O Deus de Jacó não é como os deuses falsos das nações vizinhas. Ele não é como os deuses domésticos do tio de Jacó, Labão (Gênesis 31:19, 34-35). E não como os deuses cananeus que os filhos de Jacó teriam encontrado quando saquearam Siquém (Gênesis 34:29; 35:2). Outros “deuses” não respondem no dia de angústia. Eles são simplesmente feitos pelas mãos e imaginação humana. São brinquedos de criança. Eles não respondem; não agem.

A vida de Jacó foi uma sucessão de momentos de crise, e Deus se mostrou fiel como o Deus que ouve e responde. Assim como Deus viu Lia em sua crise (Gênesis 29:31) e lembrou de Raquel na dela (Gênesis 30:22), Ele vê, Ele ouve, Ele se lembra, Ele se importa. Ele é o Deus vivo que deseja que nos voltemos para Ele, que lutemos com Ele (Gênesis 32:22-28), não apenas em nossas circunstâncias, em nossos momentos de crise. Esse é o Deus de Jacó — e o Deus de Naum (Naum 1:7), Obadias (Obadias 12, 14), Jeremias (Jeremias 16:19) e Ezequias (Isaías 37:3).

Seu Perfeito Como e Quando

Em nossa finitude e queda, às vezes pode parecer que Deus está se escondendo em nossos momentos de angústia (Salmos 10:1). Mas se viermos a Ele com humildade, não nutrindo o pecado em nossos corações (Salmos 66:18, também 1 Pedro 3:7), podemos esperar que “Deus, no entanto, me ouviu e deu atenção à oração que lhe dirigi.” (Salmos 66:19). E ainda assim, Deus ouvir-nos não necessariamente significa que ele sempre — ou tipicamente — responde como e quando nós queremos ou desejamos.

Quando lembramos nosso Deus como aquele que responde em tempos de crise — como ele fez por Jacó e os salmistas e profetas — não devemos assumir que Ele responda como faríamos ou exatamente quando gostaríamos. Jacó, por exemplo, passou vinte anos sob a tirania de Labão, e seu filho José passou treze anos se submetendo — vendido como escravo, acusado falsamente, jogado na prisão, e então esquecido — antes que Deus o erguesse. Nosso Deus trabalha “no devido tempo” (1 Pedro 5:6), em seu “tempo próprio” (Gálatas 6:9).

Ele vai nos ouvir e nos responder — mas frequentemente em maneiras, e num tempo, que não antecipamos. Suas maneiras e pensamentos são mais altos que os nossos (Isaías 55:8-9), e ele pensa “infinitamente mais”, não menos, do que pedimos ou achamos (Efésios 3:20). Em Cristo, nós não assumimos que nosso Deus não nos vê, nos ouve ou responde pois a vida não se desdobra de acordo com nossos planos; longe de presumir que Ele não responde, queremos receber Suas severas misericórdias como a continuação de Seu surpreendente trabalho de desdobrar a história e nossas vidas, não de acordo com as expectativas humanas, mas de acordo com Seus planos e propósitos infinitamente majestosos. Planos que vemos tão claramente no momento de crise do próprio Filho de Deus.

Sua Resposta Maior

“Ele levou consigo Pedro, Tiago e João e começou a ficar aflito e angustiado.” (Marcos 14:33). Ali, naquele jardim de crise, Jesus “ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte e foi ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hebreus 5:7). Deus ouviu seu Filho em seu momento de crise, mas não deixou a taça passar. Ele não o poupou da morte. O fato de Deus ter ouvido e respondido a Jesus não significou a salvação da cruz, mas a salvação por meio da cruz.

Seu Pai "salvando-o da morte" poderia ter significado proteção contra a morte. Mas Seus caminhos eram mais elevados. Ele fez muito mais abundantemente do que somos propensos a pedir ou pensar. O resgate que Deus deu a Seu Filho dessa vez não foi proteção contra a morte, mas graça sustentadora durante a morte. Depois, a ressurreição. E, a menos que Jesus volte antes, todos nós enfrentaremos a morte em breve, e a resposta de Deus para nós será a graça sustentadora durante a morte e a ressurreição do outro lado.

Nosso Deus é real demais, grande demais e glorioso demais para trabalhar de acordo com nossas expectativas humanas e cronogramas convenientes. Ele nos ama demais para fazer regularmente exatamente o que queremos, quando queremos, em nossos momentos de crise. Mas Ele sempre nos vê. Ele sempre nos ouve. E em Cristo, Ele responderá, não necessariamente quando e como quisermos, mas com a resposta de que precisamos, por mais dolorosa que seja no momento, para nosso bem e glória finais.