O Sacrifício de uma Vida Compartilhada

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English: The Sacrifice of a Shared Life

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Por John Piper Sobre Grupos Pequenos
Uma Parte da série Why We Exist as a Church: The Three Sacrifices

Tradução por Evely Pereira da Silva

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Hebreus 13 -8:16

Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. Pois é bom que o nosso coração seja fortalecido pela graça, não por alimentos cerimoniais, os quais não têm valor para aqueles que os comem. Nós temos um altar do qual não têm direito de comer os que servem no tabernáculo. Pois o sumo sacerdote leva sangue de animais até o Lugar Santíssimo como oferta pelo pecado, mas os corpos dos animais são queimados fora do acampamento. Assim, Jesus também sofreu fora das portas da cidade para santificar o povo por meio do seu próprio sangue. Portanto, saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que ele suportou. Pois não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a vindoura. Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome. Não se esqueçam de fazer o bem e de compartilhar com os outros o que vocês têm, pois Deus se agrada de tais sacrifícios.

Tabela de conteúdo

A Divisão entre Cristianismo e Judaísmo

Deixe-me começar esta manhã lembrando você de algo do versículo 10. Diz: "Nós [isto é, nós, cristãos] temos um altar do qual não têm direito de comer os que servem no tabernáculo [isto é, os sacerdotes judeus, que servem com os sacrifícios no tabernáculo]." O que isto significa é que Jesus se entregou (7:27; 9:14) como nosso sacrifício de uma vez por todas (9:28) no altar da cruz. Ele se tornou nosso cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7) e tomou nosso lugar (2 Coríntios 5:21; 1 Pedro 3:18) e carregou nossos pecados (1 Pedro 2:24) e se tornou para nós uma fonte de alimento eterno (João 6:53s.) que atende às nossas necessidades mais profundas e nos dá vida eterna.

A razão pela qual o versículo 10 diz que os sacerdotes não têm o direito de comer deste altar é que eles rejeitaram Jesus como seu Messias e Filho de Deus. Qualquer um que crer pode vir e comer. Jesus disse em João 6:35: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome; e aquele que crê em mim nunca terá sede. A única pessoa que não tem direito de comer é aquela que não acredita e não vem.

Então o que vimos no versículo 10 foi a trágica divisão entre as fés cristã e judaica. Jesus veio e separou o verdadeiro do falso. Há dois altares: o antigo altar em Jerusalém com os antigos sacrifícios; e o novo altar fora do portão (v. 12), onde Jesus se ofereceu uma vez por todas pelos pecados. Judeus e gentios que vêm a este altar em busca de perdão e força encontram aceitação e esperança. Judeus e gentios que se recusarem a vir não terão direito ao altar da vida e perecerão em seus pecados.

O cristianismo como uma vida de alegre sacrifício a Deus

E assim o cristianismo começou, expulso do judaísmo por aqueles que rejeitaram Jesus como o Cristo, mas aos olhos de Deus eram herdeiros da promessa e possuidores do reino (Mateus 21:43). Agora, nos versículos 13–16, é descrito o modo de vida nesta nova religião chamada cristianismo. O cristianismo como uma vida de alegre sacrifício a Deus

Na semana passada falamos sobre o sacrifício de louvor e enfatizamos que a prioridade número um em Belém é o cultivo de corações que temem a Deus, para que o sacrifício de louvor seja realmente fruto dos lábios e não obras da lei.

Fazendo o bem aos outros e compartilhando sua vida

Hoje quero que nos concentremos no versículo 16, o sacrifício de uma vida compartilhada (Prioridade Número Dois). Muito simplesmente, a vida de um cristão não deve ser apenas uma vida de adoração e louvor, mas uma vida compartilhada; uma vida de fazer o bem aos outros e compartilhar seus bens e seu coração com os outros. O versículo 16 diz: "Não se esqueçam [nem negligencie] e de compartilhar com os outros o que vocês têm." Então é dada uma razão pela qual deveríamos fazer isso: "Porque tais sacrifícios são agradáveis a Deus."

Que tipo de coisas o escritor tem em mente? Acho que podemos ver se olharmos para o início do capítulo. Hebreus 13:1–3: "Que o amor fraternal continue. Não se esqueçam da hospitalidade, pois por ela alguns, sem o saber, hospedaram anjos. Lembrem-se dos que estão na prisão, como se estivessem presos com eles; e dos que são maltratados, como se vocês também estivessem no corpo."

Então, o tipo de coisa que ele quer dizer com fazer o bem e compartilhar seria hospitalidade (receber pessoas — mesmo pessoas que você não conhece — em sua casa depois do culto de domingo); visitar pessoas na prisão; cuidar de qualquer um que esteja aflito. Mas é claro que existem centenas de maneiras de fazer o bem às pessoas e compartilhar sua vida com elas. A questão é que as pessoas que obtêm sua força e sabedoria do altar da cruz, de Jesus Cristo, são pessoas que vivem para os outros. Eles acordam de manhã e pensam em como podem fazer o melhor para outras pessoas hoje. Este é o sacrifício que eles oferecem ao Senhor dia após dia.

E uma das razões para construir uma rede nova e mais ampla de pequenos grupos em Belém é ajudar a cultivar relacionamentos onde o sacrifício de uma vida compartilhada pode ser feito da maneira mais atenciosa e útil. Tom falará sobre isso no final do culto.

Por que Deus se agrada de tais sacrifícios

O texto diz que tais sacrifícios agradam a Deus. E quero passar o resto do nosso tempo refletindo sobre o porquê disso, porque acho que se você puder ver por que Deus está satisfeito com esse estilo de vida, isso lhe agradará também e fará com que seja uma alegria e não um fardo.

1. Eles honram a morte de seu filho

Agrada a Deus em primeiro lugar porque honra a morte de seu Filho. Ou seja, afirma a razão pela qual Jesus sofreu e mostra que sua morte foi eficaz em seu propósito. O verso 12 diz, "Assim, Jesus também sofreu fora das portas da cidade para santificar o povo por meio do seu próprio sangue." Jesus sofreu para santificar você, isto é, para purificá-lo e torná-lo santo, bom e amoroso como ele é. Como você demonstra essa santificação? Como você afirma os sofrimentos de Jesus e mostra que eles não foram em vão em sua vida?

Tito 2:14 diz: "Jesus se entregou por nós para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu, zeloso de boas obras." Portanto, a maneira de mostrar a verdade e o poder dos sofrimentos de Jesus é ser zeloso por boas ações. Deus se agrada quando fazemos o bem e compartilhamos, porque isso demonstra o sucesso e o poder dos sofrimentos de seu Filho.

2. Eles demonstram sua confiabilidade

A segunda razão pela qual Deus se agrada dos sacrifícios de fazer o bem e compartilhar sua vida é que eles demonstram sua confiabilidade. Elas mostram sua fidelidade e confiabilidade. Como as boas ações e a partilha podem demonstrar a fidelidade de Deus?

Você pode ver como em 13:5: "Conservem se livres do amor ao dinheiro e contentem se com o que vocês têm, pois [observe esta palavra, 'pois'; aqui vem a base de nossa liberdade do amor ao dinheiro] ele [Deus] disse: 'Eu nunca o deixarei, jamais o abandonarei.'" Agora considere a relação entre o amor ao dinheiro e a capacidade de fazer o bem e compartilhar o que você tem. Se você ama o dinheiro, se sua confiança no futuro e na felicidade está no dinheiro, então fazer o bem e compartilhar será dificultado. Então Hebreus diz: "Mantenha sua vida livre do amor ao dinheiro", para que você seja livre para viver para os outros e não para seu próprio ganho pessoal. E como você mantém sua vida livre do amor ao dinheiro, de acordo com o versículo 5? Confiando na promessa de Deus: "Eu nunca te deixarei, jamais o abandonarei."

Isso significa que cada vez que você oferece o sacrifício de fazer o bem e compartilhar porque não depende mais do dinheiro, você mostra que está confiando na promessa de Deus e que Ele é confiável e fiel. Quando você consegue viver para os outros sem precisar de recompensa material, você mostra que Deus é sua recompensa. Uma vida vivida pelos outros é um testemunho brilhante do valor de Deus e da veracidade de suas promessas.

E Deus ama ver sua verdade e valor exaltados. Por isso ele ama os sacrifícios de fazer o bem e compartilhar.

3. Eles são sua própria obra

Terceiro, Deus fica satisfeito com tais sacrifícios porque eles são, em um sentido real, sua própria obra, e ele se deleita plenamente na excelência e beleza de suas próprias realizações. Você pode ver isso em 13:20–21. "Ora, o Deus da paz, pelo sangue da aliança eterna, trouxe de volta dentre os mortos o nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas. Que ele aperfeiçoe vocês em todo o bem para fazerem a vontade dele e opere em nós o que lhe é agradável, por meio de Jesus Cristo, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém."

O que isso mostra é, primeiro, que Deus nos equipa com tudo de bom para que possamos fazer a sua vontade e, segundo, que Deus opera em nós aquilo que é agradável aos seus olhos. Então, quando tenho fé, liberdade e zelo para fazer o bem e compartilhar minha vida com os outros, não posso me gabar de mim mesmo; é Deus trabalhando em mim. Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor (1 Coríntios 1:31).

Quando você tem a graça de viver para os outros — de fazer o bem e compartilhar — é exatamente isso: é GRAÇA! Paulo disse em 1 Coríntios 15:10: "Trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo." E como sabemos que Deus se alegra em todas as suas obras (Salmo 104:31), sabemos que ele se alegra na obra da graça que nos dá a fé, a liberdade e o zelo para viver pelos outros. Então, a terceira razão pela qual Deus fica satisfeito quando fazemos o bem e compartilhamos é que esse é o trabalho dele e não apenas nosso. E ele se alegra com seu próprio trabalho.

Por que devemos nos deleitar com tais sacrifícios

Acredito que essas três razões pelas quais Deus se deleita no sacrifício de uma vida compartilhada são as mesmas razões pelas quais nós também deveríamos nos deleitar.

  1. É emocionante saber que a maneira como você está vivendo está comprovando o sucesso dos sofrimentos de Jesus. Deve ser um grande incentivo para você que sua vida possa comprovar que Jesus não morreu em vão. Suas boas ações e sua vida compartilhada são o triunfo de sua cruz.
  2. É emocionante saber que sua vida é uma vitrine (em todas as suas fraquezas) da confiabilidade de Deus e da veracidade de suas promessas. Depositar sua esperança em Deus e não em dinheiro ou coisas é uma experiência profundamente gratificante. De certa forma, parece arriscado e vulnerável; mas, de outra forma, há uma profunda sensação de segurança de que você escolheu o caminho que torna conhecido o valor e a confiabilidade de Deus.
  3. E é algo emocionante quando suas boas ações e vida compartilhada dão evidências de que você é a própria obra de Deus — que ele está trabalhando em você para desejar e realizar a sua boa vontade, e que aquele que começou uma boa obra em você a completará até o dia de Cristo.

Então, minha oração é que, ao ouvir Tom Steller descrever a visão do pequeno grupo em Belém, você sinta um profundo desejo de compartilhar sua vida com os outros — de fazer-lhes o bem, de satisfazer sua própria alma e de agradar seu Pai celestial.</blockquote>