O Pecado de Não Fazer Nada
De Livros e Sermões BÃblicos
Por Greg Morse Sobre Santificação e Crescimento
Tradução por Mônica Couto Valadares
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Muitas vezes falhei em não reconhecer, muito menos em resistir à tentação de amar minha vida neste mundo. Isso se manifesta não nos grandes pecados que cometo, mas no bem que deixo de fazer. Eu sou culpado do que Charles Spurgeon chamou de "o pecado de não fazer nada."
O pecado, como é classicamente entendido, não é apenas fazer o mal (ação), mas também falhar em fazer o bem (omissão). Eu tendo a me importar mais com o primeiro do que com o segundo. Em uma cultura que ainda navega sob a aparência de uma moralidade teísta, tendemos a nos julgar pelo que fazemos, em vez do que deixamos de fazer. Mas as guerras não são vencidas apenas na defesa.
E que gloriosas linhas de batalha para se desculpar. Não é nosso maior privilégio participar? Vigiar por trás das muralhas da fortaleza teria sido suficiente; tocar as trombetas e assistir aos estandartes, uma honra. Mas ser convocado pelo próprio Rei, vestir sua armadura, receber uma família para caminhar com ela e almas perdidas para conquistar — como podemos resistir? O conquistador, o Rei, o Leão da tribo de Judá, está no meio da batalha. Seu sangue não ferve para se juntar a Ele?
Para aqueles de nós que se estabeleceram e engordaram, temos muito a aprender com os homens de Rúben e Gade, duas tribos israelitas que vacilaram às margens da Terra Prometida. Eles foram tentados com o pecado da omissão, "o pecado de não fazer nada", o pecado de depor as armas antes que a guerra terminasse e o povo de Deus possuísse a terra. Embora a inatividade na missão de Deus possa ser tratada como inofensiva, Deus a trata como um pecado grave, e nós também devemos.
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Tribos da Imobilidade
Essas duas tribos, os homens de Rúben e Gade, eram das doze que marcharam atrás de Moisés, em direção à Terra Prometida. Quando crianças, esses homens deixaram o Egito por portas ensanguentadas e um mar dividido. Ao atingirem a maioridade, lutaram contra Siom e Ogue no deserto. Sua geração, ao contrário de seus pais, mostrou-se fiel à campanha de Deus para seguir para a Terra Prometida.
Mas agora, chegavam a alguma terra agradável e adequada às suas necessidades e ficariam tentados a não continuar em sua missão. Estes homens não queriam a cidade na colina, a terra que derrama leite e mel; eles queriam terra para pastagem. Então eles pediram a Moisés que os dispensasse de suas obrigações:
A terra que o Senhor subjugou perante a comunidade de Israel é própria para a criação de gado, e os seus servos possuem gado. Se podemos contar com o favor de vocês, deixem que essa terra seja dada a estes seus servos como herança. Não nos façam atravessar o Jordão. (Números 32:4–5)
Um pedido simples. Uma pergunta bastante educada. Mas Deus e Moisés não viam dessa forma. E os homens de Deus hoje, estabelecidos em terras adequadas como a América, precisam ouvir a resposta deles.
O Pecado de Não Fazer Nada
Moisés responde ao povo de Gade e Rúben,
E os seus compatriotas irão à guerra enquanto vocês ficam aqui? Por que vocês desencorajam o povo de Israel de entrar na terra que o Senhor lhes deu?
Foi isso que os seus pais fizeram quando eu os enviei de Cades-Barnéia para verem a terra. . . . E aí estão vocês, raça de pecadores, pondo-se no lugar dos seus antepassados e acendendo ainda mais a ira do Senhor contra Israel! Se deixarem de segui-lo, ele os abandonará outra vez no deserto, e vocês serão o motivo da destruirão de todo este povo. (Números 32:6–8, 14–15)
Observe as três acusações feitas contra eles.
Você abandonou sua missão.
Enquanto as dez tribos iam para a batalha, Gade e Rúben são descritos como sendo aqueles que simplesmente "ficavam sentados." "Seus irmãos irão para a guerra enquanto vocês ficam aqui sentados?" Esses guerreiros não pretendiam simplesmente "ficar sentados ali." Pelo contrário, eles estariam ocupados pastoreando rebanhos, construindo casas, fortificando sua cidade e desenvolvendo a terra para torná-la um local adequado para habitar.
"Muitos de nós não incomodamos o mundo e o diabo e, em troca, não somos muito incomodados." Tweet Compartilhado no Facebook Eles não eram o tipo de homens preguiçosos ou covardes para apenas sentar e assistir enquanto seus irmãos avançavam para o combate. No entanto, ao se retirarem da grande missão que tinham em mãos, de pastorear suas ovelhas, é exatamente assim que Moisés os descreve. Ele os retrata como pessoas que desperdiçavam o tempo porque faziam mau uso dele.
Por mais ocupados que estivessem com outras coisas, coisas respeitáveis, a descrição deles na Sagrada Escritura de Deus seria meramente a de ficarem sentados juntos, sem fazer nada de importante, enquanto permaneciam isolados.
Você prejudicou seus companheiros soldados.=
Tal quadro desanimaria as outras tribos de fazer aquilo para o qual Deus as chamou. Moisés pergunta,
Por que vocês desencorajarão o coração do povo de Israel de entrar na terra que o Senhor lhes deu?
A não participação não é neutra. Como qualquer atleta, soldado ou familiar sabe, a apatia de um afeta a determinação de todos. Rúben e Gade não só ameaçaram pecar, mas tornaram mais difícil a obediência dos outros. As outras tribos não teriam força total contra as nações maiores e já estabelecidas na terra.
Você pecou contra o Senhor.
Eles tinham o mesmo comportamento infiel dos seus antepassados. Moisés é rápido em apontar isso: "Seus pais fizeram isso, quando eu os enviei de Cades-Barnéia para ver a terra."
Seus pais foram espionar a terra, e todos, exceto Calebe e Josué, voltaram com um relatório que desencorajou o povo de seguir adiante e tomar a terra prometida a Abraão. Seus pais também viajaram até a fronteira de Canaã e voltaram quando Deus os chamou para seguir em frente. Os pais deles eram muito modestos, e agora eles estavam muito confortáveis.
Em resposta, Moisés não mede palavras. Ele os chama de raça de víboras, homens pecadores, que enviariam Israel para outra peregrinação no deserto que os levaria à morte se eles fizessem esse mal aos olhos do Senhor (Números 32:15). Cada homem deve continuar a missão até que todas as tribos possuam sua herança. Eles devem se arrepender do pecado de não fazer nada e marchar com o povo de Deus.
Como Os Que Não Fazem Nada se Arrependem
Os homens de Rúben e Gade realmente se arrependem de sua pausa pecaminosa.
Construiremos aqui currais para o nosso gado e cidades para os nossos filhos, mas pegaremos em armas, prontos para ir à frente do povo de Israel, até que os tenhamos levado ao seu lugar. . . . Não voltaremos para nossas casas até que cada um do povo de Israel tenha recebido sua herança. (Números 32:16–18)
Eles construiriam e se estabeleceriam, mas primeiro lutariam.
E o Senhor os mantém nisso, exigindo que cada soldado pegue sua arma e atravesse o Jordão "diante do Senhor" até que a terra fosse subjugada diante dos olhos vigilantes de Yahweh (Números 32:20–24). Se eles falhassem em cumprir o que haviam prometido, ouviriam as palavras assombrosas de Moisés seguindo seus passos em retirada: "Observe que pecastes contra o Senhor, e estejam certos de que vocês não escaparão do pecado cometido" (Números 32:23).
Vamos Apenas Ficar Aqui Sentados?
Deus ainda pode perguntar a muitos de nós, homens modernos de Gade e Rúben, a única pergunta que vai atingir em cheio o cerne da nossa virilidade: "Irão seus irmãos à guerra enquanto ficam aqui sentados?"
Muitos (inclusive eu) encontramos nosso lar no Ocidente. Desfrutamos de liberdade religiosa e oramos: "Venha a nós o vosso reino," de tempos em tempos. Nós temos nossa esposa, dois filhos e uma existência confortável — ocupados, sem dúvida, com algo bom. Nós não incomodamos o mundo e o diabo, e não somos muito incomodados em troca. Deixe que Satanás nos ofereça terra para o gado pastar, uma refeição quente, uma cama aconchegante, e nós nos sentaremos satisfeitos sem atravessar o rio.
Mas nosso Rei nos deu uma missão.
Toda autoridade no céu e na terra me foi dada. Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos tenho ordenado. E eu estarei sempre com vocês, até o final dos tempos. (Mateus 28:18–20)
Essa missão ainda não está completa. Nossos juramentos ainda não foram cumpridos. Nem todos os eleitos de Deus têm sua herança. Nossa conquista ainda não é total — continuamos do lado errado do Jordão. "Avante soldados Cristãos, marchando como para a guerra", são os versos que nos foram legados por mãos calejadas. Mas a natureza de paz de muitos homens nas igrejas faz pensar no que nos foi dito: "Sentem-se quietos, soldados Cristãos, até que seus assentos estejam feridos."
Combater o pecado do nada é resistir à prisão em perseguições civis. Para não nos distrairmos de servir ao Rei e ao nosso país celestial. Para não perder de vista a missão, não importa que outras atividades valiosas sejam apresentadas a nós. Lembrar que o casamento e a família são partes da missão, não a missão em si. Não podemos descansar até que Cristo possua as almas pelas quais Ele morreu. A santidade aguarda na linha de frente. Nosso chamado, nosso privilégio, nossa alegria seguem em frente.
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