Eu Não Consigo Fazer Isto, Deus
De Livros e Sermões BÃblicos
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Edição actual tal como 20h21min de 21 de maio de 2025
Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Mônica Couto Valadares
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Fracos, humildes, desprezados e improváveis são qualidades essenciais que Deus procura em seus servos, e ele escolhe essas qualidades com grande intencionalidade (1 Coríntios 1:27–29).
Não acredita em mim? Veja a estranha lista de qualificações que Deus deu para posições incrivelmente importantes na história:
- O Pai (e Mãe) do Povo da Aliança de Deus: casal; deve ser estéril e idoso (Gênesis 17:6, 8, 15–16);
- O Maior Rei de Israel: deve ser um pastor adolescente quando identificado (1 Samuel 16:11–13); deve ser um músico e poeta; deve viver como um fugitivo sob constante ameaça de assassinato por um período de anos (1 Samuel 20: 3);
- O Messias: deve ter experiência em carpintaria (Marcos 6:3); deve ser criado em uma cidade insignificante e desprezada (João 1:46); não deve ter educação teológica formal (João 7:15);
- Apóstolo Principal: deve ter experiência na indústria pesqueira; não deve ter educação teológica formal (Mateus 4:18; Atos 4:13);
- Teólogo-Chefe dos Apóstolos, Apologista e Missiologista: deve ser o perseguidor mais entusiástico dos Cristãos (Atos 8:3).
Podemos saber, abstratamente, que Deus gosta de usar a fraqueza e o quebrantamento. Podemos achar isso encorajador em uma história Bíblica ou biografia missionária. Podemos até ensinar ou pregar a outros sobre isso. Mas quando se trata de nossas próprias qualificações, é quase sempre uma surpresa desagradável e desconcertante que Deus queira destacar nossas fraquezas. É por isso que nós, assim como Moisés, às vezes desejamos que Deus possa apenas escolher outra pessoa para essa tarefa.
Mas Deus tem um propósito muito estratégico para este projeto. Um que, se o aceitarmos, fará com que as nossas fraquezas se tornem fonte de alegria, não de vergonha.
Tabela de conteúdo |
Senhor, Envia Outra Pessoa
Moisés foi outra das escolhas estranhas de Deus. O que estava na lista de qualificações de Deus para O Líder do Êxodo de Israel e o Maior Profeta da Antiga Aliança? Deve ser um membro Judeu da realeza Egípcia (Êxodo 2:10), deve cometer assassinato capital (Êxodo 2:12, 15), deve viver na obscuridade como um pastor fugitivo por quarenta anos (Êxodo 2:15; 7:7) — ah, e deve ser um medíocre orador público (Êxodo 4:10).
A história de Moisés é inspiradora, mas realmente precisamos nos colocar no lugar de Moisés, exatamente em frente àquela sarça ardente. Você se sentiria qualificado para enfrentar o Faraó e exigir a libertação de toda a sua força de trabalho escravo? Moisés certamente não. Ele tinha uma longa lista de objeções à escolha de Deus (Êxodo 3:13–4:12). E quando Deus não se moveu, Moisés finalmente saiu e disse: "Oh, meu Senhor, por favor, envie outra pessoa" (Êxodo 4:13).
Por favor, envie outra pessoa. Esta é a resposta medrosa de uma pessoa que não só sente mas sabe que é fraco demais para fazer o que Deus o designou a fazer. Sim, a resposta carece de fé, mas é uma análise precisa: em sua própria força, Moisés não será capaz de cumprir a tarefa. O tremor é completamente apropriado.
Você alguma vez se sentiu assim? Eu certamente já. Na verdade, tenho tendência a sentir mais agora na meia-idade do que quando era mais jovem, porque estou muito mais em contato com as minhas fraquezas e limitações. Hoje, tenho em meu currículo falhas na liderança do ministério e da família, em grande parte devido à minha confiança equivocada na minha própria sabedoria e capacidades. E reconheço essa tendência como uma falta de fé, mas posso me identificar com a preferência de Moisés de vagar com seus rebanhos pelas colinas tranquilas de Horebe, em vez de assumir a missão de Deus.
Senhor, tenho certeza de que há pessoas mais qualificadas do que eu para [em branco]. Eu realmente prefiro me esconder na segurança da obscuridade.
Deficiências Classificatórias
Esta resposta, embora humanamente compreensível, perde o ponto. Deus nunca nos chama para assumir qualquer responsabilidade no Reino, que sejamos capazes de realizar por nós mesmos. Não importa se alguém é chamado a confrontar o Faraó ou a amar o próximo o suficiente para compartilhar o evangelho com ele, ninguém pode fazer o que só Deus pode fazer: endurecer ou suavizar o coração humano (Romanos 9:18). Todo o poder pertence a Deus (Salmos 62:11). E a menos que seja Deus operando em nós "tanto o querer quanto o realizar, de acordo com sua boa vontade", todo o nosso trabalho será nada (Filipenses 2:13).
Se não tivermos uma sensação aguçada de nossa inadequação para qualquer missão que Deus nos confie, não estamos em contato com a realidade. Pois quando se trata de fazer qualquer coisa que se destina a mostrar a glória de Deus, fazer avançar o Reino de Deus, anunciar a sua palavra a um mundo resistente, ganhar e salvar pessoas perdidas, pastorear almas, combater poderes demoníacos e mortificar o persistente pecado que habita em nós, "Quem [no mundo] é suficiente para estas coisas?" (2 Coríntios 2:16).
As fraquezas são qualificações necessárias aos servos de Deus justamente por essa razão: tornar explícito, tanto para nós como para o mundo que nos observa, que nós não somos suficientes. Deus coloca seu "tesouro em vasos de barro, para mostrar que o poder que a tudo pertence provém de Deus e não de nós" (2 Coríntios 4:7). Nossas fraquezas — aquelas mesmas coisas com as quais nos envergonhamos e com as quais desejaríamos não ter de lutar, aquelas coisas que queremos esconder uns dos outros e do mundo, aquelas coisas que nos fazem querer pedir a Deus que envie outra pessoa — essas fraquezas são uma parte crucial da missão. Fazem parte da estratégia de Deus para se revelar ao mundo. É através das nossas fraquezas, mais do que das nossas forças, que Deus demonstra que existe e recompensa aqueles que nele confiam e buscam (Hebreus 11:6).
Vangloriar-se Alegremente na Fraqueza
Paulo, que todos sabemos ter muitos pontos fortes admiráveis, compreendeu esta verdade profunda e chegou ao ponto em que poderia dizer,
Desta forma, me gloriarei ainda mais nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Pelo amor de Cristo, então, satisfaço-me com fraquezas, insultos, dificuldades, perseguições e calamidades. Pois quando sou fraco, então é que sou forte. (2 Coríntios 12:9–10)
Não ouçam isso como se fosse dito por alguém tão imensamente dotado que esteja fora de contato com tipos de fraquezas humilhantes com as quais nós, meros mortais, lidamos. Provavelmente mal consigamos compreender o quanto as várias fraquezas de Paulo foram expostas e quantas privações aparentemente impossíveis, desgostos e tentativas fracassadas ele realmente experimentou. O que sabemos é que Jesus disse logo após a sua conversão, "mostrarei a ele o quanto deve sofrer por causa do meu nome" (Atos 9:16).
O sofrimento e a exposição da fraqueza de Paulo não eram punitivos porque ele havia perseguido Cristãos. Jesus já tinha pago por isso. Melhor, eles foram uma maneira significativa pela qual a força de Deus foi revelada ao mundo — tanto que Paulo se tornou um alegre fanfarrão de forma que o fazia parecer fraco. Porque em suas fraquezas, as pessoas viam que a única força que ele tinha vinha de Deus.
Por Que Você É Fraco
É por isso que temos as nossas fraquezas. Elas são, talvez mais do que as nossas forças, o que nos qualificam para servir onde Deus nos coloca no seu Reino. E nada nos ensina a dependência na oração como o desespero que resulta em ser designado para fazer o que você não consegue fazer sem Deus.
Os humanos ficam impressionados com toda a gama de forças humanas. Mas Deus só se impressiona com uma força humana: fé resistente. Porque a fé é uma dependência da força de Deus. É por isso que, quando Deus nos chama para os nossos vários e diversos papéis no seu Reino, ele se certifica que os nossos chamados ofereçam muitas oportunidades para expor as nossas fraquezas. Quanto mais entendemos o porquê, mais essas oportunidades se tornam ocasiões de alegria, em vez de vergonha.