Minimizando a Bíblia?

De Livros e Sermões Bíblicos

Recursos relacionados
Mais Por John Piper
Índice de Autores
Mais Sobre Questões de Igreja
Índice de Tópicos
Recurso da Semana
Todas as semanas nós enviamos um novo recurso de autores como John Piper, R.C. Sproul, Mark Dever, e Charles Spurgeon. Inscreva-se aqui—Grátis. RSS.

Sobre esta tradução
English: Minimizing the Bible?

© Desiring God

Partilhar este
Nossa Missão
Esta tradução é publicada pelo Traduções do Evangelho, um ministério que existe on-line para pregar o Evangelho através de livros e artigos disponíveis gratuitamente para todas as nações e línguas.

Saber mais (English).
Como podes Ajudar
Se você fala Inglês bem, você pode ser voluntário conosco como tradutor.

Saber mais (English).

Por John Piper Sobre Questões de Igreja
Uma Parte da série Taste & See

Tradução por Desiring God


Pastores que Buscam Quantidade e Contextualização Radical em Missões

Venho considerando uma possível relação entre a minimização da Bíblia nas famosas igrejas que buscam quantidade e em algumas das formas radicais de contextualização que têm emergido nas missões. Talvez não haja nenhuma conexão, mas fico pensando. O denominador comum que considero é a perda da confiança que declarar o que a Bíblia diz no poder do Espírito Santo pode criar e sustentar a igreja de Cristo.

Essa manhã eu li João 2:11, "Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele". Curvei-me e orei, "Ó Senhor, é assim que a fé acontece. Às pessoas foram dados olhos para ver Tua glória em Tua pessoa e em Tuas ações. Por favor não me deixe abandonar o ministério que põe toda a ênfase no "evangelho da glória de Cristo que é a imagem de Deus" (2 Coríntios 4:4).

Então eu fui lembrado de outro texto em João que conecta a revelação da glória de Cristo com a palavra escrita de Deus. João 20:30-31, "Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome". Os sinais que revelam a glória de Cristo que incita a fé não são, sobretudo, novos sinais dados nos dias de hoje, mas os sinais que estão escritos nos evangelhos. Eles foram escritos "para que creiais". Ele "manifestou Sua glória. E Seus discípulos creram nEle". É assim que a fé surge. Jesus disse: quando o Espírito Santo vier "Ele me glorificará!" (João 16:14). Assim declaramos a plenitude da gloriosa Pessoa e Trabalho de Cristo na história. É assim que a igreja é criada e mantida.

Parece-me que um número crescente de pastores e missionários tem perdido a confiança nessa verdade. Eles têm concluído que a lacuna entre a glória de Cristo e as necessidades sentidas pelos seus próximos, ou entre a glória de Cristo e a religião do público, é simplesmente grande demais para que a plenitude da palavra de Deus preencha. O resultado final parece ser a minimização da Palavra de Deus em sua robusta e gloriosa plenitude.

Isso está na minha linha de frente agora porque, nas últimas semanas, tenho recebido um fluxo constante de depoimentos de santos aflitos que dizem em tantas palavras, "Nosso pastor não proclama para nós o que a Bíblia diz e significa. As mensagens não são revelações da glória de Cristo, elas são conselhos com um toque de religiosidade". E tenho lido sobre certos tipos de contextualização do evangelho em missões que parecem minimizar a plenitude da revelação bíblica, que os convertidos devem compartilhar com os outros. Então venho considerando se há conexões.

Não desejo ingenuamente equiparar o conglomerado cultural do Cristianismo ocidental com o verdadeiro e espiritual corpo de Cristo. Eu consigo apreciar o evitar da palavra "Cristã" em um contexto de missões onde isso signifique: religião ocidental degenerada, materialista, desonesta. E eu percebo que a maioria das formas que "fazemos igreja" são especificadas mais pela cultura do que ordenadas biblicamente. Mas existem outras questões que me incomodam:

1) Estão os novos convertidos a Cristo aceitando o essencial da fé bíblica, e eles os anunciam por amor aos outros? Por exemplo, eles aceitam e anunciam que a Bíblia é a única, inspirada e infalível, revelação escrita de Deus, e que Cristo é Deus e foi crucificado pelo pecado e ressuscitado dos mortos sobre toda autoridade? 2) Os costumes religiosos antigos dos convertidos a Cristo, os quais eles podem estar mantendo, estão comunicando regularmente uma falsidade sobre o que o convertido pretende e crê? 3) As palavras sendo usadas pelos convertidos estão enganando as pessoas em vez de tornar a verdade mais clara? Os missionários e convertidos estão seguindo o compromisso de Paulo com a integridade: "Antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (2 Coríntios 4:2)?

Posso estar errado sobre essa conexão de minimização da Bíblia entre os pastores que buscam quantidade e os missionários de contextualização radical, mas é difícil não ver uma perda de fé no poder da Palavra de Deus quando eu ouço que a Bíblia não é pregada em casa, e quando eu leio das fronteiras: "Nós temos poucas esperanças em nosso tempo de vida para crer que uma mudança cultural, política e religiosa grande o suficiente possa ocorrer em nosso contexto de forma que muçulmanos possam se tornar abertos a aderir ao Cristianismo em larga escala".

Vamos orar para que o Espírito Santo venha com poder em nossos dias com o objetivo de mostrar poderosamente a glória de Cristo na declaração da Palavra de Deus onde estas glórias são reveladas com autoridade infalível e convertedora.

Pastor John