A Morte Foi Esmagada pela Fraqueza
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Marshall Segal Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Michael Suzigan
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O Poder Magnífico da Cruz
E quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas, havendo cancelado o escrito dos decretos que contra nós havia, o qual de alguma maneira nos era contrário, e o tirou do meio de nós, encravando-o na cruz. (Colossenses 2:13-14)
Não havia fraqueza maior do que estar pregado na cruz. Suas mãos e pés fincados com pregos em agonia. Seu corpo despido e quebrado foi exposto para todos verem. Seus pulmões colapsando lenta e inevitavelmente — uma respiração excruciante de cada vez. Seus inimigos riam, se deleitando com sua morte. Seus amigos se retiram e se escondem. Ele morreu no meio de dois salteadores: aflição e humilhação.
O modo como os principados e potestades torturaram Jesus visava ampliar e degradar sua fraqueza. “E da mesma maneira também os principais dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo, diziam: salvou outros, a si mesmo não pode salvar-se.’ . . . E do mesmo modo o injuriaram também os salteadores que estavam crucificados com ele” (Mateus 27:41–44). Eles poderiam tê-lo matado em silêncio, mas queriam que o mundo inteiro visse o que Ele não podia fazer. Queriam que todos vissem o quão fraco Ele era na verdade.
Porém, o que parecia fraqueza não poderia ter sido mais forte. Ao tentar atacar um homem aparentemente indefeso, seus assassinos desencadearam toda a intensidade e brilho do poder divino. No momento de maior fraqueza, Jesus derrotou os dois inimigos mais intimidadores que você já conheceu: seu pecado e os exércitos de Satanás contra você.
A Fraqueza Suportou a Sua Condenação
O apóstolo Paulo escreve: “vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne . . .” (Colossenses 2:13). Não seremos gratos ao poder de Cristo se não reconhecermos o quão impotentes éramos (e somos) sem Ele. Estávamos mortos em nosso pecado — não doentes, não quebrados, não enganados, não defeituosos, mas mortos. Desde o dia em que nascemos, estamos deitados na própria cova que cavamos, com corações espiritual e emocionalmente incapazes de amar a Jesus. O pecado engoliu cada grama de nossa esperança, e mesmo assim amamos nosso pecado (João 3:19).
Mas Deus não abandonou nossas almas sem vida na cova. Paulo continua: “E quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas” (Colossenses 2:13). Deus enviou seu Filho, que engoliu cada grama de nosso pecado, carregando-o na cruz, absorvendo a ira que merecíamos e anulando uma dívida que nunca poderíamos pagar. Na riqueza de sua misericórdia, Deus nos amou com um grande amor (Efésios 2:4), mesmo depois de zombarmos e rejeitarmos esse amor.
Refletindo sobre essa misericórdia, Paulo ora para que possamos saber “qual é a suprema grandeza do seu poder em nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, a qual ele operou em Cristo, ressucitando-o dos mortos e o colocou à sua direita nos lugares celestiais” (Efésios 1:19–20). Se realmente soubéssemos o tipo de poder que Deus usou para reviver nossos corações outrora mortos, não tomaríamos nossa fé, nem o poder de Deus por garantidos. Jamais confundiríamos a cruz com fraqueza.
A Fraqueza Venceu a Guerra Contra Você
Mas Deus não derrotou apenas o nosso pecado na cruz. Com esses mesmos pregos, ele venceu sua longa guerra contra o mal, uma guerra que começou antes do nascimento da primeira criança. “E despojando os principados e potestades, os expôs publicamente à vergonha, e nela triunfou sobre eles” (Colossenses 2:14–15). Em seu momento de maior fraqueza, Cristo desarmou as forças mais poderosas do mal que o mundo já viu. Ele não apenas os desarmou, mas triunfou sobre eles. E não apenas triunfou sobre eles, mas os despojou.
Sabemos pouco sobre o poder que está abaixo da superfície que podemos ver — os principados e potestades das trevas que rondam, tentam, enganam e corrompem. O pecado que jaz à sua porta é apenas uma pequena parte de uma insurreição hostil e global contra o Criador do céu e da terra. Você vive consciente das enormes forças espirituais que se alinham diariamente contra a sua fé em Jesus?
“Não temos que lutar contra a carne e o sangue”, escreve Paulo, “mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste mundo, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Efésios 6:12). Por ora, lutamos contra forças muito maiores do que nós. Mas lutamos sabendo que nosso Salvador as desarmou com os pregos nas mãos e as derrotou com seu último suspiro. Lutamos sabendo que “porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.” (1 João 4:4).
Mesmo enquanto esperamos que nosso Rei retorne e acabe com o mal de uma vez por todas, sabemos que temos a vitória final em Cristo. Sua força, na fraqueza, suportou tudo o que uma vez nos condenou. O poder de sua cruz esmagou tudo o que poderia nos ameaçar.