O Prazer de Deus em Tudo o Que Ele Faz

De Livros e Sermões Bíblicos

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<blockquote>'''Salmo 135:6'''</blockquote> <blockquote>O Senhor faz tudo que lhe agrada, nos céus e na terra, nos mares e em todas as suas profundezas.</blockquote>
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'''Dois princípios estão presentes nesta série'''
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Dois princípios estão presentes no fundamento desta nova série de mensagens nos prazeres do Senhor.
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'''1. Um princípio sobre o Valor da Alma '''<br>O primeiro princípio é aquele que diz “O valor e a excelência da alma é medida pelos objetos de seu amor.” (Henry Scougal). Se nós aplicarmos isso a Deus, então uma maneira de ver o valor e a excelência de Deus é meditar sobre aquilo que ele ama. <br>Outra maneira de colocar isso seria dizer que a medida da dignidade de Deus é determinada por aquilo que ele se deleita. Ou outra maneira seria dizer que a grandeza da excelência de Deus está registrada pelas suas felicidades. De onde Ele tira os seus prazeres em sinais de beleza e a preciosidade de seu caráter.
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'''2. O princípio de como somos Transformados '''<br>O segundo princípio é aquele que quando nós fixamos a atenção de nossas mentes no valor e na excelência de Deus, isto é, quando nós meditamos em sua glória, nós somos modificados gradualmente em Sua preferência. <br>E todos nós com faces não reveladas, vendo a glória do Senhor, estamos sendo modificados de acordo com Sua preferência de um nível de Glória para o outro. ( 2 Corinthians 3:18) <br>Então o meu objetivo nessas próximas 12 semanas é direcionar sua atenção para os prazeres de Deus revelados nas Escrituras; com a esperança que você verá neles alguma medida infinita do valor e da excelência de Deus; e através da visão dessa glória que você possa subir um degrau de cada vez para aquilo que Ele gosta; para que em casa e no trabalho e na escola as pessoas verão as suas boas ações e dará glória ao Pai nos céus.<br>Retrate os prazeres Dele rezando. Veja a glória Dele escutando. Alcance o que ele gosta meditando. Mostre o valor Dele no mundo. Deixe Deus ser gracioso para abençoar o ministério de sua Palavra nessas semanas.<br>'''Deus tem sempre sido Exuberantemente Feliz '''<br>A semana passada nós focamos no prazer que Deus o Pai tem no seu Filho. A lição mais importante a ser aprendida dessa verdade é isso: Deus é e sempre foi um Deus exuberantemente feliz. Ele nunca esteve sozinho. Ele tem sempre celebrado com uma satisfação enorme na glória de seu Filho. Você pode dizer que o Filho de Deus tem sempre sido a visão mental extensiva das excelências de Deus ou a visão mental dos fatos das perfeições de Deus. E assim por toda a eternidade Deus tem olhado com imensa satisfação p terreno magnífico de sua própria felicidade refletida em seu Filho. <br>'''Deus não está constrangido por nada For a de Si Mesmo '''<br>Uma segunda lição a se aprender com essa lição é que Deus não está constrangido por nada que esteja for a de si Próprio para fazer qualquer coisa que Ele não queira fazer. Se Deus estivesse infeliz, se Ele estivesse de alguma forma deficiente, aí sim Ele talvez estivesse constrangido por for a de alguma forma para fazer o que Ele não quer fazer a fim de recuperar de sua deficiência e finalmente ser feliz. <br>É assim que somos. Nós viemos ao mundo sem saber praticamente nada e temos que gastar anos e anos indo a aulas ou aprendendo em escolas de grandes repreensões. Os Pais e os Professores nos dizem para fazer coisas que nós não gostamos de fazer porque nós precisamos fazê-las para nos recuperarmos de algumas deficiências em nós mesmos – para aumentar nossos conhecimentos ou força em nossos corpos ou refinar nossas maneiras. <br>Mas Deus não é assim. Ele está cheio e completo de satisfação de toda a eternidade. Ele não precisa de educação. Ninguém pode oferecer a Ele algo que já vem diretamente Dele. E devido a isso ninguém pode suborná-lo ou coagi-lo de nenhuma maneira. Você não pode subornar uma nascente com baldes de água do vale. Assim Deus faz o que Ele faz não por inveja ou sob coação externa como se Ele fosse derrubado ou encurralado por uma situação inesperada, ou não planejada. Pelo contrário, pelo fato Dele ser complete e exuberantemente feliz e cheio de satisfação no relacionamento com a Trindade, tudo o que Ele faz é livre e sem coação. As suas façanhas são o que o enche de felicidade. Isso é o que significa quando a Escritura diz que Deus faz algo de acordo com “o bom agrado” de sua vontade. Isso significa que nada fora do próprio prazer de Deus – o prazer que Ele tem no que Ele é nada mais é do que Seu prazer – constrange as Suas escolhas e suas façanhas. Deus faz aquilo que lhe agrada. <br>Isso nos traz ao foco da mensagem de hoje – “O Prazer de Deus em tudo o que Ele faz”- e o texto de hoje Salmo 135. <br>O salmo começa nos chamando a louvar ao Senhor: “Louvai ao Senhor. Louvar o nome do Senhor.” Depois, iniciando no verso 3 o salmista nos dá razões pelas quais devemos sentir louvor crescendo em nossos corações em direção a Deus. Ele diz, por exemplo, “Louve ao Senhor, pois o Senhor é bom”. A lista de razões para louvar vai até o verso 6, e esse é o verso que quero focar com vocês esta manhã: <br>O Senhor faz tudo que lhe agrada,<br>nos céus e na terra, <br>nos mares e em todas as suas profundezas. <br>Salmo 115:3 diz a mesma coisa: <br>O nosso Deus está nos céus; <br>Ele faz o que lhe agrada.<br>Esse verso ensina que quando Deus age, Ele age de uma maneira que o agrada. Deus uma é coagido a fazer algo que Ele despreza. Ele nunca é encurralado em um canto onde o seu único recurso é fazer algo que Ele não detesta fazer. Ele faz o que lhe agrada. E assim, de alguma forma, Ele sente prazer em tudo o que Ele faz. <br>Isaias utilize a mesma palavra Hebraica (como substantiva) em Isaias 46:10 onde o Senhor diz, <br>Meu propósito permanecerá de pé,<br>e farei tudo o que me agrada.<br>Como base nesses textos e em muitos outros devemos nos curvar perante Deus e louvar a sua liberdade soberana – que de alguma forma indica que Ele sempre age em liberdade. De acordo com seu próprio “bom prazer”, seguindo os ditados de seus próprios deleitos. Ele nunca se torna a vítima das circunstâncias. Ele nunca é forçado para uma situação onde Ele deve fazer algo que não possa alegrar. <br>'''Deus realmente tem prazer em tudo aquilo que Ele faz? '''<br>Esse é uma foto gloriosa de Deus em sua liberdade soberana – para fazer qualquer coisa que lhe dê prazer e para cumprir todo o seu prazer. Mas seria uma foto confusa, um pouco fora de foco, se parássemos aqui. Para focar corretamente essa foto e para aguçá-la precisamos fazer a seguinte pergunta: "Como Deus pode falar em Ezequiel 18:23 e 32 que Ele não tem prazer na morte de nenhuma pessoa impenitente, se na realidade Ele realiza todos os seus prazeres e tudo aquilo que lhe dá prazer? " <br>'''A pergunta levantada por Ezequiel 18 '''<br>Em Ezequiel 18:30 Deus está alertando a nação de Israel para um julgamento imparcial: " Assim sendo eu lhes julgarei nação de Israel, cada um de acordo com os seus caminhos, disse o Senhor." E Ele está incitando-os a se arrepender: "Arrependam-se e afastem-se de suas transgressões." E no final do verso 31 Ele diz, "Por que deveriam vocês morrer, ó nação de Israel? Pois não me agrada a morte de ninguém, diz o Senhor Deus; então virem-se, e vivam." <br>Esse parece ser uma foto mais difícil do que aquela vista no Salmo 135, onde Deus faz tudo o que Lhe agrada. Aqui Ele aprece estar encurralado. Parece que Ele está sendo forçado a julgá-los quando Ele realmente não quer. Ele parece estar preste a fazer algo que não Lhe agrada. Ele vai fazer tudo que Lhe agrada ou não? Deus realmente é livre para fazer tudo de acordo com a sua vontade? Ou a sua liberdade soberana tem limites? Pode Ele fazer as coisas que lhe dão prazer até certo ponto, e depois ele é encurralado a fazer coisas que Lhe afligem? <br>'''Não podemos limitar a liberdade de Deus à Natureza '''<br>Talvez tentemos resolver o problema retornando ao Salmo 135 e dizendo que Deus faz aquilo que lhe dá prazer no mundo natural, mas não na esfera pessoal. Depois tudo é dito no verso 7: <br>Ele traz as nuvens desde os confins da terra; envia os relâmpagos que acompanham a chuva e faz que o vento saia dos seus depósitos. <br>Mas o seu esforço para limitar a liberdade de Deus para a esfera da natureza não funcionará por duas razões. <br>1. Uma é que Deus controla o vento e faz com que ele sopre quando e onde Ele deseja — o que é certamente correto (lembre-se Jesus' "Paz! Pare!")—depois Deus é responsável pela destruição de milhares de vidas por afogamento devido a tempestades e furações e tornados e monções e tufões os quais Deus tem trazido para for a de seus depósitos no decorrer dos séculos.<br>Então quando o salmo 135 diz que o Senhor faz tudo aquilo que Lhe agrada, também tem que incluir a morte de pessoas no mar pelo vento que Ele controla sozinho. <br>2. Mas o texto não nos deixa tirar conclusões deste tipo. O salmista vai para os versos 8–11, onde menciona que a liberdade soberana de Deus nos foi mostrada no Êxodo para o Egito: <br>8) Foi Ele que matou os primogênitos do Egito, tanto do homem como do animal.... 10) Foi Ele que feriu muitas nações e matou reis poderosos. . .<br>Essa é a segunda razão pela qual não se pode limitar a liberdade de Deus neste salmo ao reino natural. Quando o salmista menciona no verso 6 que “tudo aquilo que o Senhor gosta Ele faz," ele não apenas se refere implicitamente as tragédias causadas pelo vento; ele também se refere explicitamente à destruição dos Egípcios rebeldes, e nações, e os reis. Essa é a competência do que Deus faz quando Ele faz aquilo que Lhe agrada. <br>Então em Ezequiel ele diz que Deus não está satisfeito com a morte de pessoas não arrependidas, e no Salmo 135 se diz que Deus faz aquilo que Lhe agrada inclusive matar pessoas não arrependidas. E no mesmo verbo Hebreu é utilizado o Salmo 135:6 ("Ele se satisfaz”) e Ezequiel 18:32 ("ele tem prazer "). <br>'''O problema fica ainda pior '''<br>Antes de sugerir uma solução para esse problema, deixe-me deixá-lo ainda pior. <br>Muitos Cristãos hoje tem a concepção que Deus não é atormentado pelo seu ser encurralado em fazer coisas as quais Ele não quer fazer. E posso facilmente imaginar que a resposta dada ao que vimos até aqui seria dizer que criamos um problema artificial, pois o Salmo 135 não diz realmente que Deus sentiu prazer em destruir os Egípcios. <br>Talvez alguém possa dizer que “fazer aquilo que Lhe agrada” no Salmo 135:6 é apenas uma figura de linguagem e não tem o sentido de prazer e felicidade. E então eles diriam que Deus apenas sofre quando Ele julga os pecadores que não se arrependem, e que não existe sentido no que Ele está fazendo e no que Ele sente prazer em fazer. <br>Em resposta a isso eu diria novamente que a mesma palavra utilizada no Salmo 135:6 para Deus estar “satisfeito” é utilizada em Ezequiel 18:32 para Deus não está “satisfeito." Então eu direcionaria a atenção para Deuteronômio 28:63 onde Moisés avisa sobre o julgamento que viria sobre Israel não arrependido. Mas desta vez é dito algo totalmente diferente de Ezequiel 18:32, <br>E como o Senhor teve prazer em lhes fazer o bem e lhes fazer prosperar, então o Senhor terá prazer em destruí-los e arruiná-los. (Cf. Provérbios 1:24–26; Revelação 18:20; Ezequiel 5:13.)<br>Então somos trazidos de volta ao fato inescapável que de alguma maneira Deus não tem prazer na morte dos maus ( essa é a mensagem de Ezequiel 18), e de alguma forma Ele sente esse prazer ( essa é a mensagem do Salmo 135:6–11 e de Deuteronômio28:63). <br>'''A solução par ao problema '''<br>Eu recomendei uma solução antes e vou recomendá-la novamente: nominalmente, que a morte e a miséria dos não arrependidos não é de nenhuma maneira prazer de Deus. Deus não é sádico. Ele não é malicioso ou sanguinário. Ao invés disso, quando uma pessoa rebelde, má e incrédula é julgada, o que dá prazer a Deus é a exoneração da verdade e da bondade em Sua honra e glória.<br>Quando Moisés avisou Israel que o Senhor teria prazer em arruiná-los e destruí-los caso eles não se arrependessem, ele quis dizer que aqueles que haviam se rebelado contra o Senhor e ultrapassado o limite do arrependimento não seriam capazes de se vangloriar pelo fato de terem feito o Todo-Poderoso miserável. Pelo contrário, Moisés diz que quando eles forem julgados, eles terão dado inconscientemente a Deus uma oportunidade de se alegrar na demonstração de Sua justiça e de Seu poder e do valor infinito de Sua glória.<br>'''Tenha respeito a Deus '''<br>Deixe que isso seja um alerta para todos nesta manhã. Deus não é falso. Ele não está preso ou encurralado ou coagido. Até mesmo no caminho para o Calvário Ele teve legiões ao seu dispor. “Ninguém me tira a vida; eu me deito por minha livre espontânea vontade "— por meu próprio prazer, pela satisfação que é colocada perante mim. Em um ponto da história do universo onde Deus pareceu encurralado, Ele estava totalmente com a situação sob controle do Ele estava fazendo precisamente o que Lhe dava prazer – morrendo para justificar os perversos como você e eu. <br>Então vamos ter respeito e nos maravilharmos essa manhã: “Nosso Deus está nos céus; Ele faz aquilo que Lhe dá prazer." Amém. <br>Deus Todo Poderoso e Misericordioso, nós Te louvamos por sua felicidade sem fim na união da Trindade; que Você é um Deus infinitamente exuberante; satisfeito com o panorama de suas perfeições refletidas na beleza de seu Filho. E nós te louvamos por ser livre e soberano em sua auto-suficiência que não pode ser subornado ou coagido devido a alguma deficiência ou desejo em Seu coração. Nós te louvamos, pois seu plano e conselho são governados não por nossa vontade, mas pelo Seu prazer.

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Por John Piper Sobre Soberania de Deus
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Tradução por Flavia Martins dos Santos

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Salmo 135:6
O Senhor faz tudo que lhe agrada, nos céus e na terra, nos mares e em todas as suas profundezas.

Dois princípios estão presentes nesta série

Dois princípios estão presentes no fundamento desta nova série de mensagens nos prazeres do Senhor.

1. Um princípio sobre o Valor da Alma
O primeiro princípio é aquele que diz “O valor e a excelência da alma é medida pelos objetos de seu amor.” (Henry Scougal). Se nós aplicarmos isso a Deus, então uma maneira de ver o valor e a excelência de Deus é meditar sobre aquilo que ele ama.
Outra maneira de colocar isso seria dizer que a medida da dignidade de Deus é determinada por aquilo que ele se deleita. Ou outra maneira seria dizer que a grandeza da excelência de Deus está registrada pelas suas felicidades. De onde Ele tira os seus prazeres em sinais de beleza e a preciosidade de seu caráter.

2. O princípio de como somos Transformados
O segundo princípio é aquele que quando nós fixamos a atenção de nossas mentes no valor e na excelência de Deus, isto é, quando nós meditamos em sua glória, nós somos modificados gradualmente em Sua preferência.
E todos nós com faces não reveladas, vendo a glória do Senhor, estamos sendo modificados de acordo com Sua preferência de um nível de Glória para o outro. ( 2 Corinthians 3:18)
Então o meu objetivo nessas próximas 12 semanas é direcionar sua atenção para os prazeres de Deus revelados nas Escrituras; com a esperança que você verá neles alguma medida infinita do valor e da excelência de Deus; e através da visão dessa glória que você possa subir um degrau de cada vez para aquilo que Ele gosta; para que em casa e no trabalho e na escola as pessoas verão as suas boas ações e dará glória ao Pai nos céus.
Retrate os prazeres Dele rezando. Veja a glória Dele escutando. Alcance o que ele gosta meditando. Mostre o valor Dele no mundo. Deixe Deus ser gracioso para abençoar o ministério de sua Palavra nessas semanas.
Deus tem sempre sido Exuberantemente Feliz
A semana passada nós focamos no prazer que Deus o Pai tem no seu Filho. A lição mais importante a ser aprendida dessa verdade é isso: Deus é e sempre foi um Deus exuberantemente feliz. Ele nunca esteve sozinho. Ele tem sempre celebrado com uma satisfação enorme na glória de seu Filho. Você pode dizer que o Filho de Deus tem sempre sido a visão mental extensiva das excelências de Deus ou a visão mental dos fatos das perfeições de Deus. E assim por toda a eternidade Deus tem olhado com imensa satisfação p terreno magnífico de sua própria felicidade refletida em seu Filho.
Deus não está constrangido por nada For a de Si Mesmo
Uma segunda lição a se aprender com essa lição é que Deus não está constrangido por nada que esteja for a de si Próprio para fazer qualquer coisa que Ele não queira fazer. Se Deus estivesse infeliz, se Ele estivesse de alguma forma deficiente, aí sim Ele talvez estivesse constrangido por for a de alguma forma para fazer o que Ele não quer fazer a fim de recuperar de sua deficiência e finalmente ser feliz.
É assim que somos. Nós viemos ao mundo sem saber praticamente nada e temos que gastar anos e anos indo a aulas ou aprendendo em escolas de grandes repreensões. Os Pais e os Professores nos dizem para fazer coisas que nós não gostamos de fazer porque nós precisamos fazê-las para nos recuperarmos de algumas deficiências em nós mesmos – para aumentar nossos conhecimentos ou força em nossos corpos ou refinar nossas maneiras.
Mas Deus não é assim. Ele está cheio e completo de satisfação de toda a eternidade. Ele não precisa de educação. Ninguém pode oferecer a Ele algo que já vem diretamente Dele. E devido a isso ninguém pode suborná-lo ou coagi-lo de nenhuma maneira. Você não pode subornar uma nascente com baldes de água do vale. Assim Deus faz o que Ele faz não por inveja ou sob coação externa como se Ele fosse derrubado ou encurralado por uma situação inesperada, ou não planejada. Pelo contrário, pelo fato Dele ser complete e exuberantemente feliz e cheio de satisfação no relacionamento com a Trindade, tudo o que Ele faz é livre e sem coação. As suas façanhas são o que o enche de felicidade. Isso é o que significa quando a Escritura diz que Deus faz algo de acordo com “o bom agrado” de sua vontade. Isso significa que nada fora do próprio prazer de Deus – o prazer que Ele tem no que Ele é nada mais é do que Seu prazer – constrange as Suas escolhas e suas façanhas. Deus faz aquilo que lhe agrada.
Isso nos traz ao foco da mensagem de hoje – “O Prazer de Deus em tudo o que Ele faz”- e o texto de hoje Salmo 135.
O salmo começa nos chamando a louvar ao Senhor: “Louvai ao Senhor. Louvar o nome do Senhor.” Depois, iniciando no verso 3 o salmista nos dá razões pelas quais devemos sentir louvor crescendo em nossos corações em direção a Deus. Ele diz, por exemplo, “Louve ao Senhor, pois o Senhor é bom”. A lista de razões para louvar vai até o verso 6, e esse é o verso que quero focar com vocês esta manhã:
O Senhor faz tudo que lhe agrada,
nos céus e na terra,
nos mares e em todas as suas profundezas.
Salmo 115:3 diz a mesma coisa:
O nosso Deus está nos céus;
Ele faz o que lhe agrada.
Esse verso ensina que quando Deus age, Ele age de uma maneira que o agrada. Deus uma é coagido a fazer algo que Ele despreza. Ele nunca é encurralado em um canto onde o seu único recurso é fazer algo que Ele não detesta fazer. Ele faz o que lhe agrada. E assim, de alguma forma, Ele sente prazer em tudo o que Ele faz.
Isaias utilize a mesma palavra Hebraica (como substantiva) em Isaias 46:10 onde o Senhor diz,
Meu propósito permanecerá de pé,
e farei tudo o que me agrada.
Como base nesses textos e em muitos outros devemos nos curvar perante Deus e louvar a sua liberdade soberana – que de alguma forma indica que Ele sempre age em liberdade. De acordo com seu próprio “bom prazer”, seguindo os ditados de seus próprios deleitos. Ele nunca se torna a vítima das circunstâncias. Ele nunca é forçado para uma situação onde Ele deve fazer algo que não possa alegrar.
Deus realmente tem prazer em tudo aquilo que Ele faz?
Esse é uma foto gloriosa de Deus em sua liberdade soberana – para fazer qualquer coisa que lhe dê prazer e para cumprir todo o seu prazer. Mas seria uma foto confusa, um pouco fora de foco, se parássemos aqui. Para focar corretamente essa foto e para aguçá-la precisamos fazer a seguinte pergunta: "Como Deus pode falar em Ezequiel 18:23 e 32 que Ele não tem prazer na morte de nenhuma pessoa impenitente, se na realidade Ele realiza todos os seus prazeres e tudo aquilo que lhe dá prazer? "
A pergunta levantada por Ezequiel 18
Em Ezequiel 18:30 Deus está alertando a nação de Israel para um julgamento imparcial: " Assim sendo eu lhes julgarei nação de Israel, cada um de acordo com os seus caminhos, disse o Senhor." E Ele está incitando-os a se arrepender: "Arrependam-se e afastem-se de suas transgressões." E no final do verso 31 Ele diz, "Por que deveriam vocês morrer, ó nação de Israel? Pois não me agrada a morte de ninguém, diz o Senhor Deus; então virem-se, e vivam."
Esse parece ser uma foto mais difícil do que aquela vista no Salmo 135, onde Deus faz tudo o que Lhe agrada. Aqui Ele aprece estar encurralado. Parece que Ele está sendo forçado a julgá-los quando Ele realmente não quer. Ele parece estar preste a fazer algo que não Lhe agrada. Ele vai fazer tudo que Lhe agrada ou não? Deus realmente é livre para fazer tudo de acordo com a sua vontade? Ou a sua liberdade soberana tem limites? Pode Ele fazer as coisas que lhe dão prazer até certo ponto, e depois ele é encurralado a fazer coisas que Lhe afligem?
Não podemos limitar a liberdade de Deus à Natureza
Talvez tentemos resolver o problema retornando ao Salmo 135 e dizendo que Deus faz aquilo que lhe dá prazer no mundo natural, mas não na esfera pessoal. Depois tudo é dito no verso 7:
Ele traz as nuvens desde os confins da terra; envia os relâmpagos que acompanham a chuva e faz que o vento saia dos seus depósitos.
Mas o seu esforço para limitar a liberdade de Deus para a esfera da natureza não funcionará por duas razões.
1. Uma é que Deus controla o vento e faz com que ele sopre quando e onde Ele deseja — o que é certamente correto (lembre-se Jesus' "Paz! Pare!")—depois Deus é responsável pela destruição de milhares de vidas por afogamento devido a tempestades e furações e tornados e monções e tufões os quais Deus tem trazido para for a de seus depósitos no decorrer dos séculos.
Então quando o salmo 135 diz que o Senhor faz tudo aquilo que Lhe agrada, também tem que incluir a morte de pessoas no mar pelo vento que Ele controla sozinho.
2. Mas o texto não nos deixa tirar conclusões deste tipo. O salmista vai para os versos 8–11, onde menciona que a liberdade soberana de Deus nos foi mostrada no Êxodo para o Egito:
8) Foi Ele que matou os primogênitos do Egito, tanto do homem como do animal.... 10) Foi Ele que feriu muitas nações e matou reis poderosos. . .
Essa é a segunda razão pela qual não se pode limitar a liberdade de Deus neste salmo ao reino natural. Quando o salmista menciona no verso 6 que “tudo aquilo que o Senhor gosta Ele faz," ele não apenas se refere implicitamente as tragédias causadas pelo vento; ele também se refere explicitamente à destruição dos Egípcios rebeldes, e nações, e os reis. Essa é a competência do que Deus faz quando Ele faz aquilo que Lhe agrada.
Então em Ezequiel ele diz que Deus não está satisfeito com a morte de pessoas não arrependidas, e no Salmo 135 se diz que Deus faz aquilo que Lhe agrada inclusive matar pessoas não arrependidas. E no mesmo verbo Hebreu é utilizado o Salmo 135:6 ("Ele se satisfaz”) e Ezequiel 18:32 ("ele tem prazer ").
O problema fica ainda pior
Antes de sugerir uma solução para esse problema, deixe-me deixá-lo ainda pior.
Muitos Cristãos hoje tem a concepção que Deus não é atormentado pelo seu ser encurralado em fazer coisas as quais Ele não quer fazer. E posso facilmente imaginar que a resposta dada ao que vimos até aqui seria dizer que criamos um problema artificial, pois o Salmo 135 não diz realmente que Deus sentiu prazer em destruir os Egípcios.
Talvez alguém possa dizer que “fazer aquilo que Lhe agrada” no Salmo 135:6 é apenas uma figura de linguagem e não tem o sentido de prazer e felicidade. E então eles diriam que Deus apenas sofre quando Ele julga os pecadores que não se arrependem, e que não existe sentido no que Ele está fazendo e no que Ele sente prazer em fazer.
Em resposta a isso eu diria novamente que a mesma palavra utilizada no Salmo 135:6 para Deus estar “satisfeito” é utilizada em Ezequiel 18:32 para Deus não está “satisfeito." Então eu direcionaria a atenção para Deuteronômio 28:63 onde Moisés avisa sobre o julgamento que viria sobre Israel não arrependido. Mas desta vez é dito algo totalmente diferente de Ezequiel 18:32,
E como o Senhor teve prazer em lhes fazer o bem e lhes fazer prosperar, então o Senhor terá prazer em destruí-los e arruiná-los. (Cf. Provérbios 1:24–26; Revelação 18:20; Ezequiel 5:13.)
Então somos trazidos de volta ao fato inescapável que de alguma maneira Deus não tem prazer na morte dos maus ( essa é a mensagem de Ezequiel 18), e de alguma forma Ele sente esse prazer ( essa é a mensagem do Salmo 135:6–11 e de Deuteronômio28:63).
A solução par ao problema
Eu recomendei uma solução antes e vou recomendá-la novamente: nominalmente, que a morte e a miséria dos não arrependidos não é de nenhuma maneira prazer de Deus. Deus não é sádico. Ele não é malicioso ou sanguinário. Ao invés disso, quando uma pessoa rebelde, má e incrédula é julgada, o que dá prazer a Deus é a exoneração da verdade e da bondade em Sua honra e glória.
Quando Moisés avisou Israel que o Senhor teria prazer em arruiná-los e destruí-los caso eles não se arrependessem, ele quis dizer que aqueles que haviam se rebelado contra o Senhor e ultrapassado o limite do arrependimento não seriam capazes de se vangloriar pelo fato de terem feito o Todo-Poderoso miserável. Pelo contrário, Moisés diz que quando eles forem julgados, eles terão dado inconscientemente a Deus uma oportunidade de se alegrar na demonstração de Sua justiça e de Seu poder e do valor infinito de Sua glória.
Tenha respeito a Deus
Deixe que isso seja um alerta para todos nesta manhã. Deus não é falso. Ele não está preso ou encurralado ou coagido. Até mesmo no caminho para o Calvário Ele teve legiões ao seu dispor. “Ninguém me tira a vida; eu me deito por minha livre espontânea vontade "— por meu próprio prazer, pela satisfação que é colocada perante mim. Em um ponto da história do universo onde Deus pareceu encurralado, Ele estava totalmente com a situação sob controle do Ele estava fazendo precisamente o que Lhe dava prazer – morrendo para justificar os perversos como você e eu.
Então vamos ter respeito e nos maravilharmos essa manhã: “Nosso Deus está nos céus; Ele faz aquilo que Lhe dá prazer." Amém.
Deus Todo Poderoso e Misericordioso, nós Te louvamos por sua felicidade sem fim na união da Trindade; que Você é um Deus infinitamente exuberante; satisfeito com o panorama de suas perfeições refletidas na beleza de seu Filho. E nós te louvamos por ser livre e soberano em sua auto-suficiência que não pode ser subornado ou coagido devido a alguma deficiência ou desejo em Seu coração. Nós te louvamos, pois seu plano e conselho são governados não por nossa vontade, mas pelo Seu prazer.