Um Chamado para Coragem em Masculinidade e Feminilidade na Bíblia

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English: A Call for Courage on Biblical Manhood and Womanhood

© Council of Biblical Manhood and Womanhood

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Por Al Mohler Sobre Masculinidade e Feminilidade
Uma Parte da série JBMW

Tradução por Rodrigo Silva

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As linhas falhas da controvérsia no cristianismo contemporâneo variam através de um vasto território de questões, mas nenhum parece tão volátil quanto a questão do sexo. Como os cristãos têm pensado e repensado essa questão em anos recentes, um claro padrão de divergência apareceu. O que está em jogo nesse debate é algo mais importante que a questão do sexo, pois essa controvérsia atinge as questões mais profundas da identidade cristã e da autoridade bíblica.

Por muito tempo, aqueles que se reiteram ao entendimento tradicional de masculinidade e feminilidade, profundamente enraizado na Escritura e na tradição permitiram-se ser empurrados para uma postura defensiva. Dada o espírito predominante da idade e a enorme pressão cultural para a conformidade, tradicionalistas são agora acusados de serem infortunadamente fora do passo e desatualizados. Agora é uma boa hora para reconsiderar as questões básicas para esse debate e reafirmar os argumentos para masculinidade e feminilidade bíblica.

A questão mais básica nessa controvérsia desce a isso: Deus criou os seres humanos como macho e fêmea com uma intenção revelada de como devemos nos relacionar uns com os outros? O mundo secular está agora profundamente comprometido com a confusão nesses assuntos. Negando o Criador, a visão mundial secular entende que o sexo nada mais é do que um derivado acidental do cego processo evolucionário. Portanto, sexo é reduzido a nada mais que biologia e, como as feministas famosamente debateram, biologia não é destino.

Essa rebelião radical contra o modelo de sexo divinamente desenhado alcançou agora os limites afastados da imaginação.

Se o sexo é nada mais que um acidente biológico, e se os seres humanos não são portanto moralmente destinados a levar o sexo tão significativamente, então os teoristas radicais do sexo e os que advogam em favor dos direitos do homossexual estão então corretos. Porque, se o sexo é meramente incidental para nossa humanidade básica, então nós devemos ser livres para fazer qualquer ajuste, alteração ou transformação em relações do sexo que qualquer geração possa desejar ou requerer.

A visão mundial pós-moderna abraça a noção do sexo como uma construção social. Isto é, pós-modernistas argumentam que nossa noção do que significa ser macho e fêmea é inteiramente devido ao que a sociedade construiu como suas teorias de masculinidade e feminilidade. É claro, a construção social de toda verdade é central para a mente pós-moderna, mas quando a questão é sexo, os argumentos se tornam mais voláteis. O argumento feminista é reduzido à alegação de que forças patriarcais na sociedade definiram homens e mulheres de forma que todas as diferenças atribuídas às mulheres representam o esforço dos homens em proteger sua posição de privilégio.

É claro, a difusão dessa teoria explica porque o feminismo radical deve necessariamente se unir à agenda homossexual. Pois, se o sexo é construído socialmente, e portanto as diferenças entre homens e mulheres não são mais que uma convenção social, então heterossexualismo se torna nada mais que uma forma culturalmente privilegiada de sexualidade.

A utopia visada pelos feministas ideológicos seria um mundo livre de qualquer consideração pelo sexo - um mundo onde masculinidade e feminilidade são apagados como noções antiquadas, e uma era onde as categorias de macho e fêmea são maleáveis e negociáveis. Na visão pós-moderna todas as estruturas são plástico e todos os princípios líquido. A experiencia de eras passadas tem nos moldado a acreditar que homens e mulheres são distintos de maneiras significantes, mas nossa nova era liberal vai prometer nos libertar de tais concepções erradas e nos apontar em direção a um novo mundo de consciência transformada do sexo.

Como Elizabeth Elliot uma vez refletiu, 'Através dos milênios da história humana, até as duas últimas décadas ou próximo disso, as pessoas tinham por certo que as diferenças entre homens e mulheres eram tão óbvias que não era necessário qualquer comentário. Elas aceitavam o modo que as coisas eram. Mas nossas idéias simples tem sido atacadas e confundidas, nós perdemos nosso referencial em uma neblina de retórica sobre alguma coisa chamada igualdade, de maneira que eu me encontro numa desconfortável posição de ter que insistir com pessoas instruídas sobre algo que já foi perfeitamente óbvio ao mais simples camponês.'

Em resposta a isso, tradicionalistas seculares argumentam que a experiência histórica da raça humana confirma importantes distinções entre homens e mulheres e papéis diferentes para os dois sexos na família e também na sociedade. Os tradicionalistas seculares tem a história ao seu lado e nós devemos reconhecer que sua alegação de autoridade é embasada na sabedoria acumulada de muitas eras. Como evidência, esses tradicionalistas iriam apontar o padrão consistente de casamentos heterossexuais através das culturas, e a realidade histórica inegável de que homens tem predominado em posições de liderança e que os papéis das mulheres tem sido largamente definidos ao redor da casa, filhos e família. Assim, esses tradicionalistas alertam que o feminismo apresenta uma ameaça à ordem social e que a consciência transformada do sexo que os feministas demandam conduziria à uma anarquia social.

Claramente os tradicionalistas vem ao debate com um argumento forte. Eles tem a historia do lado deles e nós devemos reconhecer que a experiência histórica da raça humana não é insignificante. Alguns dos mais honestos pensadores feministas reconhecem que o seu maior objetivo é reverter esse padrão histórico e muito do seu conhecimento é direcionado em identificar e eliminar esse padrão patriarcal no futuro. O problema com o tradicionalismo secular é que o seu argumento é, no final, essencialmente secular. Seu argumento é reduzido à alegação que a sabedoria herdada da experiência humana aponta para uma obrigação e um imperativo moral que deveria informar o presente e o futuro. No final, esse argumento, embora poderoso e aparentemente significativo, falha em persuadir. Indivíduos modernos foram treinados de berço em acreditar que cada geração se faz de uma nova maneira e que o passado é realmente passado.

A ética moderna de liberação, agora tão profundamente e completamente incrustada na mente moderna, sugere que as tradições do passado podem ser uma prisão da qual a geração atual deveria se libertar. Aí é quando tradicionalistas bíblicos devem entrar no debate com vigor. Nós compartilhamos muito terreno comum de argumento com os tradicionalistas seculares. Tradicionalistas bíblicos afirmam que a experiência histórica da humanidade deveria ser informativo ao presente. Nós também afirmamos que o padrão contínuo de papéis diferentes entre homens e mulheres, combinados com a centralidade da família natural, apresentam um argumento constrangedor que deveria ser entendido como ambos descritivo e prescritivo. Entretanto, o argumento mais fundamental dos tradicionalistas bíblicos vão muito além de história.

Nessa era de confusão desenfreada, nós devemos recapturar o conceito bíblico de masculinidade e feminilidade. Nossa autoridade deve ser nada mais do que a revelada na Palavra de Deus. Nessa luz, o padrão da história afirma o que a Bíblia inquestionavelmente revela - que Deus criou os seres humanos a sua imagem como macho e fêmea, e que o Criador revelou sua gloria nas semelhanças e também nas diferenças pela qual ele estabelece seres humanos como macho e fêmea.

Confrontado pela evidência bíblica, nós devemos fazer uma decisão interpretativa de vital importância. Nós devemos escolher entre duas invitáveis opções: ou a Bíblia é confirmada como a inerrante e infalível Palavra de Deus, e assim apresenta a visão compreensiva da verdadeira humanidade na unidade e também na diversidade, ou nós devemos alegar que a Bíblia é, em um âmbito ou outro, comprometida e encurvada por um preconceito patriarcal e macho-dominante que deve ser superado em nome da humanidade.

Para tradicionalistas bíblicos a escolha é clara. Nós entendemos que a Bíblia apresenta um bonito retrato de complementaridade entre os sexos, com tanto homens quanto mulheres, encarregados de refletir a glória de Deus de uma maneira distinta. Deste modo, existem distinções muito reais que marcam a diferença entre masculinidade e feminilidade, macho e fêmea. Firmados na autoridade bíblica, nós devemos criticar ambos o presente e o passado quando o padrão bíblico foi comprometido ou negado. Da mesma forma, nós devemos direcionar nós mesmos, nossas igrejas e nossos filhos para o futuro, afirmando que a glória de Deus está em risco em nossa resposta à obediência ou desobediência ao Seu intento.

Por muito tempo, aqueles que se apegaram ao padrão bíblico de distinção dos sexos se permitiram ficar em silêncio, marginalizados, e embaraçados quando confrontados por novos teoristas do sexo. Agora é a hora de recapturar o momento, constranger as perguntas, e mostrar a essa geração o intento de Deus no conceito bíblico de masculinidade e feminilidade. A glória de Deus é mostrada ao mundo na complementaridade de homens e mulheres. O desfio crucial é uma convocação à ousadia cristã na hora presente.