Deus é Mais Glorificado em Nós Quando Estamos Mais Satisfeitos Nele
De Livros e Sermões BÃblicos
Por John Piper
Sobre Hedonismo Cristão
Uma Parte da série Thirty-Year Theological Trademarks
Tradução por Desiring God
Filipenses 1:12-26,
Quero ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes, contribuído para o progresso do evangelho; 13 de maneira que as minhas cadeias, em Cristo, se tornaram conhecidas de toda a guarda pretoriana e de todos os demais; 14 e a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus. 15 Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porém, o fazem de boa vontade; 16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho; 17 aqueles, contudo, pregam a Cristo, por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação às minhas cadeias. 18 Todavia, que importa? Uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade, também com isto me regozijo,
sim, sempre me regozijarei. 19 Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação, 20 segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. 21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22 Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. 23 Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. 24 Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. 25 E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso progresso e gozo da fé, 26 a fim de que aumente, quanto a mim, o motivo de vos gloriardes em Cristo Jesus, pela minha presença, de novo, convosco.
Nas nossas séries sobre as marcas teológicas de 30 anos da Bethlehem, nós focamos no Hedonismo Cristão. E vamos deixar claro desde o princípio que Bethlehem não foi construída em torno de um slogan ou de um rótulo. O termo "Hedonismo Cristão" não está em nenhum dos documentos oficiais da igreja. Não está em nossa constituição, na aliança da igreja, na Profissão de Fé dos Presbíteros, no nosso folheto de Valores ou em nossas Dez Dimensões da Vida da Igreja. É capcioso, é controverso, não está na Bíblia, e vocês não precisam gostar dele só porque eu gosto. Portanto, o objetivo dessa mensagem não é, de forma alguma, forçar um slogan ou um rótulo. O objetivo é falar sobre a massiva e penetrante verdade bíblica que alguns de nós amamos chamar de Hedonismo Cristão.
Deste modo, esse sermão está embalado com algumas das mais saborosas e deliciosas coisas que eu amo conhecer e experimentar. Precisamos começar a trabalhar. Aqui está o esboço:
- Primeiro, há um problema que precisa ser solucionado por causa da minha segunda mensagem nessa série.
- Segundo, Hedonismo Cristão é a solução bíblica para aquele problema.
- C. S. Lewis, e Paulo dão a base para aquela solução.
- Quarto, essa solução — Hedonismo Cristão — muda tudo em sua vida. (Onze exemplos!)
Isso é uma tarefa difícil para um sermão. Então aqui vamos nós.
1. O que eu disse na segunda mensagem causou um problema.
Eu perguntei, Por que Deus criou o mundo? E respondi: Deus criou este mundo para o louvor da glória da sua graça revelada supremamente na morte de Jesus. O problema é que, no coração daquela resposta está a autopromoção de Deus. Deus criou o mundo para seu próprio louvor. Para sua própria glória.
Oprah Winfrey, Brad Pitt, o velho C. S. Lewis, Eric Reece, Michael Prowse, todos se afastaram de tal Deus. Eles tropeçaram sobre a autopromoção de Deus.
- Oprah se afastou do Cristianismo ortodoxo quando ela tinha por volta de 27 anos, por causa do ensinamento bíblico que Deus é Ciumento — Ele exige que Ele e ninguém mais tenha nossa submissão e afeição. Isso não soou amável para ela.
- Brad Pitt se afastou da sua fé de infância, ele diz, porque Deus diz, "Vocês tem que dizer que Eu sou o melhor... Parecia ser uma questão de ego."
- C. S. Lewis, antes de se tornar um Cristão, reclamou que a exigência de Deus para ser louvado parecia "uma mulher vaidosa que quer elogios."
- Erik Reece, o escritor de An American Gospel [Um Evangelho Americano], rejeitou o Jesus dos Evangelhos porque somente um egomaníaco exigiria que nós o amemos para que amemos nossos pais e filhos.
- E Michael Prowse, o colunista do Financial Times de Londres, se afastou porque somente "tiranos, cheios de orgulho, anseiam bajulação."
Assim, pessoas vêem isso como um problema — que Deus criou o mundo para seu próprio louvor. Eles acham que tal auto-exaltação seria imoral e sem amor. Isso pode ser como você se sente.
2. Hedonismo Cristão é a solução bíblica para esse problema.
O Hedonismo Cristão diz, Deus é mais glorificado em você quando você está mais satisfeito nEle. Esse é o resumo mais curto do que chamamos de Hedonismo Cristão. Se isso é verdade, então não há conflito algum entre sua maior alegria e a maior glorificação de Deus.
De fato, não somente não há conflito algum entre sua felicidade e a glória de Deus, mas a glória dEle brilha na sua felicidade, quando sua felicidade está nEle. E uma vez que Deus é a fonte da maior felicidade, e desde que Ele é o maior tesouro no mundo, e já que sua glória é o presente mais agradável que Ele poderia nos dar, portanto é a coisa mais bondosa e amorosa que Ele poderia fazer — se revelar, se magnificar e se vindicar para nosso eterno gozo. "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (Salmos 16:11).
Deus é o ser para quem a auto-exaltação é o ato mais amoroso, porque Ele está exaltando para nós o que, por si só, pode nos satisfazer completamente e para sempre. Se nós nos exaltamos, não estamos amando, porque distraímos as pessoas da única Pessoa que pode fazê-las felizes para sempre, Deus. Mas se Deus se exalta, ele chama atenção a única Pessoa que pode nos fazer felizes para sempre, Ele mesmo. Ele não é um egomaníaco. Ele é um Deus infinitamente glorioso e que a tudo satisfaz, nos oferecendo eterna e suprema alegria nEle mesmo.
Esta é a solução para o nosso problema.
- Não Oprah, se Deus não ficasse ciumento com todas as suas afeições, ele seria indiferente a sua miséria final.
- Não Brad Pitt, se Deus não exigisse que você o visse como o melhor, Ele não se importaria com sua suprema felicidade.
- Não Sr. Lewis, Deus não é vaidoso em exigir seu louvor. Esta é a maior virtude dEle, e sua maior alegria.
- Não, Erik Reece, se Jesus não reivindicasse um amor maior do que seus filhos reivindicam, ele estaria vendendo seu coração para o que não pode satisfazer para sempre.
- Não, Michael Prowse, Deus não anseia sua bajulação, Ele oferece isso como seu maior prazer.
Deus é mais glorificado em você quando você está mais satisfeito nEle. O projeto de Deus para perseguir sua própria glória acaba por ser amor. E nosso dever de perseguir a glória de Deus acaba por ser uma questão de alegria. Esta é a solução para o problema da auto-exaltação de Deus.
3. Terceiro, C. S. Lewis, e Paulo dão a base para aquela solução — a base para o Hedonismo Cristão.
Lewis viu a base na experiência humana. Paulo mostra isso na carta aos Filipenses. Aqui está a grande descoberta como eu primeiro encontrei no livro de Lewis, Reflexões sobre os Salmos. Ele está descobrindo porque a exigência de Deus para o nosso louvor não é vã.
O fato mais óbvio sobre louvor — seja a Deus ou a qualquer coisa — estranhamente me escapou. Eu pensei nisso em termos de elogio, aprovação, ou de prestação de honra. Eu nunca tinha percebido que todo prazer espontaneamente transborda em louvor a menos que . . . a timidez ou o medo de chatear os outros deliberadamente apareça. O mundo ressoa em louvor — amantes louvando seus amados, leitores seu poeta favorito, caminhantes louvando a paisagem, jogadores louvando seu jogo favorito — louvor ao clima, vinhos, pratos, atores, carros, cavalos, faculdades, países, personagens históricos, aos filhos, flores, montanhas, selos raras, besouros raros, às vezes até mesmo à políticos ou estudiosos. Eu não tinha notado como as mentes mais humildes, e ao mesmo tempo mais balanceadas e capacitadas, louvavam mais, enquanto as excêntricas, desajustadas e insatisfeitas louvavam menos....
Eu não tinha notado também que, assim como homens espontaneamente louvam qualquer coisa que eles valorizam, eles também nos encorajam a se juntar a eles em louvor a isso: "Ela não é adorável? Não foi glorioso? Você não acha aquilo magnífico?" Os Salmistas quando dizem para todos louvarem a Deus, estão fazendo o que todos os homens fazem quando eles falam do que se importam. Toda a minha, mais geral, dificuldade sobre o louvor a Deus dependia da minha negação absurda a nós, no que diz respeito ao supremamente Valioso, daquilo que nos deleitamos em fazer, do que de fato não podemos deixar de fazer, do que nós valorizamos acima de tudo.
Eu acho que nós nos deleitamos em louvar o que apreciamos, porque o louvor não meramente expressa, mas completa o gozo; é a sua consumação. Não é por elogio que casais continuam dizendo um ao outro quão bonitos eles são; o deleite está incompleto até ser expressado.1
Lá estava ela. A ordem implacável de Deus de O vermos como glorioso e louvá-Lo, é uma ordem de que nós não nos contentemos com nada menos que a realização da nossa alegria nEle. Louvar não é só a expressão, mas a consumação, da nossa alegria que é supremamente agradável, a saber, Deus. 'Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente' (Salmos 16:11). Exigindo nosso louvor, Ele está exigindo a realização do nosso prazer. Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nEle.
Que Cristo Seja Visto Como Grande
E isso é o que encontramos em Filipenses 1:20-21.
É minha grande expectativa e esperança que eu não serei de todo envergonhado, mas que, com toda coragem agora, como sempre, Cristo será honrado [engrandecido — fazer com que seja visto como grande] em meu corpo, seja pela vida ou pela morte. 21 Pois para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.
Paulo diz que a grande paixão dele na vida — espero que seja a sua grande paixão na vida — é que, nesta vida, Cristo seja visto como grande — supremamente grande. É por isso que Deus nos criou e nos salvou — para fazer Cristo parecer como realmente ele é — supremamente grande.
Agora, o relacionamento entre o verso 20 e 21 é a chave para ver como Paulo acha que isso acontece. Vai acontecer, Paulo diz — Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte — "porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro" (verso 21). Então, Paulo está explicando em ambos os casos — vida e morte — como Cristo parecerá grande.
Ele parecerá grande em minha vida porque "para mim o viver é Cristo." Ele explica em Filipenses 3:8, "Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor." Então, Cristo é mais precioso, mais valioso, mais satisfatório do que tudo que a vida nesta terra pode dar. "Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor."
Esta é a sua intenção quando diz em Filipenses 1:21, "Para mim, o viver é Cristo." E o que ele diz sobre como sua vida engrandece Cristo — faz Cristo parecer grande. Cristo é mais engrandecido na vida de Paulo quando Paulo, em sua vida, está mais satisfeito em Cristo. Este é o ensino claro destes dois textos.
Morte Como Ganho?
E isto se torna mais claro quando você considera a morte, na metade de Filipenses 1:20-21. Cristo será engrandecido no meu corpo pela morte, "Porquanto, para mim o morrer é lucro" (versículo 21). Por que a morte seria lucro? A resposta está no versículo 23b: "Tenho o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor." A morte é lucro porque significa uma maior proximidade de estar com Cristo. Morte é "partir e estar com Cristo."
É por isso que Paulo diz no versículo 21 que o morrer é lucro. Você soma todas as perdas que a morte te custará (sua família, seu emprego, sua sonhada aposentadoria, os amigos que você deixa pra trás, seus prazeres corporais favoritos) — você soma todas estas perdas, e então as substitui só com a morte e Cristo — se quando você faz isso, você alegremente diz, lucro!, então Cristo é engrandecido na sua morte. Cristo é mais engrandecido na sua morte, quando você está tão satisfeito em Cristo, que perder qualquer coisa e conseguir somente Cristo é chamado lucro.
Ou, somar ambas as metades do versículo: Cristo é glorificado em você, quando ele é mais precioso para você do que tudo que a vida pode dar ou a morte pode tomar.
A Centralidade da Cruz
Esta é a base bíblica para o Hedonismo Cristão: Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele.
E isso realmente já estava implícito na segunda mensagem dessa série. Deus criou o mundo para o louvor da glória da sua graça, revelada supremamente na morte de Jesus. O que significa que a busca do seu próprio louvor atinge seu clímax onde nos faz o maior bem, a cruz. Na cruz, Deus sustenta sua glória e provê nosso perdão. Na cruz, Deus vindica seu próprio louvor e assegura nossa felicidade. Na cruz, Deus engrandece seu valor e satisfaz nossa alma.
No maior ato da história, Cristo tornou isto realidade para pecadores indignos, que Deus poderia ser mais glorificado em nós por sermos mais satisfeitos nele.
4. O Hedonismo Cristão muda tudo: 11 ilustrações
Morte
1. Nós acabamos de ver como isso muda a morte. Se você quer fazer Cristo parecer grande na sua morte, não há nenhuma grande performance ou proeza ou sacrifício heróico. Existe simplesmente uma entrega de si mesmo, como uma criança, nos braços daquele que faz a perda de tudo lucro.
Conversão
2. O Hedonismo Cristão muda o modo como pensamos a conversão. Mateus 13:44, "O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo." Se tornar um Cristão, não significa somente crer na Verdade. Significa encontrar um tesouro. Dessa forma, o evangelismo se torna não somente a persuasão sobre a verdade, mas apontar as pessoas a um Tesouro — que é mais valioso do que qualquer coisa que elas possuem.
O Combate da Fé
3. O Hedonismo Cristão muda "o bom combate da fé" (1 Timóteo 6:12). João diz em João 1:12, "Mas, a todos quantos receberam Jesus, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome" (João 1:12). Crer em Jesus é recebê-lo. Como o que? Como o Tesouro infinitamente valioso que ele é. Fé é ver e saborear este Tesouro. E então, o combate da fé é um combate pela alegria em Jesus. Um combate para ver e saborear Jesus é mais precioso do que qualquer coisa neste mundo. Porque este saborear mostra que ele é supremamente valioso.
Combater o Mal
4. O Hedonismo Cristão muda o modo como combatemos o mal em nossas vidas. Jeremias 2:13 dá ao Hedonista Cristão a definição de mal: "Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas." Mal é a preferência suicida pelos poços vazios do mundo em vez das águas vivas da comunhão de Deus. Nós combatemos o mal pela busca da mais plena satisfação no rio das delícias de Deus (Salmos 36:8).
O Que o Inferno É
5. O Hedonismo Cristão muda a forma como pensamos o inferno. Desde que o caminho para ser salvo e ir ao céu é abraçar Jesus como sua fonte de maior alegria, o inferno é um lugar de sofrimento, um lugar de infelicidade eterna, preparado para pessoas que recusam serem felizes no trino Deus.
Abnegação
6. O Hedonismo Cristão muda a forma como pensamos a abnegação. Ó, isto realmente está nos ensinamentos de Jesus, "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Marcos 8:34). Mas agora o significado se torna,
- Negue a si mesmo a riqueza do mundo, então você pode ter a riqueza de estar com Cristo.
- Negue a si mesmo a fama do mundo para ter a alegria da aprovação de Deus.
- Negue a si mesmo a segurança e a garantia do mundo para ter a sólida e segura comunhão de Jesus.
- Negue a si mesmo os curtos e insatisfatórios prazeres do mundo para que você possa ter plenitude de alegria e prazeres perpetuamente à destra de Deus.
O que significa que não há tal coisa como a abnegação definitiva, porque o viver é Cristo e o morrer é lucro.
Dinheiro
7. O Hedonismo Cristão muda o modo como pensamos em lidar com o nosso dinheiro e o ato de dar. Atos 20:35, "Mais bem-aventurado é dar que receber." 2 Coríntios 9:7, "Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria." A razão para ser uma pessoa generosa é que isso expressa e expande nossa alegria em Deus. E a busca da mais profunda alegria é a busca de dar não recebendo.
Adoração Coletiva
8. O Hedonismo Cristão muda a forma como realizamos a adoração coletiva. Adoração coletiva é o ato coletivo de glorificar a Deus. Mas Deus é glorificado naquele serviço quando as pessoas estão satisfeitas nele. Portanto, os líderes de adoração — músicos e pregadores — veem sua tarefa basicamente como romper uma fonte de águas vivas e espalhar um banquete de rica comida. A tarefa dos adoradores é beber e comer e dizer um satisfeito "Ahhh." Porque Deus é mais glorificado naqueles adoradores quando eles estão mais satisfeitos nele.
Deficiência e Fraqueza
9. O Hedonismo Cristão muda o modo como experimentamos a deficiência e a fraqueza. Incrivelmente, paradoxalmente, Jesus diz a um Paulo fraco e ferido por um espinho, "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Ao que Paulo responde, "Pois, mais me gloriarei nas fraquezas [sim, esta é a voz do Cristão Hedonista ferido por um espinho], para que sobre mim repouse o poder de Cristo" (2 Coríntios 12:9).
Amor
10. O Hedonismo Cristão muda o significado do amor. Paulo descreve o amor dos Macedônios assim: "No meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade" (2 Coríntios 8:2). No versículo 8, Paulo chama isto de "amor". "Alegria abundante" em "severa tribulação" e "profunda pobreza" superabundou em amorosa generosidade. Ainda pobre. Ainda aflito. Mas tão cheio de alegria que superabundou em amor. Então, o Hedonismo Cristão define amor como a superabundância (ou a expansão) da alegria em Deus que atende as necessidades dos outros.
Ministério
11. O Hedonismo Cristão muda o significado do ministério. Qual é o alvo do ministério do grande apóstolo Paulo? 2 Coríntios 1:24, "Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vossa alegria; porquanto, pela fé, já estais firmados." Todo ministério devia ser, de um jeito ou de outro, um trabalho com outros para a alegria deles.
É por isso que Deus criou você. É por isso que Cristo morreu por você. É por isso que nós servimos vocês como seus pastores. E é por isso que eu tenho pregado esta mensagem. Somos trabalhadores contigo para sua alegria em Deus. Porque Deus é mais glorificado em você quando você está mais satisfeito nele.
1C. S. Lewis, Reflections on the Psalms (New York: Harcourt, Brace and World, 1958), 93–95.