Parenting
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Desiring God Staff Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Juliana Labrujó de Oliveira
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Quatro Maneiras de Alimentar Alegria em Deus
Todo mundo busca alegria. Pais, isso inclui nossos filhos.
A busca por alegria está por trás de todos os desejos dos nossos filhos. Isso aponta e direciona suas esperanças, sentimentos e ações. É como uma isca à frente dos corações dos nossos filhos. Esse é o motivo pelo qual eles fazem aquela cara quando você os lembra que só merece sobremesa quem come os vegetais, e porque seu mundo parece depender de só mais cinco minutos de vídeo game.
Uma vez que reconhecemos o poder formador da alegria no coração dos nossos filhos, estamos no caminho certo de conhecê-los melhor e nosso papel como pais melhora também.
Cultivando Alegria
Quando Deus nos chama a ser pai ou mãe, Ele nos chama a sermos cuidadores da alegria dos nossos filhos. Significa que muito do que fazemos tem como foco ajudar nossos filhos obcecados em alegria a encontrarem sua maior alegria.
Agora, isso talvez pareça estranho para alguns de nós. A maioria dos livros sobre paternidade e podcasts sobre o assunto não gastam muito tempo pontuando a influência poderosa da alegria na vida dos nossos filhos. No entanto, quer você veja isso ou não, é muito provável que você esteja conduzindo a alegria dos seus filhos para algum lugar.
Apenas pense sobre isso essa semana. O que você disse para sua filha sobre o encontro dela com o valentão da escola? O que você fez quando seu filho do meio não entrou pro time do ensino médio? Mais do que provável, que você encontrou maneiras de responder sua dor com alegria. E não tem que ser doloroso pra os mudarmos, tentamos todas as vezes retribuir o bom com o ótimo, o ótimo com o melhor, assim como dizemos pra eles largarem as telas e pegarem um livro.
Esses instintos nos mostram que muito do que fazemos como pais, é impulsionado pelo nosso comprometimento natural em ajudá-los a encontrar alegria. Isso é uma coisa boa, mas também onde podemos criar problemas.
Contentar-se Com Menos
A busca por alegria por si só é boa. Deus criou todos nós pra buscar a verdade com a finalidade de achar felicidade, pois Ele sabe que isso acaba nos aproximando Dele. Esse é o motivo pelo qual Jesus usou parábolas comparando Deus e seu Reino com um tesouro enterrado e uma bela pérola (Mateus 13:44–46; cf. Filipenses 3:7–8). Ele sabe que nós venderíamos qualquer coisa pra fazer essa riqueza sem preço ser nossa por causa da alegria que Ele nos prometeu. Jesus nos ajuda a enxergar que o verdadeiro tesouro e a verdadeira pérola de grande valor é Deus e o Seu reino. É aí que a alegria está no final das contas e o que faz valer à pena abrir mão de tudo.
Buscar alegria, então, não é o problema. O problema é onde e como encontramos essa alegria, quando a procuramos fora de Deus para nosso próprio deleite. Sendo específico, o problema está em como o pecado atrapalha nossa busca. Pecado é, de várias maneiras, uma felicidade equivocada ou de curta duração. Pecado funciona, pois oferece alegrias falsas como se fossem reais. Pecado apresenta uma felicidade confusa e corrompida, e faz nossos corações preferirem qualquer outra coisa do que Deus.
Isso é exatamente o que a serpente fez com nossos patriarcas em Gênesis 3. Ela prometeu que o fruto do conhecimento era melhor do que Deus e suas promessas. Então, ao dar a mordida, Adão e Eva escolheram uma alegria menor e destruída — uma fruta deliciosa e divertida, mas perdeu a cor comparada ao bem maior e ao perfeito deleite de conhecer Deus como eles uma vez conheceram (Gênesis 3:5-6).
Então o que isso tem a ver com paternidade? Bem, isso a redefine. Significa que Deus chama os pais para mais do que apenas ajudar seus filhos a descobrirem um tipo de felicidade qualquer. Significa que Deus nos chama a ajudar a mostrar aos nossos filhos onde e como eles podem encontrá-lo, a própria fonte e razão de toda alegria conhecida (João 15:11; Salmos 36; Salmos 37:4).
Paternidade Redefinida
Agora, se o deixarmos, isso pode mudar tudo sobre o caminho que criamos nossos filhos. Por exemplo, se nós vemos a nós mesmos como administradores da alegria dos nossos filhos, então a paternidade finalmente tem uma motivação. Tudo que fazemos— ensinar, conversar, liderar, amar, corrigir, confortar— pode ser um passo no sentido de ajudar nossos filhos a encontrarem a perfeita alegria em nosso gracioso Deus (Salmos 16:11).
Isso não muda somente nossa estratégia, mas, muda-nos como pais também. Quando Deus passa a ser o alvo da perfeita alegria de nossos filhos, nós não precisamos mais ser. Quando vemos cada interação com nossos filhos como uma possibilidade de ajudá-los a encontrar deleite em Deus, nosso trabalho como pais é maior do que apenas ter filhos bem comportados e com boas notas escolares.
Significa que não temos que ser pais e mães perfeitos. Nosso chamado é algo melhor. O que somos chamados a fazer é liderar nossos filhos até a alegria em seu perfeito pai celestial. E com isso como nosso objetivo, encontramos liberdade, e os libertamos. Somos livres para cometermos erros, e eles também. Somos livres para viver na graça de Deus, e queremos que nossos filhos vivam lá conosco também.
Alcançando o Coração
Como fazemos isso? Como fazemos nossos filhos encontrarem sua máxima alegria em Deus? Aqui estão algumas formas tangíveis de sermos bons administradores dos corações dos nossos filhos.
1. Comece com sua própria alegria.
Lembre-se, todo mundo procura felicidade. Pais, isso inclui a nós. Então antes de guiarmos os corações dos nosss filhos, devemos primeiro saber o caminho dos nossos próprios corações. Nós como pais temos o privilégio de segurar as mãos dos nossos filhos pelo caminho da perfeita alegria. Então antes de apontar os ídolos dos seus filhos, tenha certeza de enxergar seus próprios ídolos. Pergunte a si mesmo, no que eu coloquei toda minha esperança hoje? O que eu adorei? O que está entre Deus e minha verdadeira alegria? O que eu adorei? O que está entre Deus e minha verdadeira alegria?
2. Reformule os prós e contras.
Se você é como eu, é fácil se perder nos detalhes como pai ou mãe. As vezes não temos uma boa razão pra dizermos não pros nosso filhos, e as vezes dizemos sim por puro pragmatismo ou exaustão. Mas colocar nosso foco na alegria nos ajuda a reajustar. Nossos prós e contras podem ter diferentes e eternas razões por trás deles. Nós estamos atrás da mudança do comportamento; estamos atrás da felicidade duradoura dos nossos filhos. Nossas ordens e instruções não precisam ser obstáculos à felicidade dos nossos filhos; elas podem ser sinais que apontam a verdadeira alegria. Então tire um momento antes do seu sim ou não e considere como sua resposta afetará a busca dos seus filhos pela alegria.
3. Pergunte porquê.
Conforme seus filhos crescem, ensine-os como perceber o poder formador da alegria em suas vidas. Uma das melhores maneiras de fazer isso é perguntando o porquê. “Por que você bateu na sua irmã?” “Por que não estudou para aquela prova?” Agora, claro, terá que lidar com seus “Eu não sei” e “Por que sim.” Mas quando faz isso, os ajudará a aprofundarem nos seus motivos, onde eles podem finalmente enxergar como sua alegria afeta seus sentimentos e ações e começar a avaliá-los em vez de simplesmente ser escravizado por eles.
4. Conecte-se.
Uma das coisas mais importantes que podemos fazer como pais é perguntarmos aos nossos filhos o que os faz felizes, e apenas ouví-los. Ter uma gota de participação na alegria dos seus filhos é como ter um passe livre aos seus corações, e quando você sabe o que seu filho ama, você pode ajudá-los a colocarem seu amor no lugar certo. Deus não quer simplesmente remover toda alegria terrena dos nossos filhos, significa que também não deveria ser nosso trabalho como pais. Ao contrário, Deus nos chama para ligar a alegria terrena e temporária dos nossos filhos à Ele, o divino e eterno.
Então, jogue basquete com seus filhos e, quando puder, ajude-os a ver como essas dádivas terrenas apontam para a verdadeira alegria. Claro, Legos e Bonecas podem se tornar ídolos, mas eles também podem aplainar o caminho a conversas que ajudam nossos filhos a colocar a esperança no nosso Pai celestial. E quando (não se) nossos filhos encontrarem alegria no pecado, teremos o divino privilégio de ajudá-los a ver que, na verdade, acabaram diminuindo a alegria ao buscá-la fora de Deus e seus caminhos.