Três Lições Sobre Amar Uns aos Outros

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English: Three Lessons on Loving One Another

© Desiring God

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Por Jonathan Parnell Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Lucas Torres

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A cena não poderia ter sido mais desfavorável: uma sala mal iluminada, estômagos cheios e os pés sujos de uma dúzia de homens adultos. Não é aqui que você esperaria encontrar uma das maiores lições do mundo sobre amar uns aos outros.

Mas foi aqui, no entanto, no cenáculo de uma casa comum na Palestina do primeiro século, na noite anterior à morte de Jesus, que aprendemos a viver juntos como Igreja neste mundo. O apóstolo João nos conta a história, mostrando-nos três partes inesquecíveis.

1. Coloque um avental sobre a autoridade

O apóstolo é tão claro aqui. Ele quer que saibamos o tempo de quando esse evento ocorreu. Foi antes da Festa da Páscoa, quando Jesus sabia que estava prestes a partir deste mundo, quando Judas já estava conspirando para traí-Lo, quando Jesus entendeu que o Pai lhe dera toda a autoridade e Seu ministério terreno estava quase terminado. Vemos esse contexto em João 13:1–3, e tendo tudo isso em mente, lemos: “[Jesus] levantou da ceia. Ele deixou de lado suas vestes externas e, pegando uma toalha, amarrou-a em volta da cintura” (versículo 4).

Este não é o cenário para uma palestra elegante. Jesus, sabendo que é o Senhor soberano sobre tudo, veste um avental e se prepara para lavar os pés sujos de Seus discípulos.

Esta é uma imagem do paradoxo cristão — aquela dimensão maravilhosa, confusa e de cabeça para baixo do evangelho que não poderíamos inventar. É especialmente importante para as igrejas locais que podem facilmente aderir à mentalidade moderna de que maior é melhor. Pode parecer que a operação mais impressionante é a mais sofisticada, ou que o valor distinguível é realmente encontrado nos sinos e assobios. Mas então Jesus diz que o último é o primeiro, e o menor é o maior. Ele nos aponta para uma semente de mostarda — essa semente minúscula e incrivelmente inexpressiva que, uma vez plantada e crescendo, se torna uma árvore tão grande que os pássaros fazem dela sua casa (Mateus 13:31).

O Senhor soberano lavando os pés de Seus seguidores — essa dimensão de cabeça para baixo do evangelho — redefine a natureza dos relacionamentos. Onde o mundo tem suas fileiras de alto perfil, o Rei da glória veste um avental. Isso significa que nós, Seu povo, nunca somos importantes demais para relacionamentos comuns.

2. Faça o que Jesus fez

João também deixa isso claro para nós: fazermos o que Jesus fez. Jesus serviu Seus discípulos e nos diz, portanto, que devemos servir uns aos outros. “Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15).

Jesus diz que sua humildade é um exemplo para nós — que façamos o que Ele faz. E isso significa que uma das maneiras pelas quais nos identificamos com nosso Salvador é cuidando dos outros da mesma maneira que Ele cuida de nós. Mostramos ser Seus discípulos quando nos humilhamos e buscamos o bem dos outros às nossas próprias custas.

Isso é importante porque há um grau de sofrimento que experimentaremos ao servirmos uns aos outros. Sempre custa algo buscar o bem de outra pessoa, e haverá momentos em que parece que não estamos obtendo nenhum retorno sobre nossos investimentos. Nesses momentos, por causa do exemplo de Jesus, sabemos que isso não significa que devemos desistir, mas, em vez disso, perseveramos e seguimos em frente. Quando o servir fica especialmente difícil, não devemos necessariamente servir menos, mas talvez mais. E ao fazer isso, nos aprofundamos em Jesus.

Considere o contexto do próprio serviço de Jesus em João 13. Olhe para o grupo sentado ao Seu redor. João certamente nos dirá, bem no meio de tudo isso, como Judas está no processo de trair Jesus. E então Pedro, que é tão vocal, logo negará Jesus. Vemos algo aqui que é verdadeiro para o ministério mais amplo de Jesus: você não precisava alcançar um certo status de amizade para que Jesus o servisse. Ele lavou os pés de Seus discípulos sabendo o tempo todo que em breve, no jardim onde Ele seria preso, todos se dispersariam.

3. Conheça o Novo Mandamento

A instrução e o exemplo de Jesus agora se tornam um mandamento genuíno — um novo mandamento (João 13:34). O significado por trás de servirmos uns aos outros é o nosso amor uns pelos outros. A igreja ama uns aos outros, mesmo de maneiras mais profundas do que a família de carne e osso.

Isso tem que ser verdade para minha família conseguir. Anos atrás, em uma mudança de uma escola para outra, minha esposa e eu realocamos nossa família crescente com base nas palavras de Jesus em Marcos 3:35: “Todo aquele que faz a vontade de Deus é meu irmão, irmã e mãe.” Deixamos uma base leal que nos amava há anos — sem mencionar um suprimento infinito de babá gratuita — para vir a uma comunidade que realmente não conhecíamos. Tudo o que sabíamos era que eles seguiam Jesus e, se o que Jesus diz é verdade, ficaríamos bem. Mais práticas do que qualquer outra coisa que já experimentei, as palavras de Jesus foram verdadeiras. Vivemos onde vivemos principalmente porque a família de Jesus é um grupo que se ama.

E quando isso acontece, Jesus diz que todas as pessoas saberão que somos Dele. Nosso amor uns pelos outros é um testemunho de nossa identidade como filhos e filhas redimidos de Deus. Este é um quebra-cabeças para aqueles de nós que pensaram muito na missão e na estrutura da igreja local. Muitas vezes tendemos a pensar em alcance e extensão como dois braços diferentes da igreja, ambos se estendendo em direções opostas, fazendo suas próprias coisas; mas então Jesus vem e diz que um não pode existir sem o outro. Uma igreja que é “missionária” e quer tornar Jesus conhecido em sua comunidade deve ser uma igreja que ama uns aos outros. E uma igreja que é intencional sobre amar uns aos outros não pode deixar de ser uma igreja que torna Jesus conhecido. É assim que funciona.

E é assim que vivemos juntos como igreja neste mundo: vamos contra as expectativas da sociedade, ajudamos uns aos outros quando dói e nos amamos para representar nosso Rei.