Qual é o seu único conforto?

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English: What is Your Only Comfort?

© Ligonier Ministries

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Por Kim Riddlebarger Sobre Perseverança dos Santos
Uma Parte da série A Pastor's Perspective

Tradução por Flavia Martins dos Santos

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De toda a era de Reforma do Catequismos, talvez nenhuma delas seja tão amada quanto o Catequismo de Heidelberg. Na pergunta e resposta de abertura, o tom pessoal e distinto do catequismo se torna evidente. “Qual é o seu único conforto na vida e na morte?” Essa não é uma pergunta teórica — “O que seria necessário se Deus fosse confortar os pecadores?” Ao invés disso, essa é uma pergunta prática — “Como ter conforme uma vez que esteja vivo e depois quando morrer?”

A palavra chave na pergunta de abertura é a palavra conforto (Alemã trost). A palavra se refere à nossa certeza e confiança no trabalho final do Cristo. Esse conforto se estende por toda a vida e até mesmo na hora da morte. Como um dos autores do catequismo (Zacharius Ursinus) coloca em seu comentário sobre catequismo, esse conforto exige “a segurança da liberdade de remissão do pecado, e da reconciliação com Deus por Cristo e em nome Dele, e certa expectativa de vida eterna; enfatizada em coração pelo Espírito Santo através do Novo testamento, para que nós não tivéssemos nenhuma dúvida além de que estamos salvos para sempre, de acordo com a declaração do apóstolo Paulo: Quem pode nos separar do amor do Cristo?” Note que o catequista menciona o nosso “único” conforto. Não existe nenhum outro tipo de conforto e segurança a ser encontrada a não ser o Cristo.

Respondendo a pergunta de abertura, o catequismo declara que “eu, em corpo e alma, tanto em vida e em morte,” terei esse conforto. Uma paráfrase dos Romanos 14:7–8 aqui nós somos relembrados que o cuidado de Deus se estende a nós por toda a nossa vida. Cristo removeu a maldição; existe a segurança da salvação nesta vida e na ressurreição de nossos corpos no final da idade (ver Q & A 57–58). Esse conhecimento nos conforta agora e nos prepara para aquilo que está por vir...

Nosso conforto deriva do fato que “Eu não sou o meu dono.” Essas palavras são tiradas de 1 Coríntios 6:19–20: “Você não é o seu dono, pelo fato de você ter sido trazido por um preço. Então glorifique à Deus em seu corpo.” Nós somos de Cristo, e Ele fará conosco aquilo que Ele quiser. Esse conforto é baseado no fato de que Deus é soberano e tem o poder de fazer da maneira que Ele prometeu.

Esse fato maravilhoso é melhor mencionado na próxima parte da resposta. “Mas [eu] pertenço ao meu fiel Salvado Jesus Cristo.” O catequista nos tira da direção de nossa fé (a subjetiva) para a obediência de Cristo— meu “fiel” Salvador (a objetiva). Cristo cumpriu toda a justiça de Deus e morreu pelos nossos pecados e na cruz por mim. Os detalhes da obediência de Cristo são mencionados em maiores detalhes na próxima parte da resposta: “aquele que com Seu sangue precioso.” Essas palavras vêm de 1 Pedro 1:18–19: “… sabendo que vocês foram libertados das maneiras fúteis herdadas de seus antepassados, não com coisas perecíveis como prata e ouro, mas com o sangue precioso de Cristo, como aquele do carneiro sem cicatrizes ou manchas.” A morte de Cristo á única maneira pela qual a culpa do pecado do homem pode ser removida (reparação) e a fúria de Deus ser colocada de lado (conciliação). O catequista nos lembra que a base de nossa salvação é o trabalho de Cristo por nós, não a nossa fé ou os nossos próprios bons trabalhos.

Depois, a primeira resposta do catequista nos diz que a morte de Jesus está no coração dessa salvação prometida, pois Ele “satisfez todos os meus pecados totalmente.” A morte de Cristo por si só satisfaz a justiça do Santo Deus (Rom. 3:21–26). Nenhum trabalho humano ou cerimônia religiosa pode fazer isso. Não apenas isso, mas a Sua morte “me redimiu de todo poder do diabo.” Isso é dito claramente em 1 João 3:8: “A razão do Filho de Deus aparecer foi para destruir os trabalhos do diabo.” Satanás foi expulso do paraíso para que ele não possa mais nos acusar perante a corte celeste. A vitória de Cristo sobre ele é evidente na cruz (Col. 2:13–15).

O catequista então declara a verdade preciosa que a nossa segurança de salvação e nossa perseverança na fé também são trabalho de Cristo. “[Cristo] me preservou de tal maneira que sem a vontade de meu Pai no paraíso, nem mesmo um fio de meu cabelo poderá cair de minha cabeça.” Isso é tirado de Mateus 10:29–30: “Nem mesmo dois pássaros são vendidos por migalhas? E nenhum deles cairá ao chão sem que o Pai assim o queira. Até mesmo os fios de cabelo de sua cabeça são numerados.” Para possuir o conforto prometido no Novo Testamento, preciso saber o cuidado poderoso de Deus se estende por todos os aspectos de minha vida. Nada acontece comigo sem a vontade de Deus. Na realidade, “todas as coisas devem acontecer juntas para a minha salvação” (ver Rom. 8:28). Deus reuniu todas as coisas. Ele nos salva de nossos pecados. E no final, Deus fará tudo para o meu próprio bem.

Finalmente, aprendemos que esse conforto se torna meu através do trabalho do Espírito Santo. “Portanto, através de Seu Espírito Santo, Ele também me assegura a vida eterna.” O Espírito Santo carrega o testemunho da verdade da Palavra de Deus e confirma a promessa de Deus feita que Ele salvará todos aqueles que acreditam em Cristo. Esse mesmo Espírito que mora no coração “me faz desejoso de coração e pronto de agora em diante para viver Nele.” É Deus que verá o Seu bom trabalho finalizado no final. Aquele que me defende também me santificará. Aquele que começar um bom trabalho em mim verá isso no final.

Sabendo que essa coisa me dá conforto inexplicável na vida e na morte.