O Segredo para se Libertar do Pecado Corriqueiro

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English: The Secret to Breaking Free from Habitual Sin

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Por Jon Bloom Sobre Santificação e Crescimento

Tradução por Michael Suzigan

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Continuamos a cair no mesmo pecado quando não acreditamos que a santidade nos fará genuinamente mais felizes do que ceder novamente. Muitos outros fatores podem nos influenciar, mas na raiz do pecado corriqueiro está uma batalha não por autocontrole, mas por felicidade. O que acreditamos e queremos, no fundo de nossos corações, realmente importa.

Quando meus dois filhos mais velhos eram adolescentes mais jovens, eles faziam o que a maioria dos adolescentes mais jovens faz (incluindo meus três adolescentes restantes). Eles vasculhavam a despensa, a geladeira e o freezer em busca de carboidratos vazios à base de açúcar. Se eles não os encontrassem, corriam para restaurantes de fast-food e lojas de conveniência. Minha esposa e eu insistíamos para seguirem dietas mais equilibradas, falando sobre os efeitos negativos de tais alimentos no corpo e na mente baseados na ciência, mas com pouco sucesso.

Então, por volta dos 17 ou 18 anos, de repente eles começaram a comer alimentos saudáveis e nutritivos e a evitar comida industrializada. Na verdade, eles começaram a superar seus pais e incentivar o resto da família sobre a importância de comer bem. Agora, com vinte e poucos anos, eles comem muito melhor do que eu na idade deles.

O que aconteceu com eles? De fato, não é que eles deixaram de ser ignorantes para serem informados. Eles sabiam, mesmo quando crianças, que comida industrializada era “ruim” para eles e que vegetais eram “bons”. O que faltava era a crença de que comer vegetais realmente os deixaria mais felizes a longo prazo do que comer comida processada agora. Então eles passaram pelo “despertar” de que a longo prazo alimentos nutritivos trariam maior satisfação do que carboidratos vazios, em vários aspectos. Foi aí que eles começaram a mudar o que comiam.

O despertar deles dá uma ilustração útil de por que frequentemente somos derrotados por um pecado corriqueiro: escolheremos pecar permanentemente enquanto acreditarmos que escolher não pecar é escolher menos felicidade.

Tabela de conteúdo

O Pecado Pode Ser Bastante Simples

Agora, eu sou um pecador muito experiente (como você), então eu sei o quão reducionista isso pode soar. Há muitos fatores que contribuem para que continuemos cedendo ao pecado, mesmo que pensemos que não queremos. O pecado é bastante complexo, não é?

Na verdade não. O pecado pode criar ilusões complexas e resultar em todos os tipos de complexidade. Mas, em sua essência, o pecado é bem simples.

O apóstolo João explica isso em quatro palavras: “Toda iniquidade é pecado” (1 João 5:17). Sim, mas nossas motivações e influências para fazer o que é errado não são complicadas e confusas? Bem, o apóstolo Tiago diz: “Porém cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado” (Tiago 1:14–15). Sem muitas qualificações. Sem muitas racionalizações. Sem muitas complicações.

Se acharmos que isso se deveu à ignorância de Tiago sobre fatores psicológicos, sociológicos, biológicos ou familiares que nos influenciam a pecar, estaremos enganados. Ele pode não ter tido a abundância de dados científicos disponíveis hoje, mas ele conhecia os seres humanos. Sua epístola é repleta de observações penetrantes sobre nosso funcionamento interno. Na verdade, acho que ele via mais claramente dentro de nós do que a maioria dos ocidentais do século XXI. Tiago simplesmente viu o que é o pecado em sua essência.

O Pecado em seu Âmago

Cada pecado, cada transgressão, não importa de que tipo — seja em comportamento ou nutrido secretamente em algum lugar sombrio do nosso coração (Mateus 5:28) — é uma manifestação de algo em que acreditamos. Todo pecado nasce da crença de que desobedecer a Deus (fazer o mal) produzirá um resultado mais feliz do que obedecer a Deus (fazer o certo). Isso é verdade estando ciente ou não disso. Ninguém peca por dever.

Cada pecado é uma versão repetida, uma reprise do pecado humano original, quando nossos antepassados comeram o fruto da árvore proibida. Por que eles fizeram isso? Será que eram ignorantes? Não. Deus lhes disse diretamente que comer o fruto seria errado e que eles ficariam muito mais felizes caso se abstivessem de comer (Gênesis 2:16–17). Mas Satanás desvirtuou as palavras e motivos de Deus e disse que eles seriam muito mais felizes se comessem.

Eles ponderaram sobre as duas afirmações e fizeram sua escolha. Eles viram que a árvore era “boa para se comer” (“o desejo da carne”), “agradável aos olhos” (“o desejo dos olhos”) e “desejável para dar entendimento” (“o orgulho da vida”, Gênesis 3:6; 1 João 2:16). Eles comeram pela satisfação que acreditavam (erroneamente) estar diante deles.

Escolhemos no que Acreditamos

Não era errado que Adão e Eva fossem motivados pela alegria, assim como não era errado que Jesus fosse motivado pela alegria (Hebreus 12:2). É por isso que escolhemos fazer ou não qualquer coisa.

Se nos for dada a escolha, escolhemos o que acreditamos que nos tornará mais felizes do que somos, ou menos infelizes do que somos — mesmo que o conhecimento em nossa cabeça nos diga que nossa escolha está "errada". Como Blaise Pascal disse: "O coração tem suas razões, que a razão desconhece". E Pascal sabia o que impulsionava as razões do coração: “Todos os homens buscam a felicidade. Sem exceção." Deus nos fez assim.

O que tornou isso errado foi onde Adão e Eva tentaram encontrar alegria, onde depositaram sua fé. Eles acreditaram na promessa de alegria de Satanás em detrimento da promessa de alegria de Deus . Pois “tudo o que não é da fé [em Deus] é pecado” (Romanos 14:23). E “todo aquele que se aproxima de Deus deve crer . .. que Ele é o galardoador daqueles que o buscam” (Hebreus 11:6).

Se Livrando do Pecado Corriqueiro

Quando estamos presos no pecado corriqueiro ou que nos assola, nosso problema, em sua essência, pode ser simples. O que nos mantém aprisionados é uma crença enganosa sobre o que nos fará felizes.

Sei das objeções que podem surgir. Muitas vezes “sabemos” que um pecado é destrutivo para nós e para os outros. Podemos detestar o pecado de certas maneiras e sentir vergonha por isso. Podemos ter um desejo sincero de nos libertarmos e sentir que não podemos, como se estivéssemos escravizados por ele — e, de certa forma, estamos(João 8:34). Estas são as consequências e ilusões complexas que o pecado cria.

A verdade é, no entanto, que somos escravizados, pois acreditamos que desistir do pecado é aceitar viver com menos felicidade ou mais tristeza. Como meus filhos agora adultos acreditavam: comer comida industrializada pode ser "ruim" para eles, mas a vida era mais feliz comendo comida "ruim" do que comendo comida "boa". Isso não mudou até que sua crença sobre a felicidade nutricional mudou. Quando mudou, o poder da comida industrializada começou a perder o controle sobre eles.

O pecado corriqueiro não é fundamentalmente derrotado pelo poder da abnegação, mas pelo poder de um desejo maior. Naturalmente, a abnegação é necessária, mas ela só é possível — especialmente a longo prazo — quando é alimentada por um desejo de uma alegria maior do que a que negamos (Mateus 16:24–26).

Como se Libertar

O segredo para nos libertarmos do aprisionamento do pecado corriqueiro começa com um exame em oração, rigoroso e honesto das promessas satânicas em que acreditamos — e das promessas melhores que Deus fez. Quais promessas realmente trarão a maior e mais duradoura felicidade se forem verdadeiras? E qual fonte de promessas tem a credibilidade mais comprovada?

Então devemos renunciar às mentiras em que acreditamos, arrepender-nos perante a Deus por ter acreditado persistentemente nelas e começar a exercer fé nas promessas de Deus por meio da obediência a Ele — “[produzindo] frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3:8).

Como eu disse, esse é apenas o começo. Não prometo que será fácil a partir daí. Muitas vezes é muito difícil, porque a percepção sobre nossas falsas crenças por si só não as destrói. Muitas vezes, crenças falsas arraigadas moldaram nossas percepções e comportamentos instintivos e, portanto, levam um tempo considerável e esforço proposital para mudar. Isso não é chamado de "combate da fé" atoa (1 Timóteo 6:12).

Mas eu digo o seguinte: quanto mais convencido você se tornar de que Deus é a fonte de todas as maiores alegrias para você, mais decidido você se tornará a lutar por elas, e mais fácil a luta se tornará com o tempo. Mas, a menos que você se convença, em certa medida, de que isso é verdade, o poder de seus pecados corriqueiros te manterá cativo.