Reconhecer as fraquezas mudará a sua vida
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Jonathan Parnell Sobre Encorajamento
Tradução por Vitor Visconti
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Aquiles era um cruel guerreiro, e tinha uma estória complicada. Na Ilíada, de Homero, nós o observamos, no final da guerra de Tróia, surgir como personagem preeminente. Sua estória completa é melodramática o suficiente para fazer o centro de Abbey corar, mas basta dizer que ninguém foi como ele. Aquiles, ao mesmo tempo que embriagado de raiva, era meticuloso em sua habilidade quando liderou os gregos na batalha. Mas muitos de nós provavelmente o conhecemos só por causa de seu calcanhar.
Aquiles não morre na estória de Homero, mas uma lenda grega conta que depois ele sofreu um ferimento mortal no calcanhar. O "tendão de Aquiles," como é chamado hoje em dia, tornou-se uma das mais populares expressões da cultura ocidental. Ela se refere a um ponto fraco que leva uma pessoa à derrota.
Mas essa ideia vem da mitologia grega, e não da realidade cristã.
A sabedoria de Deus nos dá outro ponto de vista . Aqueles que acreditam em Jesus não têm um tendão de Aquiles - nós somos o próprio tendão.
Eis o que quero dizer: A mitologia grega nos mostra um guerreiro invencível que possuí uma fraqueza, que quando explorada, o leva à derrota; a realidade Cristã nos mostra um servidor dependente e cheio de fraqueza, que quando explorada, O leva à vitória.
Essa é a nossa estória. É nesse caminho que Jesus resplandece (1 Pedro 2:21). Um herói morto por vilões. A vitória através da perda. A vida nasceu da morte. A conquista foi realizada através de sofrimento. A noite mais escura da estória deu lugar à manhã mais brilhante. Na economia de Deus, nossa fraqueza é um dos nossos maiores bens.
Definindo fraqueza
O que queremos dizer com fraqueza? A palavra tem um sentido tão amplo, que devemos esboçar algum tipo de definição antes de continuarmos. Primeiramente, vamos deixar claro o que não é fraqueza. O conceito bíblico de fraqueza não se refere às coisas em que não somos bons. Nós costumamos pensar assim. Seria mais fácil se as fraquezas estivessem nas coisas que não gostamos de fazer. Mas é muito mais ampla do que isso. Não podemos simplesmente ficar nos remoendo.
A fraqueza está em todo o Novo Testamento. Jesus disse aos seus discípulos que, ao contrário do espírito, a carne é fraca (Marcos 14:38). Lucas, na voz de Paulo, chama de fracos aqueles que são economicamente desprovidos (Atos 20:35). Os crentes Coríntios eram fracos no sentido social. (1 Coríntios 1:26-27). O livro dos romanos nos conta que Jesus morreu por nós enquanto ainda éramos fracos, isto é, enquanto éramos infiéis não tínhamos a possibilidade de merecer o menor bem (Romanos 5:8). Mas também somos fracos quando rezamos, quando nos faltam palavras ou conhecimento (Romanos 8:26). E também há os Cristãos que são fracos ao não evitar o julgamento alheio (Romanos 14:1-4). Lance também nessa lista as enfermidades físicas que Paulo parece citar em Coríntios (2, 10:10), o espinho na carne em Coríntios (2, 12:7), e na litania de dissabores em Coríntios (2, 12:10). De uma forma ou outra, nós sentimos o que a Bíblia diz a respeito da fraqueza.
O contexto, é claro, determina o significado específico de fraqueza, mas todos os seus usos estão ligados à ideia geral de deficiência. Se houvesse uma explicação geral para o termo, ele não seria o suficiente. Fraqueza significa não termos o que é necessário. Significa que não somos soberanos, oniscientes ou invencíveis. Não estamos estamos controlando e não sabemos de tudo, e podemos ser parados. Fraqueza significa que precisamos de Deus, desesperadamente. E pedido feito para a minha própria alma e para a sua, é que devemos reconhecer nossas fraquezas, e não desprezá-las.
O impacto ao reconhecer as fraquezas
Quando nós reconhecemos nossas fraquezas, significa que nós nos olhamos tempo suficiente para saber que não podemos fazê-lo sem olhar para Outro. Reconhecê-las significa que sabemos que precisamos muito de Deus. Essa descoberta, mesmo que não muito entusiasmante para nós, se recusa a nos deixar a sós até que mudemos, afetando nossa igreja, nossa comunhão, e nossa delegação. Para ser mais específico, aqui estão três maneiras de como essa admissão pode nos impactar.
1. Admitir nossas fraquezas significa que os dons espirituais são um grande negócio.
A igreja é uma comunidade sobrenatural, e nós não fazemos nada de sobrenatural – Deus o faz. Nós somos muitos fracos para fabricar o trabalho da construção da fé, para o qual somos chamados, não importa quão única seja a nossa personalidade. Vem de outro lugar, ou seja, como se diz em Efésios 4:7–13, o Cristo renascido.
Nessa passagem, Paulo cita o Salmo 68 e retrata Jesus como um rei vitorioso que dispensa os despojos do seu triunfo. A ascenção de Cristo foi sua procissão monárquica até o trono de Zion, depois de derrotar o pecado e a morte. Essa procissão foi mais do que apenas clarões e coros de aleluia. O rei é um conquistador. Ele tem cicatrizes. E um dos frutos dessa cicatriz é o dom de ensinar do nosso pastor. Ou a sabedoria relativa do líder do seu pequeno grupo. Ou as palavras encorajadoras da Senhora Betty.
Quando nós vemos a vitória de Cristo nos dons de outros, nos tornamos mais gratos do que críticos. Nós celebramos ao invés de hesitarmos. Somos muitos mais movidos pelo poder avassalador de Deus, do que deslocados por nossas preferências arbitrárias. Jesus morreu por aquele dom. Ele morreu para vocês terem aquele dom, e para que vocês se apoiem nele. É um grande negócio.
2. Reconhecer nossa fraqueza nos dá mais poder, vigor e paz em nosso relacionamento com Deus.
Vigor e paz é o que John Owen diz estar em jogo, caso não mortifiquemos o nosso pecado. O vigor é a ideia da nossa atividade cega. É o nosso trabalho em Deus. Paz é o que há nas profundezas de nossas almas. É a personagem de nossas silenciosas preces.
Reconhecer nossas fraquezas traz uma onda de vigor, porque percebemos que o nosso trabalho deve estar nas mãos de Deus, não nas nossas. É como trocar uma bicicleta por uma Ferrari – há mais cavalos de potência.
Reconhecer nossas fraquezas traz maior paz porque nós percebemos, de outra maneira, que Deus nos ama por Sua graça, e não porque somos fortes. Nossa alegria não reside em nossa habilidade, mas na aprovação que Deus nos dá em Cristo, aquele no qual Ele nos escolheu antes que eras se iniciassem, de acordo com seu propósito e graça (2 Timothy 1:9).
3. Reconhcer nossas fraquezas maximiza nosso florescimento.
Quando nós estamos presos dentro de nós, criamos um limite para o potencial de Deus. Definimos possibilidades com nossas capacidades, e não aquelas do Senhor. Se você se observar por muito tempo, sua capacidade de sonhar vai se reduzir a zero. Essa é uma forma segura e triste de se viver: impedindo os seus sonhos de irem da além da sua certeza, para aquilo que você deseja. É também um sinal de que você se sentiu mais forte do que realmente é.
Saber que somos fracos arruína a autosuficiência. Nós confessamos que somos indivíduos severamente danificados que não têm esperança de fazer qualquer bem permanente nesse mundo a menos que um Deus que pode erguer os mortos trabalhe através de nós. E é apenas isso – um Deus que levanta os mortos trabalha através de nós. A imensurável grandeza do seu poder diante de nós está de acordo com o poder que ele usou em Cristo, quando o ressucitou e o deixou sentar em sua mão direita, no céu (Efésios1:19-20).
Quando reconhecemos nossas fraquezas, sabemos que o trabalho de Deus deve ser feito sob o poder de Deus. E se está em Deus, podemos sonhar alto. Ele é forte o suficiente para fazer o que quiser (Salmos 135:6). Ele é bom o suficiente por não poupar seu próprio Filho, embora nos dê a todos (Romanos 8:32). E com um Deus com aquela força e aquele bem, devemos nos perguntar: O que estamos pedindo a Ele? Na nova terra e novo céu, quando nossa fé se tornar visível, e nós contemplarmos a glória de Cristo, não pensaremos como pensamos agora, dizendo, " Sabe, meus sonhos de glória a Deus foram muito grandes."
Nós nunca diremos isso. Porque essa é a realidade cristã, e não mitologia grega.