Eu Não Estava Pronta Para me Casar

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English: I Wasn’t Ready for Marriage

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Por Jasmine Holmes Sobre Matrimônio

Tradução por Waideman Leticia

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Recentemente, meu marido e eu chegamos a um marco importante. Faz um ano que ele me enviou a mensagem de texto que deu início ao nosso relacionamento: “Oi, me avise quando for um bom momento para conversarmos.”Ao ler aquilo, gritei, deixei o telefone de lado e corri escada abaixo, ofegante, exclamando: “Eu não estou pronta!”

Eu sabia que ele queria falar sobre nós. Embora estivesse ciente de que essa conversa se aproximava e aguardasse ansiosamente por ela, quando finalmente aconteceu, entrei em pânico. A perspectiva de iniciar um relacionamento com alguém que eu respeitava tanto me aterrorizava.

Talvez esse sentimento de mortificação atinja especialmente pessoas introspectivas como eu, mas, se pudéssemos avaliar tudo o que um relacionamento pode trazer, nos tornaríamos menos impacientes e um pouco mais reflexivos.

No ano que se seguiu àquela ligação, compreendi a profundidade da minha reação inicial: eu realmente não estava pronta. Ao longo desses 365 dias, percebi que minha falta de preparação era apenas um reflexo da fidelidade de Cristo.

Tabela de conteúdo

Eu Não Estava Pronta para Sofrer

Antes de me casar, passei pela humilhação que muitas vezes acompanha o fim de relacionamentos. Sempre que a dor aparecia, eu ansiava, no fundo do coração, por um casamento com um homem que nunca me feriria novamente.

C.S. Lewis escreve,

Amar, sobretudo, é ser vulnerável. Ame qualquer coisa, e seu coração sofrerá e poderá se partir. Se você quiser garantir que ele permaneça intacto, não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva-o com cuidado em seus hobbies e pequenos prazeres, evitando qualquer tipo de envolvimento. Tranque-o em segurança em uma caixinha ou no caixão do seu egoísmo. (Os Quatro Amores)

A verdade sobre o ponto de vista de Lewis se tornou rapidamente clara para mim após o casamento. Quanto mais amava meu marido, mais vulnerável à dor eu me tornava. À medida que nossa intimidade superava qualquer experiência anterior, também crescia o potencial para a dor. Sentimentos, orgulho e o coração machucado emergem nas dificuldades de se tornar um só.

Eu não estava Pronta para a Mudança

Eu estava acostumada a ser solteira e, na verdade, estava me saindo muito bem nisso! Amava minha família, meu trabalho, meus amigos e a rotina que havia construído. Quando meus amigos me diziam que eu era "um bom partido", eu sorria e colocava o casamento em uma categoria confortável de "algum dia".

Quando meu marido apareceu, "algum dia" se transformou em "hoje", e a vida como eu a conhecia começou a mudar, passando das prioridades de solteira para as de um novo casal. A vulnerabilidade entrou em cena à medida que nos dedicávamos um ao outro de maneiras cada vez mais profundas. A importância da comunicação se tornou evidente, assim como nossa nova jornada espiritual. Não era mais apenas eu; agora eu fazia parte de uma equipe (Efésios 5:31). E, embora isso soasse romântico na minha mente, na prática, tornou-se uma batalha constante.

Eu não Estava Pronta para Ser Amada.

Eu sempre acreditei que seria libertador ser amada, mesmo com minhas imperfeições. Na minha mente, isso era uma bela representação do amor imerecido que Deus derramou sobre mim em Cristo (Romanos 5:8).

Mas no meu coração, isso parecia um ácido. Meu orgulho preferia conquistar afeto ao invés de recebê-lo. Era tão difícil ser amada em meio à minha fragilidade, pois eu queria ser amada pela a minha companhia.

No casamento, esse tipo de amor não é uma opção. Meu marido aprecia meus talentos, mas, se ele amasse apenas minhas qualidades, muito de mim passaria despercebido (1 Pedro 4:8). Ele enxerga meu pecado de maneira mais clara do que qualquer outra pessoa e me ama mesmo assim. Posso desprezá-lo por seu conhecimento ou encará-lo com humildade e gratidão.

Eu Não Estava Pronta para Morrer

Se o fardo de ser uma esposa perfeita para o meu marido estivesse diretamente sobre meus ombros, meus medos iniciais teriam sido completamente esmagadores. Eu simplesmente não conseguiria suportar essa carga. Louvado seja Deus por não permitir que esse peso recaísse sobre mim!

Antes de me tornar a noiva de Felipe, eu já era parte da igreja, a noiva de Cristo. Antes da fundação do mundo (Romanos 8:29), meu eterno noivo me escolheu, mesmo sem eu merecer (Efésios 1:3-4). Em meio ao sofrimento, Ele morreu por mim (Romanos 5:8). Ele me revestiu de Sua retidão, me adotou como Sua própria filha e me salvou. Escolheu meu marido para refletir Seu amor eterno e nosso casamento para ecoar essa aliança. Ele nos escolheu, não por sermos perfeitos, mas pela Sua capacidade de se colocar perfeitamente em nosso lugar. Minha vida é Dele. Nosso casamento é Dele.

À luz dessa gloriosa verdade, mesmo com nossos egoísmos e a autossuficiência moral que clamam contra os lamentos da morte do velho homem (Gálatas 2:20), sabemos que a vitória final pertence ao nosso Esposo celestial (Filipenses 1:6). Nossa fraqueza revela Sua força (2 Coríntios 12:9).

Meu casamento não é perfeito, mas retrata um cenário em que (Apocalipse 19:7-9) meus receios são superados pela certeza de que a noiva é amada por dois noivos que sempre têm essa imagem em mente.