Análise do Livro: Uma Mente Desperta: Uma Antologia de C. S. Lewis

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English: Book Review: A Mind Awake: An Anthology of C. S. Lewis

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Por John Piper Sobre Vida da Mente

Tradução por Fernanda Sanz

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“The Opinion”, v9 n5, pp. 7-9

Em Janeiro de 1959, C. S. Lewis respondeu ao Dr. Clyde Kilby em uma carta,

“Eu acho que uma antologia de extratos de um escritor ainda vivo faria ele e o coletor parecerem ridículos, e eu tenho certeza de que editores não concordariam com tal projeto. Lamento responder dessa maneira à uma proposta tanto me honra. “(Letters, ed. W. H. Lewis)

Em 22 de Novembro de 1963 C. S. Lewis deixou de ser um autor vivo e Dr. Kilby prosseguiu e então realizou sua intenção original de publicar uma antologia de Lewis. (Harcourt, Brace and World, Inc., 1969, 252 pp.)

Dr. Kilby, Professor de Inglês na Wheaton College (Illinois), reuniu extratos de todos os mais de 40 livros de Lewis, bem como material de ensaios. Nenhum dos extratos é mais do que uma página e alguns são tão curtos como 4 palavras. A justificativa de Dr. Kilby para tal forma de coleta é “para tal mente, o menor rabisco é venerável.”

Boa escrita sempre agrada tanto pela excelência das partes como pela perfeição do todo. Portanto, o Professor Kilby espera (assim como eu) que as partes que ele reuniu levem o leitor a voltar-se em direção ao “todo” das obras de Lewis.

Recebo Uma mente desperta com grande entusiasmo, não apenas porque Dr. Kilby foi um dos meus professores, mas também porque eu tenho uma profunda apreciação pelo trabalho de C. S. Lewis. Não sou a única pessoa aqui no Fuller que pode dizer alegremente que Lewis capturou nossas mentes e corações durante todo Cristianismo Puro e Simples. Nem estou sozinho, talvez, quando digo que próximo a Bíblia, o pensamento de C. S. Lewis tem sido a principal influência na minha peregrinação intelectual e emocional.

Portanto, aproximei-me da antologia de Lewis com uma predisposição tremendamente poderosa de gostar dela. E não fui desapontado. Achei o que uns podem chamar de “Lewis concentrado”. Cada linha demanda ser ponderada. O livro é tão bom que você não será capaz de terminá-lo sem deixar o livro e ficar refletindo. Ler dois capítulos sentado é como ter o Natal, a Páscoa e o Quatro de Julho no mesmo dia, ou como fazer um tour por toda a Europa em uma semana.

Quando Dr. Kilby intitulou sua antologia de Uma Mente Desperta, ele estava descrevendo não apenas a genialidade de Lewis, mas também o que ocorre no leitor. O grande entusiasmo em ler Lewis é que ele nos proporciona, diante de nossas sensibilidades, novos e claros entendimentos a respeito do mundo ou da fé Cristã. Sua utilidade peculiar é sua habilidade em nos ajudar a ver aquilo que, por anos, procurávamos.

Essa antologia é de especial valor para o seminarista pois o material é organizado por assuntos teológicos. Os dez capítulos são intitulados “A Natureza do Homem”, “O Mundo Moral”, “A Bíblia”, “A Trindade”, “Pecado”, “O Compromisso Cristão”, “Inferno e Céu”, “Amor e Sexo”, “Natureza” e “O Mundo Pós-Cristão”.

O estudante de teologia encontra aqui não apenas uma excelente e tópica referência para as obras maiores de Lewis sobre assuntos cristãos (cada extrato é documentado), mas também encontra férteis sementes de pensamentos. Se estas sementes são regadas por nossas próprias reflexões, elas vão crescer e tornar-se as mais frutíferas plantas.

Concluo deixando Lewis falar por ele mesmo. Aqui estão algumas das sementes que achei frutíferas:

Eu concluo, portanto, que a lógica nos dá um verdadeiro entendimento em direção ao caminho em que o que é verdadeiramente real existe. Em outras palavras, as leis dos pensamento são também as leis das coisas. (p.41)

Quando eu tinha dez anos, eu lia contos de fada em segredo e ficaria envergonhado se fosse encontrado lendo-os. Agora que eu tenho cinquenta anos eu os leio abertamente. Ao tornar-me homem deixei de lado as coisas infantis, incluindo o medo de infantilidade e o desejo de ser muito crescido. (p.32)

Pode um mortal fazer perguntas que Deus considera irrespondíveis? Muito facilmente, penso eu. Todas as perguntas absurdas são irrespondíveis. Quantas horas há em uma milha? O amarelo é quadrado ou redondo? Provavelmente metade das questões que perguntamos -metade de nossos grandes problemas teológicos e metafísicos- são assim... (p.61)

Precisamos perdoar nosso irmão setenta vezes sete não apenas por 490 ofensas, mas por uma ofensa. (p.145)

A glória de Deus, e, o nosso único propósito em glorificá-lO, a salvação das almas dos homens, é o verdadeiro negócio da vida. (p.129)

Tudo o que não é eterno é eternamente inútil. (p.252)