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English: 10 Things You Should Know About the Gospel

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Por Sam Storms Sobre Evangelho

Tradução por Michael Suzigan

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Por mais que ouçamos sobre o evangelho de Jesus Cristo, pode-se pensar que todos estão de acordo quando se trata de definir essa palavra. Infelizmente, não é bem assim. Então, o que é o evangelho? Como podemos defini-lo? Aqui estão dez coisas para se ter em mente.

(1) O “evangelho” é a gloriosa boa notícia do que nosso Deus trino fez graciosamente na encarnação, na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo para satisfazer sua própria ira contra nós e garantir o perdão dos pecados e a justiça perfeita para todos os que confiam nele somente pela fé. Cristo cumpriu, em nosso nome, a vida perfeitamente obediente sob a lei de Deus que deveríamos ter vivido, mas que jamais poderíamos. Ele morreu, por nós, a morte que merecíamos sofrer, mas que agora jamais sofreremos. E por sua ressurreição dos mortos, Ele garante para aqueles que acreditam na promessa de uma vida ressuscitada e glorificada em um novo céu e uma nova terra em comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo para sempre.

(2) O evangelho é fundamentalmente sobre algo que aconteceu . É um evento realizado, um fato inalterável da história. Nada pode desfazer o evangelho. Nenhum poder no céu ou na terra pode derrubá-lo ou revertê-lo. Mas, como uma conquista estabelecida, ele também exerce uma influência radical e de longo alcance tanto em nossa experiência presente quanto em nossas esperanças futuras. Central para o motivo dele ser a “melhor” notícia imaginável é que a glória do que Deus já fez em e através de Jesus transforma tudo agora e o que ainda está por vir.

(3) Este evangelho não é apenas o meio pelo qual as pessoas foram salvas, mas também a verdade e o poder pelos quais as pessoas estão sendo santificadas (1 Coríntios 15:1-2); é a verdade do evangelho que nos permite fazer o que é agradável a Deus genuína e alegremente, e crescer em conformidade progressiva com a imagem de Cristo. Assim, nunca devemos pensar que o evangelho é apenas para incrédulos. Ele é para os cristãos, em todas as fases de suas vidas. Não há nada na vida cristã que seja “pós” o evangelho!

(4) Não seria exagero dizer que o evangelho é o centro gravitacional tanto de nossa experiência individual quanto da forma da vida da igreja local. Vemos isso em vários textos bíblicos. Por exemplo, o evangelho é cristocêntrico: ele é sobre Jesus, o filho de Deus (Marcos 1:1; Romanos 1:9). Tanto Marcos (Marcos 1:14) quanto Paulo (Romanos 1:1; 1 Tessalonicenses 2:2) o descrevem como o evangelho "de Deus", na medida em que Ele é sua fonte e a causa de tudo o que o evangelho implica. Os humanos não criam ou elaboram o evangelho: eles respondem a ele arrependendo-se de seus pecados e crendo em sua mensagem (Marcos 1:15) sobre o que Deus fez na vida, na morte e na ressurreição de Jesus. O evangelho, portanto, é "a palavra da verdade" que proclama nossa "salvação" (Efésios 1.13). Ele é marcado pela graça (Atos 20:24), ou seja, ele é a mensagem da provisão graciosa de Deus, independente das obras humanas, de tudo o que é necessário para nos reconciliar com Ele, agora e para a eternidade. Na verdade, o evangelho é o fundamento, o padrão e o poder de como respondemos ao sofrimento injusto (1 Pedro 2:18-25; 3:17-18), a maneira como nos relacionamos com nosso cônjuge (Efésios 5:25-33), como usamos nosso dinheiro (2 Coríntios 8:8-9; 9:13), a maneira pela qual perdoamos aqueles que pecaram contra nós (Efésios 4:32; Colossenses 3:13), e o zelo com que servimos aos outros (Marcos 10:43-45; 1 João 3:16-18). Estas “boas notícias” sobre o que Deus fez na e através da morte de Cristo (1 Coríntios 2:2) e ressurreição (2 Timóteo 2:8) traz paz (Efésios 6:15), vida e imortalidade (2 Timóteo 1:10) para aqueles que as recebem.

(5) Essas verdades são de importância suprema e eterna, pois "distorcer o evangelho de Cristo" (Gálatas 1:7) ou pregar um que seja "diferente" ou "contrário" ao que os apóstolos tornaram conhecido (Gálatas 1:6-7) é passível de anátema (Gálatas 1:9).

(6) Então, como o evangelho nos transforma? Qual a sua importância prática e diária? Tim Keller nos lembra que muitos cristãos vivem em uma relação de “se / então” com Deus. Se eu fizer o que é certo, então Deus me amará. Se eu der mais dinheiro para missões, então Deus me dará um aumento no trabalho. Se eu evitar hábitos pecaminosos, serei poupado do sofrimento e da humilhação. É uma relação condicional que se baseia no princípio do mérito.

O evangelho nos chama a viver em uma relação de “porque / portanto” com o Senhor. Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus (Romanos 5:1). Porque Cristo morreu por nós, portanto, estamos perdoados. Porque Cristo cumpriu a lei em nosso lugar, portanto, estamos libertos de suas exigências e penalidades. Esta é uma relação incondicional que se baseia no princípio da graça.

(7) O evangelho está enraizado no chamado de Israel e é consumado no Messias, Jesus de Nazaré, que é o cumprimento dos tipos e sombras da antiga aliança. Como tal, o evangelho nunca deve ser pensado como uma ideia abstrata e a-histórica, como se estivesse desconectado ou alheio às realidades concretas da vida na terra. A vida, morte e ressurreição de Jesus devem, portanto, ser vistas como o capítulo crucial no desenrolar da história do propósito redentor de Deus para a humanidade.

(8) O evangelho não é o que Deus exige. O evangelho é o que Deus provê. Existe, é claro, uma demanda intrínseca embutida no evangelho. As boas notícias proclamadas exigem uma resposta de fé e arrependimento. Mas nossa fé e arrependimento não são propriamente o evangelho. Nosso testemunho pessoal não é o evangelho. Não podemos ser o evangelho, mas damos testemunho dele. Isso significa que o evangelho não é um imperativo, exigindo coisas que você deve fazer. O evangelho é um indicativo, declarando as coisas que Deus fez. Novamente, é claro que fazemos as coisas por causa do evangelho. Mas fazermos as coisas não é propriamente o evangelho.

(9) O evangelho não é sobre ação humana. O evangelho é sobre realizações divinas. Ou, novamente, o evangelho é sobre a provisão de Deus, e não sobre a resposta do homem. O evangelho não é um Faça moralista! O evangelho é um Feito misericordioso! Há, sem dúvida, múltiplas consequências do evangelho que se estendem além de seu impacto sobre o indivíduo e sua relação com Deus. O evangelho invariavelmente convoca à ação humana. Dentre as implicações ou resultados do evangelho estão o cultivo da humildade (Filipenses 2:1-5), a busca da reconciliação racial (Efésios 2:11-22) e justiça social (Filemom 8-20), um compromisso com a harmonia e a paz entre os homens (Romanos 15:5-7; Hebreus 12:14), e a demonstração de amor uns pelos outros (1 João 3:16, 23). Mas jamais devemos confundir o conteúdo do evangelho com suas consequências, ou sua essência com suas implicações.

(10) Finalmente, embora o evangelho seja o ato redentor de Deus em Jesus em favor de homens e mulheres pecadores, não devemos ignorar o fato de que é apenas por causa do evangelho que temos uma esperança segura e certa de transformação cósmica. As boas notícias do ato de salvação de Deus em Cristo são, portanto, o fundamento para nossa confiança no triunfo derradeiro do reino de Deus (1 Coríntios 15:20-24), o fim da morte física (1 Coríntios 15:25-26; Apocalipse 21:4), a derrota de Satanás (João 16:11; Colossenses 2:13-15; Hebreus 2:14; 1 João 3:8), a erradicação de todo o mal (Apocalipse 21:4, 8), e a remoção da maldição que repousa sobre nosso ambiente físico e a consumação do propósito de Deus para toda a criação nos novos céus e nova terra (Romanos 8:18-25).