Por que é que insistis tanto em ler a Bíblia e rezar?

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English: Why do you emphasize Bible reading and prayer so much?

© Desiring God

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Por John Piper Sobre Vida Devocional
Uma Parte da série Ask Pastor John

Tradução por Mónica Rodrigues

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O texto que se segue é uma transcrição editada da versão áudio.

Por que é que insistis tanto em ler a Bíblia e rezar?

Para conhecer a supremacia de Cristo, amá-lo e obedecer-lhe, e ser a igreja um para o outro e para o bem do mundo, não há nada mais básico do que escutar Deus a falar connosco através da sua palavra e responder-lhe com elogios e carências do nosso coração.

A razão pela qual é assim é porque é tão simples que, hoje em dia, Deus se nos revela através da palavra. O Cristo vivo, na sua forma física, não está mais aqui. Ele subiu aos céus e sentou-se à direita de Deus. Os seus profetas ou apóstolos também já não estão mais aqui. Deus ordenou que fosse dado a conhecer primeiramente através da palavra, que foi gravada a partir desses profetas e apóstolos (especialmente a partir daqueles que conheceram o Senhor em pessoa, na sua forma física) e preservada num livro.

Agora, através do Espírito Santo que habita em nós, podemos ler esse livro com esclarecimento e deixar os nossos corações gritar-lhe o que vemos nele, o que se torna uma espécie de ritmo.

É importantíssimo para mim que as minhas preces estejam repletas da palavra e que a minha leitura da Bíblia esteja repleta de orações, porque é como comunicamos com Deus. A comunhão de ouvir e falar é o que nos leva à transformação, o que está no âmago do que significa ser-se cristão.

Como pastor, como lida com o facto de a maioria das pessoas dedicarem muito pouco tempo por dia à palavra e à oração?

Tenho de combater o desânimo, a ira e os desejos para encontrar um pequeno grupo de pessoas completamente rendidos ao Senhor. Mas o Senhor permite-me (pelo menos ele tem permitido, ao longo dos anos em que tenho estado em Belém) ver que Jesus teve de lidar com os mesmos problemas. Ele teve 12 homens que o seguiram e que no fim o abadonaram. Nem toda a minha gente me abandonou. Um dos amigos mais próximos de Jesus negou-o três vezes. Nunca fui negado assim em nenhum tempo de crise. Judas traíu-o totalmente e entregou-o à morte. Eu nunca fui entregue à morte.

As minhas batalhas pequenas com os pecados da minha gente, que são um eco da minha própria pecaminosidade, nem se comparam ao sofrimento com o qual Jesus teve de lidar. Portanto, o facto de ter de lutar tanto quanto luto para ser misericordioso, paciente e bom, penso que é uma repreensão para mim.

A Bíblia é cheia de exortações em relação a nós os pastores, de que amamos as ovelhas e reconhecemos que elas têm de ser conduzidas a prados verdes e águas paradas, e que elas se vão perder, partir as pernas e sujar a sua lã. O nosso trabalho é não sermos arrogantes ou ficarmos zangados com a nossa gente. Em vez disso, temos de caír com eles e fazer tudo o que pudermos, a longo prazo, para continuarmos a levantá-los.

Vamos lidar sempre com uma Igreja contaminada, imperfeita e imatura. Penso que isso nunca vai mudar. Até ao dia do Juízo Final ou à vinda de Jesus, a Igreja será sempre o ponto de encontro para os pecadores; alguns estarão a subir, alguns estarão a tropeçar, rastejar ou a saír. Os pastores que querem ter uma Igreja perfeita, pura e simplesmente não vão sobreviver.

Por outras palavras, eu prego o Evangelho a mim mesmo: eu tenho sido amado com uma paciência tão extraordinária que para mim, dar meia volta e mostrar-me paciente para com a minha gente, ir onde quer que estejam e trazê-los comigo, não é um sacrifício assim tão grande.

É importantíssimo valorizar Deus na sua palavra e em oração. Será que vocês são capazes de rezar para Deus fazer com que isso nos aconteça?

Eu adoraria fazê-lo.

Pai Nosso que estais no céu, rezo por todos aqueles que estão a ouvir [ou a ler] neste momento, e por mim e pelo Bob que está aqui, que amamos a vossa palavra. Temos de ter os nossos corações direccionados para aquilo que é verdadeiramente precioso; e as Escrituras dizem as vossas palavras como se estas fossem «ouro, ouro do mais raro que há... e mel, como se fossem gotas de mel da colmeia» (Salmo 19,10).

Rezo para que afineis os nossos corações de forma a que possamos saborear o que é realmente doce e valorizar o que é realmente valioso. E com esse novo sabor e valor render-nos-ias e disciplinar-nos-ias a pegar na Bíblia e a lê-la, meditar sobre ela e memorizá-la? Faz com que bebamos da sua água viva e comamos do seu pão sagrado, para que possamos ser fortes no nosso interior através do conhecimento de Deus, a um nível que ainda desconhecemos.

Então Senhor, faz com que os nossos corações se rendam à tua palavra; abre-a para nós e deixai-nos acolhê-la. Que possamos aumentar os benefícios, a beleza e a preciosidade deste mundo para aqueles que estão à nossa volta e que têm muito pouco contacto com as Escrituras, a Igreja e com o Cristo que tanto amamos. Por causa do nosso encontro contigo na tua palavra, peço-vos que nos torneis numa benção para o mundo.

Peço-vos em nome de Jesus, Ámen.