Onde está Deus quando eu mais preciso Dele?

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English: Where Is God When I Need Him Most?

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Por Grace Rankin Sobre Sofrimento

Tradução por Daniele Weidle

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No verão passado, fiquei chocada ao saber que minha amiga querida havia morrido em um acidente de carro. Ela foi minha segunda mãe; uma esposa, mãe e amiga fiel. Ela foi inesquecível. E sua vida foi interrompida de forma tão abrupta que eu não consegui processar.

Imediatamente me voltei para o Senhor. Nessa confusão debilitante, nessa chocante tempestade de medo, nessa repentina interrupção de uma bela existência, eu clamei a Ele.

E eu não ouvi nada. Silêncio absoluto.

Essa sensação perturbadora de abandono apareceu para contradizer Salmos 46:1 (NVI): “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade”. Por que, quando eu mais precisava de Sua presença, Ele parecia estar agonizantemente ausente?

Como C. S. Lewis perguntou, de forma tão direta, em meio ao seu próprio luto: “Por que Ele é um comandante tão presente em nossos tempos de prosperidade e uma ajuda tão ausente em tempos de dificuldade?”

Deus era totalmente soberano sobre a situação. Depois do acidente, essa verdade me pareceu mais dolorosa do que reconfortante. Em apenas alguns segundos ou centímetros, ela poderia ter sido poupada. A morte dela não foi aleatória. Ela foi permitida, no mínimo, se não orquestrada; e isso me aterrorizou. Deus, em quem eu confiava, escreveu esse sofrimento em nossa história.

Então, quando você se sente tentado a desconfiar do que parece ser um Deus ausente, o que você faz?

Primeiro, eu corri

Em meio ao tumulto, eu desabafei com meu pai. “Estou com medo”, falei para ele. “Deus não apenas permitiu, mas quis que isso acontecesse. Estou apavorada com Aquele de quem preciso ajuda. O que eu faço?” Ele me respondeu com Provérbios 18:10: “O nome do Senhor é uma torre forte; os justos correm para ela e estão seguros.”

Ele me aconselhou: “Temos apenas duas opções: podemos escolher correr em direção a Deus ou nos afastar Dele. Correr em Sua direção, às vezes, é assustador - Ele é grande e poderoso. Mas fugir Dele é ainda mais assustador”. Deus me fez perceber que não podemos perder a esperança Nele quando as coisas estão difíceis. Devemos pedir-lhe incansavelmente, como o amigo persistente de Lucas 11.

Deus lembrou-me de que seus caminhos são mais altos do que os nossos caminhos e seus pensamentos são mais altos do que os nossos pensamentos. (Isaías 55:9) Afinal de contas, o pior evento que já ocorreu - o assassinato do Seu Filho - tornou-se a coisa mais maravilhosa para nós, garantindo nossa salvação e revelando a suprema glória de Deus.

Devemos correr para Deus na alegria e na tristeza, na felicidade e na dor, na vida e na morte. E nos é prometido o seguinte: se nos aproximarmos Dele, Ele se aproximará de nós (Tiago 4:8).

Depois, eu esperei

Além de buscar Deus com persistência, devemos aguardar fielmente a Sua resposta.

Eu esperei com paciência no Senhor, Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor. Ele me tirou de um poço de destruição, de um atoleiro de lama; pôs meus pés sobre uma rocha e firmou-me em um lugar seguro. (Salmos 40:1-2)

John Piper observa que o Salmo 40:1 não especifica por quanto tempo temos de esperar. O salmista diz apenas “eu esperei”. O salmista também não disse: “gritei fervorosamente ao Senhor até que Ele ouviu o meu clamor e me resgatou”. Esperar requer rendição. É quase impossível salvar um homem que está se afogando e se debatendo em pânico para tentar se salvar. No entanto, quando ele relaxa, pode ser resgatado.

Após revelar que Deus é um “auxílio sempre presente na adversidade”, no versículo 10 do Salmo 46 diz: “Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus!”. Essa submissão é fundamental para nossa libertação, algo que precisamos pedir a Deus que nos ajude a realizar. Precisamos descansar em Seu amor, confiando que tudo o que Ele faz é realmente para a Sua glória e nosso bem.

Deus, meu consolador

A cura não aconteceu imediatamente. Passei muitos dias aterrorizada, examinando as escrituras e clamando a Deus. Foram incontáveis momentos que não tive palavras além de “Deus, me ajude!”.

Quando comecei a clamar a Deus, apesar de meus temores, parecia que minhas súplicas não iam além do teto. Será que Deus estava me ouvindo? Eu me senti como o amigo persistente apenas por vivenciar o que Lewis descreveu como: “uma porta batida na sua cara e um som de tranca, e tranca dupla, do lado de dentro”. Mas, com o passar do tempo, com o trabalho gentil de Cristo em meu coração, minhas orações aumentaram. As escrituras me confortavam de novas maneiras, pois Ele enviou pessoas com lembretes de Seu amor e de Sua palavra em momentos perfeitos - tesouros inestimáveis para minha alma dolorida.

Em alguns dias eu tropeçava de volta para “Deus, me ajude!”. Mas, nesses momentos, Ele foi paciente comigo assim como Ele é com todos nós. Gentilmente, Sua paz passou a proteger meu coração e minha mente. Inicialmente, ela chegou de forma imperceptível, como a primeira luz do nascer do sol, mas veio para me confortar, exatamente como Ele prometeu (Filipenses 4:7).

No final, olhamos para uma esperança muito maior do que qualquer dor que experimentamos aqui na Terra (1 Tessalonicenses 4:13-18). Nos foi prometido um final feliz, a união com Cristo e que o que acontece aqui não durará para sempre. Jesus está voltando. Devemos apenas continuar correndo para Ele, esperando com confiança e paz.